Anemia hemolítica autoimune: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em abril 2024

Anemia hemolítica autoimune (AHAI) é um tipo de anemia em que anticorpos anormais atacam os glóbulos vermelhos do sangue, provocando a sua destruição e sintomas como cansaço, palidez, tontura e amarelamento da pele e olhos.

Embora nem sempre seja possível identificar a sua causa, a anemia hemolítica autoimune pode surgir pela desregulação do sistema imune após uma infecção, devido a doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatóide, uso de alguns medicamentos e até câncer.

Em caso de suspeita de anemia hemolítica autoimune é importante consultar um hematologista ou clínico geral para confirmar o diagnóstico. Embora não tenha cura, a anemia pode ser controlada com o uso de medicamentos, como corticoides e imunossupressores, e até cirurgia.

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Principais sintomas

Os principais sintomas da anemia hemolítica autoimune são:

  • Fraqueza, cansaço ou indisposição;
  • Palidez ou tontura;
  • Sonolência;
  • Coração acelerado;
  • Falta de ar;
  • Inchaço do abdome;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Urina escura, cor de coca-cola.

Estes sintomas são parecidos com os outros tipos de anemia. Por isso, em caso de suspeita de anemia hemolítica autoimune é importante consultar um hematologista ou clínico geral para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado. Veja mais sintomas que podem indicar anemia.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da anemia hemolítica autoimune é feito pelo hematologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, exame físico e exames de sangue.

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Exames para anemia hemolítica autoimune

Para confirmar o diagnóstico da anemia hemolítica autoimune, o médico deve solicitar exames, como:

  • Hemograma, para identificar a anemia e observar a sua gravidade;
  • Testes imunológicos, como o teste de Coombs direto, que verifica a presença de anticorpos ligados à superfície das hemácias. Entenda o que significa o teste de Coombs;
  • Contagem de reticulócitos no sangue, que indica como o corpo está tentando compensar a destruição das hemácias, normalmente estando elevada em caso de anemia hemolítica;
  • Dosagem da bilirrubina total e frações, que pode estar alterada, especialmente a bilirrubina indireta. Saiba para que serve e quando está indicado o exame de bilirrubina;
  • Esfregaço de sangue periférico, um exame que permite identificar alterações específicas nas hemácias;
  • Dosagem de LDH, que geralmente aumenta no sangue quando as hemácias são destruídas.

O médico também pode pedir outros exames de sangue, como a dosagem de ferro, vitamina B12 e ferritina, que são importantes para diferenciar a anemia hemolítica autoimune de outras anemias. Conheça outros exames que confirmam anemia.

Possíveis causas

A anemia hemolítica autoimune é causada pela produção de anticorpos anormais que atacam as células vermelhas do sangue, levando à sua destruição, que é chamada de hemólise.

Isso pode acontecer devido a algumas doenças, como lúpus, artrite reumatoide, linfoma e leucemia, ou devido ao uso de alguns medicamentos, como antibióticos, mas nem sempre tem uma causa específica.

Além disso, a anemia hemolítica autoimune também pode surgir após infecções, como as provocadas pelo vírus Epstein-Barr ou Parvovírus B19, ou por bactérias como a Mycobacterium pneumoniae ou Treponema pallidum. Confira outras causas de anemia.

Anemia hemolítica autoimune quente e fria

A anemia hemolítica autoimune pode ser classificada como quente ou fria, dependendo do tipo de anticorpo que ataca os glóbulos vermelhos.

A anemia hemolítica autoimune quente é a mais comum, sendo causada por anticorpos do tipo IgG. Já a anemia hemolítica autoimune fria é provocada por anticorpos do tipo IgM.

Como é feito o tratamento

O tratamento da anemia hemolítica autoimune deve ser feito com orientação do hematologista e pode envolver o uso de medicamentos, como corticoides, imunossupressores e imunomoduladores. Veja os principais remédios para anemia.

Além disso, nos casos mais graves, transfusões de sangue também podem ser indicadas para controlar a anemia.

A cirurgia para retirada do baço, conhecida como esplenectomia, algumas vezes também pode ser realizada, especialmente quando outros tratamentos não estão sendo eficazes. Veja outras indicações de esplenectomia.

Além disso, quando a causa da anemia hemolítica autoimune é identificada, sempre que possível, o seu tratamento também é importante para o controle da anemia.

Anemia hemolítica autoimune tem cura?

A anemia hemolítica autoimune não tem cura, no entanto, a destruição das hemácias pode ser controlada através do tratamento adequado.

No entanto, mesmo quando tratada adequadamente, algumas vezes a anemia pode voltar, especialmente se tiver sido grave no início da doença.

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