Angina instável: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em janeiro 2022

A angina instável é caracterizada por um desconforto/dor no peito, que geralmente ocorre em repouso, podendo persistir por mais de 10 minutos. A dor é intensa, surge rapidamente e tem caráter intermitente, podendo ser progressiva, ou seja, vai se tornando cada vez mais prolongada e/ou mais frequente.

A dor torácica pode irradiar para o pescoço, braço ou costas e podem também surgir outros sintomas como náuseas, tontura ou transpiração excessiva.

Em caso de angina instável é importante procurar de imediato a urgência, para que seja realizado o tratamento adequado, que geralmente consiste em repouso e administração de nitratos, betabloqueadores e antiagregantes, como o AAS ou Clopidogrel, por exemplo.

Muitas vezes, a angina instável antecede um infarto do miocárdio, um episódio de arritmia ou, com menos frequência, morte súbita. Saiba reconhecer os sintomas de infarto do miocárdio.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sinais e sintomas

Os sinais e sintomas que podem ocorrer numa pessoa com angina instável são:

  • Dor ou desconforto no peito, que pode irradia para ombros, pescoço, costas ou braços;
  • Dor que surge de repente e em repouso;
  • Náuseas e tonturas;
  • Cansaço excessivo;
  • Transpiração excessiva.

A angina instável deve ser sempre avaliada no hospital, por isso, se existir suspeita é importante ir rapidamente à urgência ou chamar ajuda médica.

Qual a diferença entre angina estável e instável?

A angina estável caracteriza-se por um desconforto no tórax ou no braço, não necessariamente doloroso, e está associado frequentemente ao esforço físico ou estresse, sendo aliviado depois de 5 a 10 minutos de repouso ou com nitroglicerina sublingual. Saiba mais sobre angina estável.

Já a angina instável também é caracterizada por um desconforto no peito, mas ao contrário da angina estável, ocorre geralmente em repouso, podendo, além disso, persistir por mais de 10 minutos, ser intensa e de início recente ou ser progressiva, ou seja, mais prolongada ou frequente do que antes.

Como confirmar o diagnóstico

Geralmente o médico realiza um exame físico, que inclui a medição da pressão arterial e ausculta cardíaca e pulmonar. Além disso, podem também ser realizados exames como testes de sangue, com coleta de enzimas cardíacas, electrocardiograma, ecocardiografia, angiografia coronária e/ou angiografia por tomografia computadorizada, por exemplo.

Possíveis causas

A angina instável é geralmente causada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias do coração ou mesmo pelo rompimento dessas placas, o que pode levar a dificuldade de passagem do sangue nesses vasos. Como o sangue é o responsável por levar oxigênio para o funcionamento do músculo do coração, a redução da passagem do sangue, diminui o oxigênio no órgão, causando assim a dor no peito. Veja quais as principais causas da aterosclerose.

As pessoas que têm um maior risco de sofrer de angina instável são aquelas que sofrem de diabetes, obesidade, história familiar de doença cardiovascular, pressão alta, colesterol elevado, uso de cigarro, ser do sexo masculino e ter uma vida sedentária.

Como é feito o tratamento

Os pacientes com angina instável devem ser internados e monitorados através de eletrocardiograma contínuo de forma a detectar alterações do segmento ST e/ou arritmias cardíacas. Além disso, no tratamento inicial, devem ser administrados nitratos, betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio para aliviar a angina e prevenir a recorrência da dor torácica, além do uso de antiagregantes ou antiplaquetários como AAS, clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor, para estabilizar as placas de gordura.

Geralmente, também são administrados anticoagulantes para reduzir a formação de coágulos, como a heparina, o que tornará o sangue mais fluido. Podem também ser usados medicamentos anti-hipertensivos, como o captopril, por exemplo, para reduzir a pressão sanguínea e também as estatinas, como atorvastatina, sinvastatina ou rosuvastatina, para estabilizar as placas.

Se confirmada a angina instável por exames, como por exemplo, a cintilografia miocárdica ou a ecocardiografia transtorácica ou mesmo a ressonância cardíaca, o paciente deverá ser submetido a cateterismo cardíaco durante às 24h que se seguem.