Apiterapia: o que é, para que serve, benefícios e riscos

Atualizado em julho 2023

A apiterapia é uma terapia alternativa que consiste na utilização de produtos derivados das abelhas, como mel, própolis, pólen, geleia real, cera ou veneno de abelha, para fins terapêuticos.

Vários estudos comprovam que a apiterapia é eficaz no tratamento de doenças de pele, das articulações, gripes e resfriados, do sistema imunológico, entre outros, porém, assim como outras terapias alternativas, não tem o seu uso reconhecido pelos Concelhos Federal de Medicina.

Apesar disso, a apiterapia é aprovada e oferecida pelo SUS, como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). É importante ressaltar que a apiterapia não substitui o tratamento médico com remédios, sem que haja conhecimento prévio do médico que o prescreveu.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A apiterapia é indicada para auxiliar no tratamento de diversas condições de saúde, como:

  • Artrite reumatoide;
  • Feridas na pele, acne, queimaduras, eczema, dermatite ou psoríase;
  • Úlcera de pé diabético ou escaras;
  • Intertrigo;
  • Mucosite oral, gengivite ou estomatite;
  • Colesterol alto;
  • Tosse, dor de garganta ou asma brônquica;
  • Herpes labial ou genital;
  • Gripes e resfriados;
  • Sintomas da menopausa.

Além disso, a apiterapia pode ser indicada para ajudar a controlar a glicemia em diabéticos, pressão alta, ou para melhorar as funções cognitivas em pessoas com Alzheimer ou Parkinson, por exemplo.

O tipo de produto derivado das abelhas, deve ser indicado pelo médico ou profissional de saúde especializado em apiterapia, de acordo com o estado geral de saúde e condição a ser tradada.

Principais benefícios

A apiterapia consiste na utilização de produtos derivados das abelhas, com propriedades cientificamente comprovadas, como:

1. Mel

O uso do mel como curativo mostrou-se eficaz na cicatrização de feridas, com mais rapidez, mais eficácia na resolução de infecções e menos dor, comparativamente à utilização de outros curativos.

Isto porque é rico em compostos fenólicos, enzimas, como catalase, peroxidase e glicose oxidase, com propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antioxidantes.

Além disso, o mel também se revelou eficaz no tratamento da tosse, comparativamente à utilização de outros antitussígenos. Conheça outros benefícios do mel.

2. Cera

A cera de abelha é atualmente muito utilizada na indústria cosmética e farmacêutica, em pomadas cremes e comprimidos. No campo da medicina alternativa, a cera de abelha é usada devido às sua propriedades antibióticas, e também no tratamento da artrite e da inflamação nasal.

3. Pólen

O pólen produzido pelas abelhas, tem demostrado em vários estudos propriedades energéticas no combate ao cansaço e depressão e aumento da resistência à gripe e resfriado. Além disso, também provou apresentar benefícios para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata.

4. Própolis

O própolis apresenta propriedades antifúngicas, anti-inflamatórias, antibacterianas e cicatrizantes, devido aos aminoácidos, éteres, lignanas, diterpenos, vitaminas e minerais na sua composição, e mostrou também eficácia no alívio da dor de dente e na prevenção da gripe e resfriado e de otites.

Também demonstrou ser seguro e eficaz, em conjunto com o veneno de abelha, no tratamento da psoríase. Saiba mais sobre os benefícios do própolis.

5. Geleia real

A geleia real, além de ser uma fonte concentrada de nutrientes, vitaminas e ácidos gordos essenciais, apresenta também outros benefícios, como a redução do colesterol, fortalecimento do sistema imunológico, assim como propriedades estimulantes e fortificantes.

6. Veneno de abelha

O tratamento de apiterapia com veneno de abelha, também conhecido por apitoxina, é realizado por um apiterapeuta, com abelhas vivas, que picam propositadamente a pessoa, de forma controlada, liberando o veneno de forma a obter efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, estimulantes do sistema imunológico, entre outros.

Vários estudos comprovam ainda a eficácia do veneno de abelha no tratamento da artrite reumatoide, no entanto, não é possível garantir a segurança deste procedimento.

Possíveis riscos

Os principais riscos da apiterapia são reações alérgicas ou anafilaxia, especialmente em pessoas que têm alergia a picada de abelha ou outros derivados das abelhas.

Além disso, esse tipo de terapia pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça ou no corpo, tosse, icterícia, fraqueza muscular ou contrações uterinas, por exemplo. 

Quem não deve fazer

A apiterapia não deve ser feita por mulheres grávidas ou por pessoas que tenham alergia ao mel, própolis, pólen, geleia real, cera ou veneno de abelha, ou qualquer outro produto derivado de abelhas.

Além disso, esse tipo de terapia não deve ser feito por pessoas que tenham problemas cardíacos, doenças no fígado ou rins, infecções agudas, anemia, hemorragias, ou úlcera no estômago ou intestino.