Alergia ao frio: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em março 2024

Alergia ao frio é um termo popular para a urticária ao frio e consiste de uma reação alérgica devido à exposição a baixas temperaturas, causando sintomas como manchas vermelhas e elevadas na pele e coceira, vermelhidão e/ou inchaço em partes do corpo.

Este tipo de alergia é provocada pela exposição ao frio, devido ao contato com ar ou objetos gelados ou consumo de bebidas frias, por exemplo, sendo mais comum em mulheres jovens com histórico de alergias. 

Em caso de suspeita de alergia ao frio, é recomendado consultar um dermatologista ou alergista. O tratamento normalmente envolve evitar a exposição a baixas temperaturas, podendo algumas vezes também ser indicado o uso de remédios antialérgicos.

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de alergia ao frio

Os principais sintomas da alergia ao frio são:

  • Manchas avermelhadas e elevadas na pele;
  • Coceira, inchaço e/ou vermelhidão nas partes do corpo;
  • Sensação de queimação na pele;
  • Cansaço;
  • Dor no abdome, náusea e/ou diarreia, em alguns casos.

Os sintomas da alergia ao frio tendem a surgir cerca de 5 a 10 minutos após o contato da pele com água, objetos ou vento frio e, normalmente, melhoram em até 1 hora de forma espontânea, sendo comum afetarem as partes do corpo mais expostas. 

No entanto, especialmente nos casos em que a área corporal exposta ao frio é grande, o risco de reações alérgicas graves como a anafilaxia é maior. Neste caso, podem surgir sintomas como pressão baixa, desmaio ou dificuldade para respirar, colocando a vida da pessoa em risco.

Leia também: Anafilaxia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/o-que-e-anafilaxia

Teste online de sintomas

Para saber as chances de ter uma alergia, por favor, indique abaixo os sintomas que apresenta:

  1. 1. Vermelhidão na pele
  2. 2. Coceira no corpo
  3. 3. Nariz escorrendo e/ou entupido
  4. 4. Tosse seca ou espirros
  5. 5. Refluxo ou sensação de queimação na garganta
  6. 6. Dor no abdome
  7. 7. Diarreia
  8. 8. Náusea e/ou vômitos
  9. 9. Chiado no peito e/ou falta de ar
  10. 10. Inchaço em partes do corpo, como boca, rosto ou pescoço
  11. 11. Ingeriu alimentos que não costuma comer nas últimas horas?
  12. 12. Teve contato com produtos de limpeza, cosméticos, mofo, poeira ou pelos de animais nas últimas horas?
  13. 13. Existem períodos de melhora ou piora dos sintomas?

Este teste é uma ferramenta que serve apenas como meio de orientação e, portanto, não tem a finalidade de dar um diagnóstico e nem substituir a consulta com o alergista, imunologista ou clínico geral.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da alergia ao frio é feito pelo dermatologista ou alergista levando em consideração os sintomas, histórico de saúde e alterações verificadas ao examinar a pele quando exposta ao frio.

O médico pode testar a sensibilidade ao frio colocando um cubo de gelo em contato com a pele do antebraço por cerca de 5 minutos e verificando o surgimento de sintomas, que geralmente ocorrem dentro de 10 a 30 minutos após retirar o gelo.

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Em alguns casos, o médico pode indicar exames de sangue para descartar outras doenças, como infecções virais e alterações imunológicas, que podem estar associadas ao desenvolvimento da alergia ao frio.

Qual a diferença entre alergia ao frio e perniose?

A alergia ao frio pode afetar a pele em qualquer parte do corpo que tenha sido exposta a temperaturas baixas e, normalmente, os sintomas surgem minutos após a exposição ao frio devido a uma reação alérgica que provoca a liberação de substâncias inflamatórias.

Já a perniose, também conhecida como eritema pérnio, está associada à exposição constante ou prolongada a ambientes frios e úmidos e acredita-se que seja causada por um estreitamento dos vasos sanguíneos, afetando especialmente as extremidades do corpo, como os dedos das mãos e/ou pés. Saiba identificar os sintomas de perniose.

Possíveis causas

Acredita-se que a alergia ao frio seja causada por uma reação do organismo a baixas temperaturas, resultando na liberação de substâncias inflamatórias, como histamina, interleucinas e leucotrienos.

Além disso, a alergia ao frio é mais frequente em mulheres jovens com histórico de asma, rinite alérgica e/ou outras alergias e em caso de histórico familiar de alergia ao frio, infecções virais, como a mononucleose, hepatite ou HIV, e doenças que afetam o sistema imunológico, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento da alergia ao frio deve ser orientado pelo dermatologista ou alergista e pode ser feito com:

1. Evitar a exposição ao frio

A medida mais importante no tratamento da alergia ao frio, é evitar a exposição a baixas temperaturas, o que pode envolver evitar o contato com objetos, ar ou água fria, não consumir alimentos ou bebidas geladas e agasalhar-se adequadamente.

Especialmente no caso de pessoas que moram em regiões com baixas temperaturas ou trabalham ou vão viajar para lugares frios, é importante manter o corpo aquecido usando agasalhos como luvas, botas, gorros e meias de aquecimento. 

2. Uso de anti-histamínicos

Anti-histamínicos, como a loratadina, desloratadina, fexofenadina ou cetirizina, podem ser indicados pelo médico para aliviar os sintomas da alergia ao frio. 

Além disso, quando a alergia ao frio está associada a outras doenças, é importante que o seu tratamento seja feito de acordo com as orientações do médico para ajudar a controlar a alergia.

3. Caneta de adrenalina

Nos casos mais graves, os sintomas podem colocar a vida da pessoa em risco, o médico pode indicar o uso da caneta de adrenalina (epinefrina), que pode ser usada assim que os sintomas surgirem para revertê-los.

Leia também: Epinefrina: para que serve, como aplicar e efeitos colaterais tuasaude.com/epinefrina-adrenalina

Além disso, a adrenalina na forma de injeção também é usada em hospitais com indicação médica em caso de reações alérgicas graves causadas pela alergia ao frio.

Possíveis complicações

A principal complicação da alergia ao frio é o choque anafilático, que pode ser identificado por meio de sintomas como dificuldade para respirar, pressão baixa, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto e perda da consciência.

Esse tipo de reação é grave e pode colocar a vida em risco. Por isso, nesses casos, deve-se procurar imediatamente por atendimento médico. Veja como devem ser os primeiros socorros para o choque anafilático