Pré-eclâmpsia: sintomas, tratamento e riscos para o bebê

Pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial, acima de 140 x 90 mmHg, após a 20ª semana de gestação, associado com a presença de proteínas na urina, causando sintomas, como dor de cabeça ou no abdômen, tontura ou inchaço repentino.

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A pré-eclâmpsia parece ser causada por problemas no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta e é mais comum em mulheres com histórico de pré-eclâmpsia, idade inferior a 17 anos e hipertensão antes da gravidez.

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Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia, é importante ir imediatamente ao pronto-socorro para iniciar o tratamento rapidamente, com remédios para baixar a pressão ou até indução do parto, e evitar complicações que podem colocar a vida da mãe e do bebê em risco.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de pré-eclâmpsia

Os sintomas de pré-eclâmpsia podem variar de acordo com a gravidade:

1. Pré-eclâmpsia leve

Na pré-eclâmpsia leve os sinais e sintomas geralmente incluem:

  • Pressão arterial entre 140 x 90 e 160 x 110 mmHg;
  • Presença de proteínas na urina;
  • Inchaço e rápido ganho de peso.

Na presença de pelo menos um dos sintomas, a grávida deve ir ao pronto-socorro ou hospital para medir a pressão arterial e fazer exames de sangue e de urina, para confirmar se tem ou não pré-eclâmpsia.

2. Pré-eclâmpsia grave

Os sintomas de pré-eclâmpsia grave incluem:

  • Pressão arterial superior a 160 x 110 mmHg;
  • Dor de cabeça bilateral ou frontal forte e constante;
  • Dor no lado direito do abdômen;
  • Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar;
  • Alterações na visão, como vista embaçada, escurecida ou sensação de ver estrelas;
  • Sensação de ardência no estômago.

Se a gestante apresentar estes sintomas, deverá ir imediatamente para o hospital.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito pelo obstetra através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico, além da medida da pressão arterial, que se encontra acima de 140 x 90 mmHg.

Quais exames identificam pré-eclâmpsia?

Os principais exames que identificam a pré-eclâmpsia são:

  • Medida da pressão arterial, em dois momentos diferentes, e com pelo menos 4 horas de intervalo;
  • Exame de urina para avaliar a presença de proteínas na urina;
  • Hemograma completo com plaquetas;
  • Níveis de creatinina e ácido úrico no sangue;
  • Teste de função hepática e renal.

Além disso, o médico deve solicitar exames, como ultrassom ou doppler, para avaliar o bebê, quantidade de líquido amniótico e fluxo sanguíneo na placenta.

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Possíveis causas

A pré-eclâmpsia parece ser causada por um problema no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta, que ficam mais estreitos, diminuindo a capacidade do sangue fluir adequadamente e levando a alterações na coagulação do sangue.

Quem tem maior risco

Alguns fatores que aumentam o risco de pré-eclâmpsia são:

  • Histórico familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia;
  • Primeira gravidez;
  • Gravidez múltipla ou após os 35 anos;
  • Fertilização in vitro ou outro tipo de reprodução assistida;
  • Histórico de descolamento prematuro da placenta;
  • Tendência ao surgimento de trombose.

Além disso, em caso de doenças, como diabetes mellitus, doenças renal crônica, hipertensão, obesidade e lúpus eritematoso sistêmico, o risco de pré-eclâmpsia também tende a ser maior.

A pré-eclâmpsia pode acontecer mesmo com a pressão normal?

A pré-eclâmpsia normalmente acontece quando a pressão arterial está elevada.

No entanto, existe um risco mais elevado de mulheres com hipertensão gestacional desenvolverem pré-eclâmpsia apesar do tratamento apropriado. Entenda melhor o que é hipertensão gestacional e os riscos.

Como é feito o tratamento

O tratamento da pré-eclâmpsia deve ser feito com orientação do obstetra para controlar a pressão arterial e prevenir complicações.

Os principais tratamentos para pré-eclâmpsia são:

1. Acompanhamento médico regular

O acompanhamento médico regular, a cada 2 dias, para monitorar a pressão arterial e realizar exames de urina e de sangue, é recomendado pelo obstetra nos casos de pré-eclâmpsia leve.

Além disso, deve-se monitorar também o crescimento do bebê através do ultrassom e o fluxo de sangue na placenta através do exame ultrassom com  doppler.

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Esse acompanhamento médico também envolve o uso de remédios para controlar a pressão arterial.

2. Repouso

O repouso para pré-eclâmpsia leve pode ser indicado pelo obstetra para ajudar a baixar a pressão arterial, sendo recomendado deitar de preferência do lado esquerdo, de forma a aumentar a circulação sanguínea para os rins e o útero.

Além disso, a gestante deve evitar atividades físicas extenuantes.

O tempo diário de repouso deve sempre ser orientado pelo obstetra, pois o repouso absoluto pode aumentar o risco de formação de coágulos e desenvolvimento de trombose venosa profunda.

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3. Alterações na dieta

O tratamento da pré-eclâmpsia leve geralmente envolve medidas como diminuir a ingestão de sal e aumentar a ingestão de água para cerca de 2 a 3 litros por dia.

Isso ajuda a baixar a pressão arterial e evitar a evolução da pré-eclâmpsia a complicações.

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4. Uso de remédios

O uso de remédios para pré-eclâmpsia são principalmente os anti-hipertensivos, como nifedipina, clonidina ou hidralazina, tomados por via oral no caso de pré-eclâmpsia leve ou na veia para pré-eclâmpsia grave.

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5. Internamento hospitalar

No caso da pré-eclâmpsia grave, o tratamento geralmente é feito com internamento hospitalar para monitorar de preto a pressão arterial e o bebê, e fazer medicações na veia para baixar a pressão arterial.

Além disso, o médico deve aplicar sulfato de magnésio na veia para prevenir convulsões.

No entanto, se a gestante apresentar convulsões também podem ser aplicados remédios na veia como lorazepam, diazepam, levetiracetam ou fenitoína, para controlar as crises convulsivas.

Caso seja necessário antecipar o parto, o médico pode receitar a injeção de betametasona para acelerar o amadurecimento dos pulmões do bebê.

6. Indução do parto

O único tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é a indução do parto, uma técnica que geralmente é utilizada nos casos mais graves de pré-eclâmpsia. Entenda como é feita a indução do parto.

Nesses casos, o obstetra deve avaliar a idade gestacional e condições do bebê, sendo que em alguns casos também pode ser recomendada a cesárea.

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Pré-eclâmpsia pós-parto pode acontecer?

Algumas mulheres podem desenvolver pré-eclâmpsia pós-parto, que é mais comum de acontecer até 6 semanas após o nascimento do bebê. 

Além disso, o risco tende a ser maior quando já existiam alterações da pressão arterial antes do parto, em caso de idade materna maior que 35 anos, obesidade ou parto por cesárea, por exemplo. 

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Riscos da pré-eclâmpsia para o bebê

A pré-eclâmpsia, além de colocar a vida do bebê em risco, pode prejudicar seu crescimento no útero e aumentar as chances de prematuridade, desconforto respiratório, sepse e hemorragia intraventricular. 

Além disso, o risco de alterações do desenvolvimento na infância é maior quando existe histórico de pré-eclâmpsia.

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Possíveis complicações da pré-eclâmpsia

Algumas das complicações que a pré-eclâmpsia pode causar são:

  • Eclâmpsia ou síndrome HELLP
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Sangramentos;
  • Edema agudo de pulmão;
  • Insuficiência do fígado e rins;
  • Prematuridade do bebê.

Outras complicações são síndrome respiratória aguda grave, infarto do miocárdio ou AVC.

Estas complicações podem ser evitadas, caso a gestante faça um acompanhamento pré-natal durante a gravidez, já que a doença pode ser identificada no começo e o tratamento pode ser feito o mais rápido possível.

A mulher que teve pré-eclâmpsia pode engravidar novamente, sendo importante que o pré-natal seja feito rigorosamente, conforme as orientações do obstetra.

Relação entre eclâmpsia e pré-eclâmpsia

Normalmente, a eclâmpsia é uma das possíveis complicações da pré-eclâmpsia, que pode causar convulsões sem uma causa aparente.

O risco de eclâmpsia tende a ser maior em caso de gravidez de gêmeos, primeira gravidez e em mulheres acima de 35 anos, por exemplo. Entenda melhor o que é eclâmpsia, como identificar e tratar.

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