Sopro no coração pode matar?

A grande maioria dos sopros no coração não é grave, e acontece sem qualquer tipo de doença, sendo chamado de fisiológico ou inocente, surgindo devido à turbulência natural do sangue ao passar pelo coração.

Foto doutora realizando uma consulta
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Este tipo de sopro é muito comum em bebês e crianças, e acontece porque as estruturas do coração ainda estão se desenvolvendo e podem estar desproporcionais, por isso, a maioria desaparece ao longo dos anos, com o crescimento.

No entanto, quando o sopro no coração é acompanhado de alguns sintomas, como falta de ar, dificuldade para se alimentar, palpitações ou boca e mãos arroxeadas, pode estar sendo causado por alguma doença, e, nestes casos, é necessário consultar um cardiologista para investigar a causa, através de exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio-X de tórax e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de remédios e/ ou cirurgia. Conheça mais sobre o sopro no coração.

Imagem ilustrativa número 1

Graus do sopro cardíaco

A partir da realização pelo cardiologista do exame físico, o sopro cardíaco pode ser classificado de acordo com a sua gravidade em:

  • Grau 1: sopro muito silencioso que pode ser ouvido ligeiramente pelo médico ao fazer a auscultação;
  • Grau 2: é facilmente identificado ao fazer a auscultação sobre um determinado local;
  • Grau 3: é um sopro moderadamente alto;
  • Grau 4: sopro alto que pode ser ouvido com o estetoscópio numa área grande;
  • Grau 5: sopro alto que está associado à sensação de vibração na região do coração;
  • Grau 6: pode ser ouvido com o ouvido ligeiramente encostado ao peito.

De forma geral, quanto maior a intensidade e o grau do sopro, maiores são as chances de existir algum problema cardíaco. Nesses casos, o médico pode pedir vários exames para avaliar o funcionamento do coração e avaliar se existe alguma alteração que precise de tratamento.

Possíveis causas

As principais causas de sopro no coração são benignas ou funcionais, ou seja, sem a presença de doença, ou causado por condições que alteram a velocidade do fluxo de sangue, como febre, anemia ou hipertireoidismo. Já as doenças cardíacas que podem causar sopro, incluem:

  • Comunicação entre as câmaras do coração: na maioria das vezes, este tipo de alteração acontece em bebês, pois pode acontecer um atraso ou defeito no fechamento nos músculos das câmaras cardíacas, e alguns exemplos são a comunicação interventricular, defeitos no septo atrioventricular, comunicação interatrial e persistência do canal arterial e a tetralogia de Fallot, por exemplo.
  • Estreitamento das valvas: também chamado de estenose valvar, este estreitamento pode acontecer em qualquer uma das valvas do coração, o que atrapalha o fluxo de sangue e produz um turbilhão. O estreitamento pode acontecer por um defeito congênito na formação em bebês, febre reumática, inflamação devido a infecções, tumor ou por calcificações que surgem nas valvas, devido à idade.
  • Insuficiência das valvas: acontece por defeito nos componentes da valva, que pode ser no músculo, tendões ou no próprio anel, geralmente devido a um defeito congênito ou devido a doenças como febre reumática, dilatação ou hipertrofia do coração na insuficiência cardíaca, ou um tumor ou calcificação que impede o fechamento da valva corretamente.

O coração tem um total de 4 valvas, chamadas de mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar, que devem agir de forma sincronizada para permitir o correto bombeamento de sangue do coração para o corpo. Assim, o sopro no coração causa risco de vida quando há um comprometimento da capacidade deste órgão de bombear o sangue através de uma ou mais valvas.