Câncer de garganta: sintomas, causas e tratamento

Atualizado em fevereiro 2023

O câncer de garganta é um tipo de câncer que pode afetar a laringe, faringe, amígdalas ou qualquer outra parte da garganta, causando sintomas como dor de garganta, dificuldade para engolir ou respirar, alterações na voz, ronco e perda de peso sem causa aparente.

Embora seja raro, este é um tipo de câncer que se pode desenvolver em qualquer idade, especialmente em pessoas com mais de 50 anos, homens, pessoas fumantes ou que façam uso excessivo de bebidas alcoólicas.

É importante que o otorrinolaringologista seja consultado assim que surgirem sinais e sintomas sugestivos de câncer na garganta, pois assim é possível que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado. A escolha do tratamento vai depender da localização e de algumas características do tumor e do paciente, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou a combinação destas modalidades.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de câncer na garganta são:

  • Dor de garganta ou de ouvido que não desaparece;
  • Tosse frequente, que pode ser acompanhada de sangue;
  • Dificuldade para engolir ou respirar;
  • Alterações na voz, sem causa aparente, principalmente rouquidão;
  • Perda de peso sem razão aparente;
  • Inchaço ou aparecimento de nódulos no pescoço;
  • Ruídos ao respirar;
  • Roncos;
  • Gânglios (ínguas) no pescoço.

Os sintomas podem variar, também, de acordo com o local atingido pelo tumor. Assim, caso o câncer se esteja desenvolvendo na laringe, é possível que surjam alterações na voz. Por outro lado, se for apenas identificada dificuldade para respirar, é mais provável que seja câncer na faringe. No entanto, a única forma de confirmar o diagnóstico é consultar um otorrinolaringologista para que sejam feitos exames de diagnóstico e seja iniciado o melhor tratamento.

Tipos de câncer de garganta

Dependendo do local em que se desenvolve, o câncer de garganta pode ser classificado em dois tipos principais:

  • Câncer da laringe: afeta a laringe, que é o local onde se encontram as cordas vocais;
  • Câncer da faringe: surge na faringe que é o local que conecta a boca e as vias aéreas superiores à traqueia e esôfago, permitindo a passagem de ar e alimentos, respectivamente.

É importante que o tipo de câncer de garganta seja identificado para que o tratamento mais adequado seja inciado e, assim, existam mais chances de alcançar a cura e prevenir complicações.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de garganta pode ser confirmado pelo otorrinolaringologista, que além de avaliar os sintomas e o histórico clínico de cada pessoa, também pode fazer exames como a laringoscopia, para observar se existem alterações nos órgãos da garganta.

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Caso sejam identificadas alterações, o médico pode ainda retirar uma amostra de tecido e enviar para o laboratório, para confirmar a presença de células cancerígenas. Outros exames que também podem auxiliar são ressonância magnética, tomografia computadorizada ou PET-scan, por exemplo.

Possíveis causas

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de garganta, como:

  • Ser fumante;
  • Consumir bebidas alcoólicas em excesso;
  • Fazer uma alimentação pouco saudável, com pouca quantidade de frutas e verduras e grande quantidade de alimentos industrializados;
  • Infecção pelo vírus HPV, transmitido através do sexo oral desprotegido;
  • Estar exposto a asbesto;
  • Ter uma higiene dentária fraca.

Assim, algumas formas de evitar desenvolver este tipo de câncer incluem não fumar, evitar o consumo muito frequente de bebidas alcoólicas, fazer uma alimentação saudável e evitar o sexo oral desprotegido.

Estágios do câncer de garganta

Após fazer o diagnóstico do câncer de garganta, o médico pode dividi-lo em diferentes estágios, de acordo com seu grau de desenvolvimento:

  • Estágios 1 e 2: considerados estágios iniciais, em que o tumor é pequeno, e está limitado à garganta, possuindo melhor prognóstico. Nestes casos, são priorizados os tratamentos localizados, como a cirurgia e a radioterapia;
  • Estágio 3: o tumor é maior e não está limitado à garganta, geralmente com acometimento de gânglios no pescoço. Nestes casos, na maioria das vezes, será preciso uma combinação de tratamentos;
  • Estágio 4: quando o tumor acomete áreas fora da região da garganta, o que configura uma metástase, tornando o prognóstico pior.

Quanto mais avançado o estágio do câncer mais difícil será seu tratamento. Nos estágios mais iniciais pode ser necessário fazer cirurgia para retirar o tumor, enquanto nos mais avançados pode ser necessário combinar outros tipos de tratamento como quimioterapia ou radioterapia.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o câncer de garganta varia de acordo com o grau de desenvolvimento da doença, devendo ser orientado pelo otorrinolaringologista, cirurgião oncológico de cabeça e pescoço e pelo oncologista. De forma geral, em tumores iniciais pode ser indicada a realização de cirurgia para retirada completa do tumor, seguido ou não de sessões de quimio ou radioterapia para garantir a eliminação completa das células malignas.

Em tumores maiores e principalmente em tumores de laringe muitas vezes a tratamento é feito apenas com uma combinação de radioterapia e quimioterapia. Também é muito importante a preocupação com a qualidade de vida e preservação da função dos órgãos. Por isso a avaliação deve sempre ser feita de forma individualizada, por um oncologista e um cirurgião que tenham experiência com estes tipos de casos.

Dependendo do tamanho do tumor, o médico pode retirar apenas uma pequena parte do órgão afetado ou precisar removê-lo completamente. Dessa forma, pessoas com câncer na laringe, por exemplo, podem ficar com sequelas após a cirurgia, como alteração da voz, por perda de uma grande parte do órgão onde se encontram as cordas vocais.

Após e durante o tratamento dos tumores de garganta é muito importante o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, envolvendo fonoaudiológos, nutricionistas, dentistas e fisioterapeutas. Esta equipe ajudará a garantir uma boa tolerância ao tratamento e redução de sequelas, facilitando a fala, a mastigação e a deglutição, por exemplo.

O câncer de garganta tem cura?

O câncer de garganta tem cura quando é identificado logo nos estágios iniciais e o tratamento é iniciado logo em seguida, em que o câncer está localizado, não havendo evidências de células cancerígenas em outras partes do corpo.