Coma: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Coma é um estado de inconsciência profunda e prolongada, em que a pessoa não responde aos estímulos. No entanto, o cérebro continua produzindo sinais elétricos capazes de manter as funções vitais, como os batimentos do coração, por exemplo.

O coma pode acontecer devido a diversas situações como traumatismo cranioencefálico, provocado por pancadas fortes na cabeça, infecções e até pelo consumo excessivo de drogas e álcool.

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O tratamento do coma é feito no hospital com internamento na UTI e uso de remédios, respiração por aparelhos, uso de sonda de alimentação e para urinar e fisioterapia, para tratar a causa e promover recuperação da consciência.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de coma

Os principais sintomas de coma são:

  • Nível de alerta diminuído;
  • Ausência de interação com as pessoas;
  • Olhos fechados, parecendo que a pessoa está dormindo;
  • Incapacidade de abrir os olhos voluntariamente;
  • Ausência de resposta à dor ou estímulos verbais;
  • Respiração irregular ou difícil;
  • Falta de movimento nos membros, exceto movimentos reflexos.

Na presença dos sintomas, os médicos devem confirmar o diagnóstico através da realização de testes para coma.

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Diferença entre coma e estado vegetativo

A principal diferença entre o coma e o estado vegetativo é que no coma a pessoa não parece estar acordada e não abre os olhos, boceja, sorri ou produz pequenos sons de forma voluntária e nem quando recebe estímulos.

Já no estado vegetativo, a pessoa pode abrir e fechar os olhos, piscar os olhos em resposta a ruídos altos e acordar e dormir em períodos regulares.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do coma é feito pelo neurologista, médico intensivista ou clínico geral através dos sintomas e exame físico.

O médico também realiza alguns testes, como a escala de Glasgow, que avalia as capacidades motoras, verbais e oculares da pessoa no momento, indicando os níveis de consciência e, assim, prevenir possíveis sequelas e estabelecer o melhor tratamento.

Além disso, podem ser solicitados exames, como ressonância magnética, tomografia computadorizada ou eletroencefalograma, por exemplo.

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Possíveis causas

As causas do coma ainda não são completamente esclarecidas, porém algumas condições podem levar uma pessoa a ficar em coma, que podem ser:

  • Efeito tóxico de algum medicamento ou substância, por meio do uso excessivo de drogas ilícitas ou álcool;
  • Infecções, como meningite ou sepse, por exemplo, que podem diminuir os níveis de consciência da pessoa devido ao acometimento de vários órgãos;
  • Hemorragia cerebral, que é caracterizado pelo sangramento no cérebro devido ao rompimento de um vaso sanguíneo;
  • Acidente vascular cerebral, que corresponde à interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro;
  • Traumatismo craniano, que é uma lesão no crânio causada por concussão, cortes ou contusões e que quando há o comprometimento no cérebro, recebe o nome de traumatismo cranioencefálico;
  • Falta de oxigenação no cérebro, devido a doenças pulmonares graves ou à inalação excessiva de monóxido de carbono, como fumaça de motor de automóvel ou sistema de aquecimento doméstico, por exemplo.

Além disso, o coma pode ser resultado de hiperglicemia ou hipoglicemia, ou seja, por problemas de saúde que fazem os níveis de açúcar se elevar ou baixar muito, e também por hipertermia, que é quando a temperatura corporal fica acima de 39℃, ou hipotermia, que é ocorre em situações em que essa temperatura baixa para menos de 35℃.

E ainda, dependendo da causa do coma, a pessoa pode chegar à morte cerebral, em que o cérebro não emite mais sinais elétricos para o corpo. Conheça a diferença entre morte cerebral e coma.

Tipos de coma

O coma pode ser dividido em diferentes tipos, dependendo da causa que levou ao surgimento desta condição, como por exemplo:

1. Coma induzido

O coma induzido é o tipo de coma que ocorre pela administração de medicamentos na veia que reduzem a função cerebral.

Esse tipo de coma, também chamado de sedação, é indicado pelos médicos para proteger o cérebro de uma pessoa com traumatismo cranioencefálico, reduzindo o inchaço e evitando o aumento da pressão intracraniana, ou para manter a pessoa respirando por aparelhos.

2. Coma estrutural

O coma estrutural é um tipo de coma que surge a partir de uma lesão em alguma estrutura do cérebro ou do sistema nervoso.

Algumas causas desse tipo de coma são traumatismo cranioencefálico, por causa de um acidente de carro ou de moto, ou por causa de lesões cerebrais provocadas por acidente vascular cerebral.

3. Coma não-estrutural

O coma não-estrutural é um tipo de coma causado por situações de intoxicação por uso de medicamentos, drogas ou álcool em excesso.

No entanto, também pode surgir devido a diabetes muito descompensada, levando a um mau funcionamento do cérebro e consequentemente ao coma.

4. Coma vígil

O coma vígil é um tipo de coma que pode ser causado por lesões no cérebro, como traumatismo craniano, aneurisma, tumor e AVC, por exemplo.

Nesse tipo de coma, também conhecido como estado vegetativo ou síndrome de vigília arresponsiva, a pessoa parece estar alerta e consciente, mas não responde a estímulos.

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5. Coma alcoólico

O coma alcoólico é um tipo de coma causado por intoxicação pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, provocando danos no cérebro.

Geralmente, esse tipo de coma surge a dificuldade do fígado para metabolizar o álcool ingerido, acumulando substâncias tóxicas no corpo e levando à intoxicação.

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6. Coma metabólico

O coma metabólico surge devido a alterações dos níveis de potássio, cálcio, magnésio ou glicose no sangue, podendo afetar a função do cérebro.

Algumas causas de coma metabólico são hipoglicemia ou hiperglicemia, cetoacidose, hipoadrenalismo, hipotireoidismo ou insuficiência hepática ou renal, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o coma depende das causas desta condição, sendo a recuperação da consciência um processo que acontece aos poucos.

Em alguns casos havendo melhora rápida, porém em casos mais graves, a pessoa pode ficar em estado vegetativo.

1. Internamento na UTI

O internamento na UTI é fundamental para o tratamento do coma, pois a pessoa é monitorada o tempo todo com aparelhos e os ajustes na medicação são feitos de acordo com as condições de saúde.

Nas situações em que a pessoa não corre mais risco de morte e as causas do coma já estão controladas, a equipe de médicos e enfermeiros da UTI têm como objetivo realizar cuidados que ajudam a prevenir escaras, infecções hospitalares, como a pneumonia em caso de respiração por aparelhos, e garantir o andamento de todas as funções do corpo.

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2. Uso de remédios

O uso de remédios para coma ajudam a reduzir o inchaço no cérebro, regular a pressão arterial, a glicemia e os níveis de eletrólitos, por exemplo.

Além disso, podem ser indicados o uso de antibióticos caso a pessoa apresente infecções bacterianas.

3. Uso de sondas

Na maioria das vezes, a pessoa em coma precisa usar sonda para alimentação e para eliminação da urina, além de ter que realizar fisioterapia, para manter os músculos e a respiração em boas condições.

4. Apoio familiar

É recomendado ter o apoio e presença da família, pois estudos mostram que a audição é o último sentido que se perde.

Por isso, mesmo que a pessoa não reaja e não perceba exatamente o que o familiar está dizendo, o cérebro pode reconhecer a voz e as palavras de carinho e reagir de maneira positiva.

5. Reabilitação

Quando a pessoa volta do coma, é indicada a reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia ou terapia ocupacional para restabelecer a fala, a capacidade de engolir e os movimentos.

O tipo de reabilitação depende do estado de saúde da pessoa, devendo sempre ser indicado pelo médico.