Eritrócitos baixos: 6 principais causas, como confirmar e o que fazer

Atualizado em outubro 2023

Os eritrócitos baixos podem acontecer devido a sangramento excessivo causado por acidentes, cirurgias ou alterações no ciclo menstrual, deficiência de vitamina B12, aumento do baço, anemia hemolítica ou alterações no funcionamento do fígado ou da medula óssea.

Devido à diminuição da quantidade de eritrócitos circulantes, é comum surgirem sintomas como cansaço excessivo, palidez, fraqueza e/ ou falta de ar, sendo importante que o médico seja consultado para que seja indicada a realização do hemograma para avaliar os níveis circulantes de eritrócitos e das outras células sanguíneas.

Os eritrócitos, também chamados de hemácias ou glóbulos vermelhos, são células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio, favorecer o transporte de gás carbônico e auxiliar no equilíbrio do pH do sangue. Conheça mais sobre as hemácias.

Imagem ilustrativa número 1

Como saber se está baixo

Para saber se os níveis de eritrócitos estão baixos, deve ser feito o hemograma, que é o exame de sangue que avalia as células sanguíneas e suas características. Assim, é considerado que os eritrócitos são baixos quando são identificados:

  • Menos de 4,0 milhões de eritrócitos por µL de sangue na mulher, ou de acordo com o valor de referência do laboratório;
  • Menos de 4,2 milhões de eritrócitos por µL de sangue no homem, ou de acordo com o valor de referência do laboratório.

A quantidade dos eritrócitos é avaliada pelo médico juntamente com outros parâmetros do hemograma, como hemoglobina, tamanho da hemácias, quantidade de hemoglobina por hemácias, quantidade de plaquetas e de leucócitos. Veja como entender o hemograma.

Marque uma consulta com o médico mais próximo para avaliar mais detalhadamente o resultado do hemograma:

Cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil!

Marque uma consulta com nossos Clínicos Gerais e receba o cuidado personalizado que você merece.

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Foto de uma doutora e um doutor de braços cruzados esperando você para atender

Calculadora do hemograma

Para avaliar se os níveis de eritrócitos estão baixos, insira os dados do resultado do seu hemograma na calculadora a seguir:

Erro
Erro
Erro
Mínimo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro
Máximo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro

Principais causas

As principais causas de eritrócitos baixos são:

1. Sangramento excessivo

O sangramento excessivo pode ser causado por acidentes, cirurgias, alterações na coagulação sanguínea, sangramentos intestinais ou alterações na menstruação, tendo como resultado a diminuição da quantidade de hemácias circulantes. Além disso, é verificada menor quantidade de hemoglobina, o que resulta no aparecimento de sintomas, como fraqueza, cansaço excessivo e pele pálida.

O que fazer: é importante que a pessoa seja encaminhada ao serviço de saúde mais próximo para que sejam realizadas medidas para parar o sangramento e para repor a quantidade de sangue perdida, o que pode ser feita por meio da transfusão sanguínea e uso de medicamentos.

2. Anemia hemolítica

A anemia hemolítica é um tipo de anemia em que os próprios anticorpos atacam as hemácias, provocando a sua destruição e, consequentemente, diminuindo a quantidade circulante. Como consequência dessa alteração, podem ser notados sintomas como cansaço, palidez, tontura, sonolência e falta de ar.

A anemia hemolítica pode acontecer devido a doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide, ou ser devido a infecções ou linfoma, por exemplo. Conheça outras causas de anemia hemolítica.

O que fazer: é importante consultar o hematologista para que seja investigada a causa da anemia hemolítica e, assim, possa ser iniciado o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de medicamentos corticoides, imunomoduladores ou imunossupressores, e transfusão sanguínea, em alguns casos.

3. Deficiência de vitamina B12

A vitamina B12 participa da formação das células do sangue, de forma que quando existe uma menor concentração dessa vitamina, pode haver menor quantidade de eritrócitos sendo formados. Veja mais funções da vitamina B12.

O que fazer: é indicado ir ao nutricionista para avaliar os níveis de vitamina B12 e, assim verificar a necessidade de fazer uso do suplemento de vitamina B12. Além disso, é importante que o gastroenterologista seja consultado para investigar a causa da deficiência de vitamina B12 e, assim, ser iniciado um tratamento mais específico.

4. Aumento do baço

O aumento do baço, também chamado de esplenomegalia, pode provocar o aumento da velocidade de destruição dos eritrócitos, já que esse órgão é responsável por eliminar as hemácias que estão mais velhas e/ ou danificadas. Veja mais sobre as funções do baço.

O que fazer: é recomendado consultar o gastroenterologista para que seja feita uma avaliação geral, confirmado o aumento do baço e identificada a causa, sendo então possível iniciar o tratamento, podendo ser recomendado o uso de antibióticos, transfusão de sangue, quimioterapia ou cirurgia para remover o baço. Confira mais detalhes do tratamento para baço aumentado.

5. Alterações no fígado

Uma das funções do fígado é promover a destruição das hemácias que já estão na circulação há mais de 120 dias. No entanto, quando há alterações no seu funcionamento devido à inflamação crônica desse órgão, a velocidade de destruição dos eritrócitos pode ser aumentada, de forma que pode ser verificada diminuição da quantidade de eritrócitos.

O que fazer: é importante que sejam feitos exames que avaliam o funcionamento do fígado para que seja identificada a alteração e seja iniciado o melhor tratamento, que é feito de acordo com a orientação do hepatologista ou gastroenterologista. Conheça os principais problemas no fígado e veja o que fazer.

6. Aplasia medular

A aplasia medular é uma alteração na medula óssea que tem como consequência a alteração nos níveis de células do sangue circulantes, incluindo os eritrócitos, que passam a ser produzidos pela medula óssea em menor quantidade, além de também poder ter notada a presença de hemácias imaturas circulantes no sangue. Conheça mais sobre a aplasia medular.

O que fazer: o tratamento da aplasia medular é orientado pelo hematologista de acordo com a causa da aplasia e, nos casos mais graves, pode ser recomendada a realização de transplante de medula óssea e uso de medicamentos imunossupressores.