Biópsia renal: o que é, como é feita e como se preparar

Atualizado em fevereiro 2023

A biópsia renal é um procedimento médico em que é retirada uma pequena amostra do tecido renal com o objetivo de investigar doenças que afetam o rim ou acompanhar pacientes que realizaram transplante renal, por exemplo.

A biópsia do rim é pedida quando existem alterações no exame de urina como sangue ou proteínas sem motivo aparente, ou após transplante renal, para investigar a causa quando o enxerto não está funcionando bem.

A biópsia renal pode ser realizada pelo nefrologista e pelo radiologista intervencionista no hospital, sendo necessário internamento para observação por um período de 6 a 12 horas para que o médico consiga acompanhar a evolução da pessoa e se haverá sangue na urina.

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Quando é indicada

A biópsia renal é indicada para investigar as doenças como:

  • Injúria renal aguda ou doença renal crônica, sem uma causa específica;
  • Síndrome nefrótica;
  • Glomerulonefrite;
  • Nefrite lúpica;
  • Tumor renal;
  • Grande quantidade de proteínas e/ou sangue na urina de origem desconhecida;
  • Após transplante renal, quando o enxerto não está funcionando bem.

Além disso, o nefrologista pode indicar a realização de biópsia renal para avaliar a resposta da doença ao tratamento e verificar a extensão do comprometimento renal.

Geralmente, antes da realização da biópsia renal é necessário que sejam realizados outros exames, como coagulograma e exames de urina, além de ultrassonografia renal, para verificar a presença de cistos, formato dos rins e características do rins, e assim, verificar se é possível a realização da biópsia.

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Como se preparar para a biópsia renal

Alguns cuidados são indicados para se preparar para a biópsia renal, como:

  • Levar todos o resultado de todos os exames anteriores no dia da biópsia;
  • Informar ao médico sobre o uso de remédios anticoagulantes, como varfarina, heparina, rivaroxabana ou ácido acetilsalicílico, pois o médico pode orientar suspender esses medicamentos alguns dias antes do exame;
  • Informar ao médico se apresenta alergia a qualquer remédio ou alimento antes de fazer o exame;
  • Fazer jejum absoluto por pelo menos 8 horas, conforme orientação médica.

Além disso, antes da realização da biópsia é feita uma ultrassonografia dos rins e do sistema urinário ou tomografia de abdome para verificar se há alguma alteração que comprometa ou aumente o risco do exame, além de exames laboratoriais, como urinocultura, coagulograma para verificar se é possível realizar a biópsia sem qualquer complicação.

Como é feita a biópsia renal

A biópsia é feita no hospital, sendo aplicada anestesia local em adultos ou sedação nas crianças ou nos adultos. O procedimento demora cerca de 30 minutos.

Durante o procedimento, a pessoa é colocada deitada de barriga para baixo e o exame é realizado com o auxílio da imagem do ultrassom, que permite identificar o melhor local para colocação da agulha. A agulha aspira uma amostra do tecido renal, que é enviado para o laboratório para que seja analisado. Na maioria das vezes, são retiradas duas amostras de locais distintos do rim para que o resultado seja mais preciso.

Após a biópsia, deve-se permanecer no hospital por 6 a 12 horas para que seja monitorado e não haja risco de sangramentos ou alteração na pressão arterial.

É importante que informar ao médico qualquer sintoma que apresente após a biópsia, como dificuldade para urinar, calafrios, presença de sangue na urina mais de 24 horas após a biópsia, desmaio ou aumento da dor ou inchaço do local em que foi realizada a biópsia.

Quem não deve fazer

A biópsia renal não é indicada em caso de rim único, rins atrofiados ou policísticos, hipertensão não controlada, sintomas de infecção urinária ou problemas de coagulação, como hemofilia, por exemplo.

Possíveis complicações

A biópsia dos rins é de baixo risco, não havendo muitas complicações associadas. No entanto, em alguns é possível que existam sangramentos. Por causa disso é recomendado que a pessoa permaneça no hospital para que o médico possa observar a presença de qualquer sinal indicativo de hemorragia interna.