Enjoo constante: 14 principais causas (e o que fazer)

Atualizado em abril 2024

O enjoo constante, ou náusea, é um desconforto no estômago que pode estar relacionado com situações como a gravidez, refluxo gastroesofágico, ansiedade ou o uso de determinados medicamentos, por exemplo.

O enjoo constante pode surgir de forma isolada ou ser acompanhado de outros sintomas, como ânsia de vômito, tontura, mal estar, produção excessiva de saliva e fraqueza. Conheça todos os sintomas do enjoo.

Nos casos em que o enjoo constante está associado a outros sintomas, é recomendado consultar um médico, para avaliar as possíveis causas dessa condição e indicar o tratamento mais adequado, caso seja necessário.

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O que pode ser seu enjoo constante

Para descobrir a possível causa do seu enjoo constante, por favor responda às seguintes questões:

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Além do enjoo, também apresenta queimação no estômago ou garganta?

Esta ferramenta é apenas uma orientação e, por isso, não deve substituir a consulta com o médico, que é o responsável por diagnosticar e prescrever o tratamento adequado.

Principais causas

As principais causas de enjoo constante são:

1. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é uma condição que acontece quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, provocando sintomas como enjoo constante, sensação de queimação na garganta ou no estômago e tosse seca. Conheça outros sintomas de refluxo.

O refluxo pode ocorrer devido a alterações na estrutura ou no funcionamento da válvula que fica no esôfago, que podem ser causados pela hérnia de hiato ou pelo uso de medicamentos anti-histamínicos e antidepressivos, por exemplo.

O que fazer: o médico pode indicar o uso de remédios para diminuir a acidez do estômago, como omeprazol e esomeprazol, e para acelerar o esvaziamento do estômago, como domperidona.

Além disso, é importante também evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, de alimentos ricos em gordura, com cafeína e picantes. Veja como fazer uma dieta para refluxo gastroesofágico.

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2. Gravidez

Durante a gravidez as mudanças hormonais, como a produção da gonadotrofina coriônica, o hCG, o aumento do estrogênio e da progesterona, causam sintomas como aversão a cheiros fortes e enjoo constante. Conheça outros sintomas de gravidez.

O enjoo causado pela gravidez, acontece geralmente entre a 7ª e 10ª semana. No entanto, esse sintoma pode durar por mais tempo e, em algumas mulheres, pode até mesmo se estender até o final da gravidez.

O que fazer: é importante fazer as refeições de 3 em 3 horas, priorizar o consumo de alimentos leves e evitar ingestão de líquidos nas primeiras duas horas após acordar. Para aliviar os enjoos, pode-se também comer alimentos frios e chupar picolé de limão. Veja algumas dicas naturais para aliviar o enjoo na gravidez.

No entanto, se o enjoo constante provoca vômitos e não passa, é recomendado consultar o obstetra para indicar medicamentos antieméticos, como Dramin, Dramin B6 e Meclin.

3. Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa e latejante que pode ser causada por alterações hormonais, como durante a gravidez ou menstruação, jejum prolongado ou estresse. Além da dor na cabeça, a enxaqueca também pode causar enjoo constante, vômitos, tonturas e sensibilidade à luz.

Esta condição acontece principalmente em mulheres e as causas ainda não são bem definidas, porém surge devido a alterações no fluxo de sangue no cérebro. Veja mais sobre as principais causas da enxaqueca.

O que fazer: quando os sintomas de dor de cabeça e enjoo forem constantes e durarem mais de 72 horas, deve-se consultar um clínico geral ou neurologista para indicar o tratamento mais adequado que pode ser feito com medicamentos analgésicos, para aliviar a dor, e remédios específicos para enxaqueca, como o zolmitriptano.

Veja, no vídeo a seguir, outras dicas de como evitar as crises de enxaqueca:

4. Ansiedade

A ansiedade é uma preocupação excessiva com situações que não aconteceram ou pelo medo exagerado de que algum evento negativo ocorra. Essa preocupação pode causar sintomas físicos como aumento dos batimentos do coração, cansaço excessivo, enjoo constante e até dores musculares.

O que fazer: é recomendado praticar atividades físicas e técnicas que promovem o relaxamento, como meditação, yoga e alongamentos, por exemplo. Saiba o que fazer para combater a ansiedade.

Se, mesmo com a mudança de hábitos, a pessoa ainda se sentir ansiosa e apresentar enjoo constante, é aconselhado consultar um psicólogo ou psiquiatra, para avaliar as possíveis causas da ansiedade e recomendar tratamentos como psicoterapia e/ou o uso de medicamentos.

5. Labirintite

A labirintite é uma inflamação que ocorre no labirinto, o órgão que fica dentro do ouvido, causando sintomas como enjoo constante, tontura e mal estar. Esta condição pode ser desencadeada por infecções causadas por vírus, bactérias, fungos ou ainda por fatores emocionais, como estresse, ansiedade ou depressão, por exemplo.

O que fazer: o otorrinolaringologista pode indicar o uso de remédios antieméticos, como Plasil, e anticolinérgicos, como Buscopan, para aliviar os enjoos e a tontura. Conheça os remédios usados no tratamento da labirintite.

Além disso, também é recomendado manter uma dieta saudável, evitando o consumo de alimentos inflamatórios, como açúcar, frituras e bebidas alcoólicas.

6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, principalmente os de uso contínuo, como anticoncepcionais e antidepressivos, podem causar enjoo constante. Já os corticoides, os antibióticos e os anti-inflamatórios aumentam a acidez do estômago, podendo causar enjoos.

Além disso, os medicamentos usados na quimioterapia também podem causar enjoo constante. Por isso, nestes casos, o médico costuma  receitar remédios antieméticos antes desses tratamentos.

O que fazer: deve-se consultar o médico que prescreveu o medicamento que está causando enjoo, para avaliar a possibilidade de substituir por outro remédio.

7. Intolerância alimentar

A intolerância alimentar é uma condição que ocorre quando o corpo não consegue digerir alguns alimentos, causando sintomas como enjoo constante, diarreia, inchaço e dor na barriga. Entenda melhor o que é intolerância alimentar.

O que fazer: é recomendado consultar um clínico geral ou gastroenterologista para confirmar o diagnóstico de intolerância alimentar e indicar o tratamento mais adequado, que consiste principalmente em retirar o alimento que causa os sintomas.

Além disso, o médico ou nutricionista também poderá prescrever o uso de enzimas digestivas, como papaína, lactose e pepsina, que ajudam o corpo a digerir alguns alimentos.

8. Úlcera gástrica

A úlcera gástrica é uma ferida na mucosa do estômago que pode causar sintomas, como enjoo constante, queimação na parte superior da barriga, vômitos com sangue e/ou fezes escuras. Conheça todos os sintomas de úlcera gástrica.

O que fazer: o tratamento é feito pelo médico, podendo incluir o uso de medicamentos, como amoxicilina, omeprazol, hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio.

Além disso, o uso de remédios caseiros, como suco de batata e chá de espinheira santa, também ajudam a complementar o tratamento da úlcera gástrica. Veja outros remédios caseiros para úlcera gástrica.

9. Dispepsia

A dispepsia é uma condição onde a pessoa apresenta sinais e sintomas de má digestão, como dor na parte superior do abdômen, arrotos, enjoo constante e sensação de mal-estar geral. Conheça melhor sobre o que é e os sintomas da dispepsia.

O que fazer: o médico pode prescrever o uso de analgésicos, para aliviar a dor no estômago, e medicamentos inibidores da produção de ácido, omeprazol e esomeprazol. Se a pessoa tiver uma infecção causada pelo H. pylori, o médico poderá prescrever o uso de antibióticos.

10. Gastroparesia

A gastroparesia é a parada ou diminuição dos movimentos do estômago, causando sintomas como enjoo constante, vômitos, sensação de estômago cheio, acúmulo de gases, dor e desconforto abdominal.

O que fazer: o tratamento é feito com mudanças na dieta, diminuindo-se as porções dos alimentos e priorizando uma dieta pobre em gorduras, rica em fibras solúveis e que seja líquida em sua maior parte, para fornecer os nutrientes necessários, manter a hidratação e facilitar o esvaziamento do estômago.

Além disso, o médico também pode prescrever o uso de remédios, como eritromicina, domperidona e metoclopramida, para aumentar o trânsito intestinal e controlar os enjoos e vômitos. Quando a pessoa não melhora com os tratamentos anteriores, o médico pode recomendar a realização de uma cirurgia para facilitar o esvaziamento gástrico.

11. Colelitíase

A colelitíase é a presença de pedras dentro da vesícula biliar, provocada pelo acúmulo de bilirrubina ou de colesterol no local, podendo levar ao aparecimento de alguns sintomas, como dor no estômago, costas, vômitos, enjoo constante e suor excessivo, por exemplo.

O que fazer: geralmente, as pedras são eliminadas sozinhas, não necessitando de tratamento. No entanto, quando as pedras são muito grandes e ficam presas nas vias biliares, o médico pode recomendar o uso de ondas de choque ou de remédios, como o ursodiol, que ajudam a destruir e dissolver a pedra.

Já a cirurgia para retirar a vesícula é indicada quando a pessoa apresenta dores abdominais ou quando as pedras são muito grandes, podendo ser feita através de um corte na barriga, ou por via laparoscópica, onde os instrumentos cirúrgicos entram na barriga através de pequenos cortes feitos no abdômen.

12. Obstrução intestinal

A obstrução intestinal é uma situação de emergência que ocorre quando as fezes não conseguem passar pelo intestino devido a um bloqueio no seu trajeto, causando dificuldade para evacuar ou eliminar gases, inchaço da barriga, enjoo constante ou dor abdominal, que pode piorar com o tempo.

O que fazer:  o tratamento da obstrução parcial, com sintomas mais leves, pode ser feito com a administração de líquidos na veia, para melhorar a hidratação e facilitar a passagem das fezes e líquidos, e a colocação de uma sonda do nariz até o estômago para retirar o excesso de gases e líquidos.

Nos casos mais graves, é necessário fazer uma cirurgia para desobstruir o intestino, permitindo que as fezes passem pelo intestino normalmente.

13. Cálculo renal

O cálculo renal é um tipo de pedra que surge nos rins e vias urinárias, podendo causar sintomas como dor nas costas, lado do abdome ou virilha, enjoo constante e urina vermelha. Confira todos os sintomas do cálculo renal.

O que fazer: o tratamento indicado pelo médico pode incluir o uso de anti-inflamatórios orais, como diclofenaco e cetorolaco, e analgésicos, como paracetamol e tramadol.

Além disso, o médico também pode indicar o uso de medicamentos que ajudam a eliminar os cálculos pequenos, como bloqueadores de canais de cálcio e bloqueadores alfa-adrenérgicos. Já a cirurgia é indicada em casos de cálculos grandes ou quando há complicações como bloqueio das vias urinárias.

14. Enterite

A enterite é a inflamação do intestino que causa sintomas como diarreia intensa, dor abdominal, vômitos e náuseas. Essa doença pode acontecer principalmente devido ao consumo de alimentos ou de água contaminada por bactérias ou vírus, além de também poder ser consequência do uso de alguns medicamentos.

O que fazer: é importante que o gastroenterologista seja consultado para que seja identificada a causa da enterite e seja iniciado o tratamento mais adequado, que pode ser feito com repouso, ingestão de líquidos e consumo de alimentos de fácil digestão. Nos casos em que a enterite é causada por bactérias, o médico pode também indicar o uso de antibióticos.

Quando ir ao médico

A presença do enjoo constante geralmente não indica doenças graves. No entanto, é importante ir ao médico se, além do enjoo, também surgem outros sintomas como:

  • Sangramento pela boca;
  • Vômitos em excesso;
  • Febre;
  • Dor intensa na barriga;
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Dor intensa no peito.

Esses sintomas podem indicar problemas mais graves como alterações no estômago ou no coração, sendo importante, nestes casos, procurar um atendimento médico de emergência.

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