Bexiga baixa: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

A bexiga baixa, também chamada de cistocele, é uma condição que surge por um enfraquecimento ou perda de elasticidade dos músculos e ligamentos do assoalho pélvico, que dão sustentação a bexiga. Assim, a bexiga sai da sua posição normal, podendo ser tocada facilmente através da vagina.

A bexiga baixa é mais frequente nas mulheres com mais de 40 anos de idade, que já tenham engravidado. A mulher pode apresentar somente a bexiga caída, mas também pode acontecer a queda do útero ou do reto ao mesmo tempo.

O tratamento para bexiga baixa pode ser feito com mudanças no estilo de vida, com perda de peso, deixar de fumar, combater a prisão de ventre, além da fisioterapia, exercícios pélvicos, indicados pelo fisioterapeuta, ou através de cirurgia, nos casos mais graves, quando a bexiga chega até a entrada da vagina ou passa pela vagina.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de bexiga baixa

Os principais sintomas de bexiga baixa são:

  • Sensação de peso na bexiga;
  • Dor ou desconforto na região pélvica;
  • Fraqueza ou flacidez dos músculos e ligamentos do períneo;
  • Incontinência urinária de esforço ou durante o contato íntimo;
  • Dificuldade na passagem da urina, durante os primeiros segundos de micção;
  • Urgência e aumento da frequência urinária;
  • Dor ou irritação na vagina durante o contato sexual, o que pode ser devido ao ressecamento vaginal;
  • Caroço na vagina, que pode ser vista à olho nu ou sentida com os dedos durante o toque vaginal.

Além disso, no caso de também ocorrer prolapso do reto, pode haver formação de uma 'bolsa' próxima do ânus causando dor, desconforto e dificuldade para eliminar as fezes. É importante consultar o ginecologista sempre que surgem sintomas da bexiga baixa, para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da bexiga baixa é feito pelo ginecologista através da avaliação do sintomas, histórico de saúde e do exame pélvico, sendo possível visualizar a bexiga ou o grau da queda da bexiga.

Além disso, o médico pode solicitar exames, como ultrassom transvaginal, ressonância magnética, cistouretroscopia ou estudo urodinâmico, que permitem avaliar os músculos da região, a capacidade da bexiga de reter e eliminar a urina, ou avaliar a uretra e a bexiga. Saiba como é feito o estudo urodinâmico.

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Possíveis causas

A bexiga baixa é causada por um enfraquecimento ou perda de elasticidade dos músculos do assoalho pélvico que dão sustentação à bexiga, fazendo com que saia do lugar, podendo passar pelo canal vaginal.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da bexiga baixa, como:

  • Idade, sendo mais comum após os 50 anos;
  • Histórico familiar de cistocele;
  • Parto vaginal;
  • Múltiplas gestações;
  • Obesidade ou excesso de peso;
  • Prisão de ventre crônica;
  • Menopausa;
  • Tosse crônica;
  • Cirurgia para retirada do útero.

Além disso, a bexiga baixa ou a queda da bexiga também pode surgir devido a exercícios físicos intensos, ou trabalhos que exigem esforço físico, como o trabalho doméstico ou onde é necessário segurar ou carregar objetos pesados.

Como é feito o tratamento

O tratamento da bexiga baixa deve ser orientado pelo ginecologista e varia de acordo com o grau de cistocele. Os principais tratamentos para bexiga baixa são:

1. Exercícios de Kegel

Os exercícios de kegel são indicados para os casos menos graves, especialmente para os graus 1 ou 2 de cistocele, em que a mulher apresenta queda da bexiga, com pouco ou nenhum sintoma.

Estes exercícios ajudam a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, para dar suporte à bexiga, prevenindo que a bexiga saia pelo canal vaginal, e devem ser realizados de preferência com orientação de uma fisioterapeuta. Veja como fazer os exercícios de Kegel.

Os exercícios de kegel devem ser feitos diariamente, podendo ser realizados em qualquer posição, seja sentado, deitado ou de pé, e podem, inclusive, ser realizados com o auxílio de bolas de ginástica.

2. Ginástica hipopressiva

A ginástica hipopressiva também é indicada para combater a bexiga baixa porque também ajuda a fortalecer os músculos e ligamentos do assoalho pélvico, que sustentam a bexiga, ajudando a manter a bexiga na posição correta e prevenindo sua saída pelo canal vaginal. Além disso, essa ginástica ajuda a combater a incontinência urinária e a prevenir o prolapso do útero.

3. Fisioterapia uroginecológica

A fisioterapia uroginecológica pode ser indicada pelo ginecologista, já que ajuda a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e a melhorar o controle sobre a bexiga, mantendo-a no seu lugar, e aliviando os sintomas da bexiga baixa.

A fisioterapia uroginecológica deve ser feita com orientação do fisioterapeuta, com exercícios específicos ou ainda estimulação elétrica intravaginal ou biofeedback. Confira como é feita a fisioterapia uroginecológica.

4. Pessário

O pessário é um dispositivo de plástico ou silicone que fornece suporte para a bexiga, aliviar os sintomas da queda da bexiga, como incontinência urinária, ou evitar que a bexiga desça mais.

Esse dispositivo é inserido na vagina pelo ginecologista, sendo indicado quando se deseja evitar ou adiar a cirurgia, ou a mulher apresenta problemas de saúde tornando a cirurgia arriscada. Veja mais detalhes sobre o uso do pessário.

5. Remédios

Alguns remédios à base de estrogênio podem ser indicados pelo ginecologista durante a menopausa para ajudar a controlar os sintomas da cistocele, dessa forma, a terapia de reposição hormonal durante a menopausa também é indicada para complementar o tratamento em algumas mulheres. Veja como é feita a terapia de reposição hormonal.

6. Cirurgia

A cirurgia para bexiga baixa pode ser indicada pelo ginecologista para os casos mais graves de cistocele, e consiste em reforçar as estruturas da região pélvica para restaurar a posição correta da bexiga, útero e de todas as estruturas que estejam 'caídas'. Normalmente o médico coloca uma 'rede' para servir de apoio para os órgãos pélvicos o que é bastante eficaz.

Esse tipo de cirurgia pode ser feito através da laparotomia ou corte abdominal, com anestesia regional ou geral, mas como todas as outras possui seus riscos, como perfuração de órgãos, sangramentos, infecção, dor durante o contato sexual e retorno da incontinência urinária, em alguns casos.

A cirurgia é rápida e a mulher fica internada somente 2 ou 3 dias, mas é necessário ficar de repouso em casa e evitar esforços na 1ª semana após a cirurgia. Veja como é a recuperação da cirurgia para incontinência urinária.

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