Desvio na coluna: 3 principais tipos de desvio, sintomas e tratamento

Atualizado em dezembro 2021

Os principais desvios de coluna são a cifose, lordose e a escoliose que nem sempre são graves, precisando de tratamento porque em certos casos estes desvios são leves e não trazem grandes consequências para o indivíduo.

O desvio na coluna pode não apresentar nenhum sintoma ou causar dor em certos momentos, podendo ser indicado pelo médico a realização de exercícios de fortalecimento da musculatura local, assim como sessões de fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia.

A coluna vertebral possui 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 que formam o cóccix. Quando vista de lado, a coluna saudável possui curvas suaves, na região do tórax e no final das costas. Quando vista de costas a coluna deve estar exatamente no meio das costas, mas quando as vértebras estão desalinhadas pode-se observar então, a escoliose. Quando vista de frente apesar de não se poder ver a coluna é possível observar as alterações que os desvios na coluna provocam: desnível dos ombros e/ou do quadril.

Imagem ilustrativa número 1

1. Cifose

A cifose, também conhecida como hipercifose, acontece quando as vértebras da coluna torácica curvam-se para trás, formando uma aparência 'corcunda', com os ombros caídos à frente. Esse desvio é mais comum em pessoas mais velhas, tendo também uma relação próxima com a osteoporose nos ossos da coluna. Conheça mais sobre a cifose.

Principais sintomas: além da aparência de corcunda, a cifose pode ter como principais sintomas dor na região superior das costas, dificuldade para manter o corpo reto, podendo haver muita dor quando essa posição é forçada, fraqueza ou formigamento nos braços e pernas e dificuldade para respirar, em alguns casos. 

Como tratar: para tratar a cifose, é importante que se tenha a orientação de um ortopedista e de um fisioterapeuta, sendo normalmente recomendada a realização de exercícios corretivos que fortalecem os músculos das costas e alongam o peitoral maior e menor, além de posicionar melhor a cabeça. O Pilates clínico e os exercícios de RPG (Reeducação Postural Global), são muito indicados, alcançando ótimos resultados.

Nos casos mais graves, quando o bebê já nasce com esta alteração, ou quando a curva é muito pronunciada o médico ortopedista pode indicar a necessidade de realizar uma cirurgia para ajudar a corrigir a coluna vertebral, no entanto, como forma complementar desse tratamento, ainda é indicado o uso de coletes ortopédicos e sessões de fisioterapia por longos períodos. 

2. Lordose

A lordose, ou hiperlordose, acontece quando as vértebras da coluna lombar ou cervical curvam-se para dentro. Assim, quando afeta as vértebras cervicais, é possível notar o alongamento do pescoço, que fica mais para frente, enquanto que no caso da lordose lombar, a região pélvica fica posicionada mais para trás e o abdômen mais para frente, formando a aparência de "bumbum arrebitado".

A lordose pode ser notada desde a infância e adolescência, e pode estar relacionado com outras alterações como abdômen protruso, que é mais globoso, devido a fraqueza dos músculos abdominais, e pé plano, embora nem sempre todas estas alterações estejam presentes ao mesmo tempo.

Principais sintomas: além das alterações relacionadas com a postura, é possível existir dor no fundo das costas, diminuição da movimentação da coluna e abdômen mais fraco. Saiba como reconhecer a lordose.

Como tratar: o tratamento mais indicado para a lordose é a realização de exercícios corretivos, sendo importante fortalecer o abdômen, a alongar a lombar. A manipulação da coluna vertebral pode ser realizada pelo fisioterapeuta, contribuindo para correção da curvatura. Os exercícios que podem ser realizados em solo como no Pilates com ou sem equipamentos, ou na água, no caso da hidroterapia ou hidro Pilates são uma ótima opção para melhorar a postura global e corrigir a curvatura da coluna. A realização de RPG pode também fazer parte do tratamento.

3. Escoliose

A escoliose acontece quando as vértebras da coluna torácica encontram-se desviadas lateralmente, rodadas, formando um C ou S, o que pode afetar a cervical, dorsal, e/ou lombar. Essa alteração pode ser grave quando afeta bebês e crianças, e pode haver necessidade de realizar cirurgia.

Principais sintomas: devido ao desvio da coluna torácica, é possível observar alguns sinais e sintomas como um ombro mais alto que o outro, dor muscular, sensação de fadiga nas costas, umas perna mais curta que a outra e um lado do quadril mais alto que o outro.

Como tratar: quando a curvatura é muito grave, o médico pode recomendar que se faça cirurgia para correção do desvio, sendo o tratamento complementado pela fisioterapia, exercícios de fortalecimento, manipulação das articulações da coluna, pilates clínico, e/ou RPG. Em muitos casos é possível curar a escoliose, principalmente quando esta é leve e não tem graves consequências para saúde do indivíduo. Veja mais detalhes do tratamento para escoliose.

O que causa o desvio na coluna vertebral

Nem sempre os desvios na coluna tem sua causa esclarecida, mas podem acontecer devido a alterações posturais ou doenças graves. Estes desvios podem causar sintomas como dor nas costas, rigidez na coluna, e quando os nervos são afetados podem surgir sintomas de formigamento nos braços, mãos e dedos, ou pernas, pés e dedos. 

O tratamento nem sempre é necessário, ficando à critério médico. Podem ser recomendados analgésicos para alívio dos sintomas, sessões de fisioterapia, exercícios específicos para fazer em casa, uso de coletes ortopédicos, e nos casos mais graves, pode ser recomendada a cirurgia, principalmente quando há grandes desvios na coluna desde a infância. 

Quando o desvio na coluna é perigoso

Um pequeno desvio na coluna não é grave e pode ter como consequência apenas a dor nas costas em determinados momentos, como ao permanecer muito tempo de pé ou sentado. No entanto, nos casos mais graves, quando o desvio na coluna é grave e pode ser observado à olho nu, o indivíduo pode apresentar intensa dor nas costas, parestesia, quando os nervos estão afetados, o que dá origem a sintomas como fraqueza muscular, formigamento ou queimação. Essas pessoas tem maiores chances de desenvolver hérnia de disco e bicos de papagaio, apresentando intenso desconforto. 

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