Coloboma: o que é, tipos, sintomas e tratamento

Atualizado em julho 2021

O coloboma, popularmente conhecido como a síndrome do olho de gato, é um tipo de malformação do olho em que há alteração na estrutura do olho, podendo afetar pálpebra ou a íris, de forma que o olho pode ficar semelhante ao de um gato, porém a capacidade de visão é quase sempre mantida.

Apesar do coloboma ser mais frequente em um dos olhos, pode também ser bilateral, em alguns casos, havendo afetar os dois olhos, no entanto o tipo de coloboma pode variar de um olho pra outro. Ainda não existe uma cura para este tipo de alteração, mas o tratamento ajuda a reduzir alguns dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Imagem ilustrativa número 1

Tipos de coloboma

O coloboma pode acontecer devido a uma mutação genética aleatória que pode ser hereditária ou acontecer espontaneamente sem que existam outros casos na família. No entanto, a maioria dos casos de coloboma acontecem como consequência de alterações durante o período de embriogênese da gravidez. 

De acordo com a estrutura do olho afetada, o coloboma pode ser classificado em vários tipos, sendo os principais:

  • Coloboma palpebral: o bebê nasce com falta de um pedaço da pálpebra superior ou inferior, mas tem uma visão normal;
  • Coloboma do nervo ótico: faltam partes do nervo ótico, que podem acabar afetando a visão ou causar cegueira;
  • Coloboma da retina: a retina está pouco desenvolvida ou possui pequenas falhas que afetam a visão, podendo criar manchas escuras na imagem enxergada, por exemplo;
  • Coloboma macular: existe uma falha no desenvolvimento da região central da retina e, por isso, a visão é muito afetada.

Apesar de existirem vários tipos de coloboma, o mais comum é o da íris, em que a íris fica com um formato diferente do comum, sendo semelhante ao olho de um gato.

Principais sintomas

Os sintomas da coloboma varia de acordo com o seu tipo, no entanto, os sinais e sintomas mais comuns são:

  • Pupila em forma de 'buraco de fechadura';
  • Falta de um pedaço da pálpebra;
  • Sensibilidade excessiva para a luz;
  • Dificuldades para enxergar que não melhoram com óculos.

Além disso, se se tratar de uma coloboma do nervo ótico, da retina ou da mácula também podem surgir graves diminuições na capacidade para enxergar e, algumas crianças, podem até nascer com cegueira.

Uma vez que estas alterações estão muitas vezes relacionadas a outros problemas, como cataratas, glaucoma ou nistagmo, por exemplo, o médico pode precisar fazer vários exames aos olhos da criança para avaliar se existe algum outro problema que precise ser tratado.

Como é feito o tratamento

O tratamento para coloboma só é necessário quando a alteração provoca dificuldade para enxergar ou algum outro sintoma. Caso contrário, o oftalmologista apenas agenda consultas a cada 6 meses para avaliar o desenvolvimento do olho, pelo menos, até aos 7 anos de idade.

Já nos casos em que é necessário tratamento, a técnica utilizada varia de acordo com o sintoma, podendo ser indicado:

  • Uso de lentes de contato coloridas: possuem uma íris pintada que permite esconder a pupila com formato semelhante à de um gato;
  • Uso de óculos de sol ou colocação de filtros nas janelas de casa e do carro: ajudam a diminuir a quantidade de luz quando existe sensibilidade ocular em excesso;
  • Cirurgia estética: permite reconstruir o pedaço de pálpebra que falta ou restabelecer definitivamente o formato da pupila.

Quando existe diminuição da capacidade para enxergar, o oftalmologista pode ainda experimentar várias técnicas como óculos, lentes ou até cirurgia para tentar identificar se existe possibilidade de melhora para a visão.