10 principais causas da obesidade (e o que fazer)

Atualizado em agosto 2023
Evidência científica

A obesidade é uma condição que envolve a quantidade excessiva de gordura corporal e pode ser causada pelo consumo excessivo de alimentação e a falta de atividade física. No entanto, também existem outros fatores que podem levar ao desenvolvimento da obesidade e que fazem com que seja mais fácil aumentar de peso.

Geralmente, a obesidade resulta de uma combinação de fatores hereditários, como a predisposição genética, combinados com uma dieta rica em gorduras e açúcares e pouca atividade física, levando ao acúmulo de gordura no corpo, podendo afetar pessoas em qualquer idade, inclusive crianças. Saiba identificar a obesidade infantil.

Além de causar uma preocupação estética, a obesidade pode levar ao desenvolvimento de problemas de saúde como doenças cardíacas, diabetes, pressão alta e até certos tipos de câncer, e por isso, deve-se consultar um endocrinologista para avaliar o estado de saúde e fazer uma dieta orientada por um nutricionista.

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Qual médico consultar?

O médico ideal para confirmar o diagnóstico de obesidade e iniciar o tratamento mais adequado é o endocrinologista.

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Principais causas

As principais causas da obesidade e como combater cada uma delas são:

1. Alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos

O açúcar, a gordura e os carboidratos são alimentos ricos em calorias, que são usadas como fonte de energia para o corpo, mas que quando consumidos de forma excessiva, são armazenados na forma de gordura, favorecendo o aumento de peso e o desenvolvimento da obesidade.

O que fazer: fazer mudanças na dieta incluindo uma alimentação balanceada e rica em frutas, legumes, verduras, fibras e água, conforme orientação do médico e do nutricionista.

Assista o vídeo com a nutricionista Tatiana Zanin com dicas sobre alimentação balanceada e como emagrecer com saúde:

youtube image - Emagrecer com Saúde

2. Falta de atividade física

A falta de atividade física é uma das principais causas de obesidade, especialmente quando não existe um balanço entre o que a pessoa ingere de alimentos e as calorias gastas por dia, levando ao acúmulo de gordura no corpo e desenvolvimento da obesidade.

A prática de atividades físicas, como caminhada ou natação, por exemplo, é essencial para combater a obesidade, pois ajuda a aumentar o metabolismo do corpo, favorecendo o gasto de energia e a queima de calorias, facilitando a perda de peso. 

O que fazer: o ideal é que, para perder peso, sejam feitos de 150 a 300 minutos de atividades físicas por semana, sendo fundamental ter uma avaliação médica antes de iniciar os exercícios para avaliar o estado de saúde, além de ter a orientação de um educador físico para evitar lesões como tendinites ou distensões musculares, por exemplo. Confira os melhores exercícios para emagrecer.

3. Predisposição genética

A genética está envolvida na causa da obesidade, principalmente quando os pais são obesos, porque quando tanto o pai, como a mãe são obesos, o filho tem 80% de chances de desenvolver a obesidade. Quando somente 1 dos pais é obeso, esse risco diminui para 40% e quando os pais não são obesos o filho tem apenas 10% de chance de ser obeso.

Mesmo que os pais sejam obesos, os fatores ambientais tem grande influência no aumento do peso. No entanto, pode ser mais difícil um adolescente ou adulto que é obeso desde a infância conseguir se manter no peso ideal porque ele possui uma maior quantidade de células que armazenam gordura, e que facilmente ficam cheias.

O que fazer: a prática de exercícios diários e a alimentação pobre em gordura deve fazer parte da rotina. Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de remédios para emagrecer ou a realização de cirurgia bariátrica, por exemplo.

4. Alterações nos níveis de leptina e grelina

A leptina e a grelina são dois hormônios importantes para regular o apetite e, por isso, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa pode sentir mais fome que o normal, acabando por comer uma maior quantidade de comida, e mais vezes durante o dia.

A leptina é responsável por diminuir o apetite e é produzida pelas células de gordura para indicar ao corpo que já não precisa comer em grande quantidade. Isso significa que, quanto mais células de gordura a pessoa tem, mais leptina será produzida. No entanto, nos obesos é comum que os receptores de leptina deixem de funcionar corretamente, o que faz com que a sensação de saciedade nunca chegue ao cérebro, fazendo com que a pessoa continue sentindo muito apetite.

Já a grelina é produzida no estômago quando está vazio e indica quando a pessoa precisa comer mais, porque ela aumenta o apetite. Estudos em pessoas que sofrem de obesidade confirmaram que algumas pessoas, mesmo após comer muito, continuam produzindo uma elevada quantidade de grelina, o que faz com que a pessoa fique sentindo fome toda a hora.

O que fazer: para ajudar a regular os níveis desses hormônios deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar, comidas muito engorduradas, produtos enlatados e processados, e seguir uma dieta balanceada orientada pelo nutricionista, além de praticar exercícios físicos regularmente. 

Assista o vídeo a seguir com outras dicas para regular os níveis de leptina e ajudar a combater a obesidade:

youtube image - COMO EMAGRECER DORMINDO

5. Alterações hormonais

Doenças hormonais raramente são a causa exclusiva da obesidade, mas cerca de 10% das pessoas que tem alguma destas doenças, tem maior risco de ser obesa: síndrome hipotalâmica, síndrome de Cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.

No entanto, é preciso levar em consideração que sempre que a pessoa está acima do peso existem alterações hormonais envolvidas, mas nem sempre isso indica que esta é a cauda da obesidade. Porque com a redução do peso estas alterações hormonais podem ser curadas, sem a necessidade de medicamentos.

O que fazer: controlar a doença que esteja envolvida no excesso de peso, e fazer uma dieta de reeducação alimentar e praticar exercícios diariamente. 

6. Distúrbios emocionais

A perda de uma pessoa próxima, de um emprego ou uma notícia ruim podem levar a um sentimento de tristeza profunda ou até mesmo depressão, e estas favorecem um mecanismo de recompensa porque comer é prazeroso, mas como a pessoa se sente triste na maior parte do tempo, não encontra energia para se exercitar, para poder gastar as calorias e a gordura que ingeriu à mais num momento de angústia e dor.

O que fazer: é importante buscar ajuda de amigos, familiares ou de um terapeuta para vencer essa tristeza ou depressão, encontrando nova motivação para viver. Fazer exercícios também é uma excelente estratégia pois o esforço físico libera endorfinas na corrente sanguínea, que promove a sensação de bem-estar. Comer alimentos ricos em triptofano diariamente também é uma boa ajuda. Veja a lista completa de alimentos ricos em triptofano

7. Remédios que engordam

O uso de remédios hormonais e corticoides também favorecem o aumento de peso e podem promover a obesidade porque incham e podem levar ao aumento do apetite. Alguns remédios que engordam são diazepam, alprazolam, corticosteroides, clorpromazina, amitriptilina, valproato de sódio, glipizida e até mesmo a insulina. 

O que fazer: é importante não interromper nenhum tratamento sem a orientação médica, e verificar com o médico a possibilidade de trocar o remédio por outro.

8. Diminuição da dopamina

A dopamina é um tipo de neurotransmissor, produzido naturalmente pelo corpo, responsável pela sensação de bem estar, prazer e saciedade, além de outras funções como motivação e memória, e que age ligando-se a regiões específicas no cérebro. Alguns estudos mostram que quando o corpo não produz dopamina em quantidades suficientes, pode levar a pessoa a comer mais ou ter compulsões alimentares de forma, na tentativa de aumentar os níveis de dopamina no corpo, favorecendo o aumento de pesou ou obesidade.

Por outro lado, alguns estudos mostram que a obesidade pode diminuir os receptores da dopamina no cérebro, que são as regiões em que a dopamina se liga para exercer sua ação e, mesmo que a pessoa tenha uma produção normal de dopamina, esse neurotransmissor não age de forma adequada, levando também a um aumento da fome como forma de compensar a falta da ação da dopamina no cérebro.

O que fazer: para aumentar a produção de dopamina é importante praticar exercícios e comer alimentos como ovo cozido, peixes ou semente de linhaça, que aumentam a serotonina e a dopamina sendo responsáveis por dar a sensação de prazer e bem-estar. Além disso, o endocrinologista poderá indicar ainda o uso de remédios para emagrecer, que diminuem a apetite para que seja mais fácil cumprir a dieta.

9. Infecção pelo vírus Ad-36

Existe uma teoria de que a infecção pelo vírus Ad-36 esteja entre as causas da obesidade porque esse vírus já foi isolado em animais, como galinhas e ratos, e foi observado que esses animais contaminados acumulavam mais gordura. O mesmo foi observado em humanos, no entanto, não há estudos suficientes para comprovar de que forma esse vírus influencia na obesidade. O que se sabe é que os animais infectados tinham mais células de gordura e estas estavam mais cheias e com isso enviavam sinais hormonais para que o organismo acumule e armazene mais gordura.

O que fazer: ainda que esta teoria seja confirmada para emagrecer será necessário gastar mais calorias do que ingere. Isso apenas indica o nível de dificuldade que a pessoa pode ter para emagrecer e se manter no peso ideal.

10. Outras causas comuns

Outros fatores que também favorecem o aumento de peso e podem estar relacionados com a obesidade são:

  • Parar de fumar porque a nicotina que diminuía o apetite deixa de estar presente, favorecendo o aumento da ingestão de calorias;
  • Tirar férias porque isso muda a rotina diária e a alimentação tende a ser mais calórica nessa fase;
  • Parar de fazer exercícios porque o metabolismo do corpo abaixa rapidamente, embora o apetite se mantenha o mesmo e com isso mais gordura acaba sendo acumulada;
  • Gravidez, devido as alterações hormonais nesse fase, associada a ansiedade e a 'permissão' da sociedade para comer por dois, o que na verdade não está correto.

Em todo caso, o tratamento para obesidade envolve sempre dieta e exercícios, mas o uso de medicamentos para emagrecer pode ser uma opção, especialmente para quem precisa fazer uma cirurgia bariátrica, por exemplo, para diminuir os riscos da cirurgia. Saiba quando a cirurgia bariátrica é indicada para a obesidade

O que não funciona para emagrecer

A principal estratégia que não funciona para emagrecer é seguir uma dieta da moda porque estas são muito restritivas, difíceis de cumprir e porque mesmo que a pessoa emagreça muito rápido, provavelmente irá engordar novamente tão rápido, quanto emagreceu. Essas dietas malucas geralmente retiram um grande número de nutrientes, e pode deixar a pessoa doente, sem ânimo e até mesmo desnutrida. Por isso, o mais indicado é fazer uma reeducação alimentar orientada por um nutricionista.

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