5 principais doenças cardíacas no idoso

Atualizado em setembro 2023

As chances de ter uma doença cardiovascular, como pressão alta, arritmia ou insuficiência cardíaca, são maiores com o envelhecimento, sendo mais comuns após os 60 anos.

Isto acontece não só devido ao envelhecimento natural do corpo, que leva à diminuição da força do músculo cardíaco e aumento da resistência nos vasos sanguíneos, mas também devido à presença de outros problemas como diabetes ou colesterol alto.

Assim, é aconselhado ir ao cardiologista anualmente, e se necessário, fazer exames do coração, a partir dos 45 anos, a fim de detectar alterações precoces que podem ser tratadas antes de se desenvolver um problema mais grave.

Imagem ilustrativa número 1

1. Pressão alta

A pressão alta é a doença cardiovascular mais comum nos idosos, sendo diagnosticada quando a pressão arterial está acima de 140 x 90 mmHg em 3 avaliações seguidas. Entenda como pode saber se está com pressão alta.

Este problema na maioria dos casos, é causado pela ingestão exagerada de sal na alimentação associada ao sedentarismo e ao histórico familiar. Além disso, pessoas com uma dieta bem equilibrada podem desenvolver a doença devido ao envelhecimento dos vasos, que aumentam a pressão sobre o coração e dificultam a contratilidade cardíaca.

Embora raramente provoque sintomas, a pressão alta precisa ser controlada, pois pode causar o desenvolvimento de outros problemas mais graves, como insuficiência cardíaca, aneurisma de aorta, dissecção de aorta, derrames cerebrais, por exemplo.

2. Insuficiência cardíaca

O desenvolvimento de insuficiência cardíaca está muitas vezes relacionado com a presença de pressão alta não controlada ou outras doenças cardíacas não tratadas, que enfraquecem o músculo cardíaco e dificultam o trabalho do coração, provocando uma dificuldade para bombear o sangue. Entenda melhor sobre a insuficiência cardíaca.

Esta doença cardíaca normalmente provoca sintomas como cansaço progressivo, inchaço das pernas e pés, sensação de falta de ar ao deitar e tosse seca que muitas vezes, faz o indivíduo se acordar à noite. Embora não tenha cura, a insuficiência cardíaca deve ser tratada para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

3. Cardiopatia isquêmica

A cardiopatia isquêmica surge quando as artérias que levam o sangue para o coração ficam entupidas e deixam de fornecer oxigênio suficiente ao músculo cardíaco. Desta maneira, as paredes do coração podem ter sua contração reduzida total ou parcialmente, o que leva a dificuldade de bombeamento cardíaco.

Geralmente, a cardiopatia é mais frequente quando se tem colesterol alto, mas pessoas com diabetes ou hipotireoidismo também apresentam mais chances de ter a doença que provoca sintomas como dor constante no peito, palpitações e cansaço excessivo após caminhar ou subir escadas.

Esta doença deve sempre ser tratada por um cardiologista, evitando o desenvolvimento de complicações mais graves, como insuficiência cardíaca descompensada, arritmias ou até mesmo, parada cardíaca.

4. Valvopatia

Com o avanço da idade, homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 75 anos de idade apresentam maior facilidade em acumular cálcio nas válvulas do coração que são responsáveis pelo controle da passagem do sangue dentro dele e para os vasos do corpo. Quando isso acontece, as válvulas ficam mais grossas e endurecem, abrindo com maior dificuldade e dificultando essa passagem do sangue.

Nestes casos, os sintomas podem demorar a aparecer. Com a dificuldade da passagem do sangue, ocorre o acúmulo dele, levando a dilatação das paredes do coração, e consequente perda de força do músculo cardíaco, o que acaba resultando numa insuficiência cardíaca.

Assim, pessoas com mais de 60 anos, mesmo que não possuam problemas cardíacos ou sintomas, devem fazer consultas regulares no cardiologista para avaliar o funcionamento do coração, de forma a detectar problemas silenciosos ou que ainda não estão muito avançados.

5. Arritmia

A arritmia pode surgir em qualquer idade, no entanto, é mais frequente nos idosos devido à redução de células específicas e à degeneração das células que conduzem os impulsos nervosos que fazem o coração contrair. Desta forma, o coração pode começar a contrair de forma irregular ou a bater com menos frequência, por exemplo.

Normalmente, a arritmia não provoca sintomas e só pode ser identificada após um exame de eletrocardiograma, por exemplo. Porém, nos casos mais graves, podem surgir sintomas como cansaço constante, sensação de nó na garganta ou dor no peito, por exemplo. Nestes casos, é recomendado fazer o tratamento para aliviar os sintomas.

Entenda como é feito o tratamento das arritmias cardíacas.

Vídeos relacionados