Elastografia hepática: o que é, para que serve e como é feita

Elastografia hepática, também conhecida como Fibroscan, é um exame utilizado para avaliar a presença de fibrose no fígado, o que permite identificar danos causados por doenças crônicas nesse órgão, como hepatite, cirrose ou presença de gordura.

Este é um exame rápido, que pode ser feito em poucos minutos e que não causa dor, pois é realizado por ultrassom, nem precisando de agulhas ou cortes. A elastografia hepática podendo também, em alguns casos, ser usada para diagnosticar doenças, substituindo a biópsia clássica, onde é preciso colher células do fígado.

Embora este tipo de procedimento ainda não esteja presente em toda a rede do SUS, pode ser realizado em várias clínicas particulares.

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Para que serve

A elastografia hepática serve para avaliar o grau de fibrose do fígado em pessoas com alguma doença crônica hepática, como:

  • Hepatite;
  • Gordura no fígado;
  • Doença hepática alcoólica;
  • Colangite esclerosante primária;
  • Hemocromatose;
  • Doença de Wilson.

Além de ser utilizada para diagnosticar e identificar a gravidade destas doenças, esse exame também pode ser utilizado para avaliar o sucesso do tratamento, pois consegue avaliar a melhora ou piora do tecido hepático.

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Como é feito o exame

A elastografia hepática é semelhante ao exame de ultrassonografia, em que a pessoa fica deitada de costas e com a camisa levantada para expor o abdômen. Depois, o médico, ou o técnico, coloca um gel lubrificante e passa uma sonda pela pele, fazendo ligeira pressão.

Essa sonda emite pequenas ondas de ultrassom que atravessam o fígado e registram um score, que depois é avaliado pelo médico.

O exame dura em média de 5 a 10 minutos e, normalmente, não precisa de qualquer preparo, embora, em alguns casos, o médico possa recomendar um período de 4 horas de jejum.

Dependendo do aparelho que é utilizado para fazer a elastografia hepática, ela pode ser chamada de ultrassônica transitória ou ARFI.

Vantagens sobre a biópsia

Por ser um exame indolor e que não precisa de preparação, a elastografia não traz riscos ao paciente, ao contrário do que pode ocorrer durante a biópsia do fígado, em que o paciente tem que ser internado para que um pequeno pedaço do órgão seja retirado para análise.

A biópsia costuma causar dor no local do procedimento e hematoma na barriga, e em casos mais raros também pode causar complicações como hemorragia e pneumotórax. Assim, o ideal é conversar com o médico para avaliar qual o melhor exame para identificar e acompanhar a doença hepática em questão.

Como entender o resultado

O resultado da elastografia hepática é apresentada na forma de um score, que pode variar de 2,5 kPa a 75 kPa.

Pessoas que obtêm níveis inferiores a 7 kPa geralmente significa que não têm qualquer problema no órgão.

Quanto maior for o resultado obtido, maior o grau de fibrose no fígado. Entenda melhor o que é fibrose no fígado e estágios.

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O resultado pode dar errado?

Apenas uma pequena parcela dos resultados de exames de elastografia podem não ser confiáveis, um problema que ocorre principalmente em casos de sobrepeso, obesidade e idade avançada do paciente.

Além disso, o exame também pode falhar quando feito em pessoas com IMC menor que 19 kg/m2 ou quando o avaliador não tem experiência em fazer o exame.

Quem não deve fazer o exame?

O exame de elastografia hepática normalmente está desaconselhado em grávidas, pacientes portadores de marcapasso e pessoas com hepatite aguda, problemas cardíacos e hepatite aguda.