Estômago inchado: 7 principais causas (e o que fazer)

Atualizado em abril 2024

A sensação de estômago inchado geralmente está relacionada com má digestão, intolerância a alguns alimentos ou excesso de gases. No entanto, o inchaço do estômago pode ser também indicativo de infecções por parasitas ou bactérias, como a H. pylori, que devem ser tratadas de acordo com a orientação do gastroenterologista.

Caso a sensação de estômago cheio e inchado seja persistente ou seja acompanhado por outros sintomas como diarreia, vômito ou perda de peso sem causa aparente, por exemplo, é importante consultar um gastroenterologista. Conheça outras causas do estômago cheio.

O estômago inchado normalmente não representa problemas graves de saúde, mas é importante que a causa seja identificada para que se possa mudar os hábitos alimentares ou iniciar o tratamento com medicamentos, por exemplo, já que pode ser bastante desconfortável.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

O estômago inchado pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:

1. Excesso de gases

O excesso de gases pode resultar em desconforto e distensão abdominal, mal estar geral e até mesmo sensação de estômago inchado. O aumento na produção de gases normalmente está relacionado aos hábitos das pessoas, como por exemplo não praticar atividades físicas, consumir muitas bebidas com gás e alimentos de difícil digestão, como repolho, brócolis, feijão e batata, por exemplo. Confira alguns hábitos que aumentam a produção de gases.

O que fazer: A melhor forma de combater a produção excessiva de gases e, assim, aliviar os sintomas é adotando hábitos mais saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente e ter uma alimentação mais leve. Veja algumas formas naturais e eficazes para eliminar os gases intestinais.

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

Conte com os nossos especialistas para entender a causa dos seus sintomas. Marque sua consulta já!

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

2. Intolerância alimentar

Algumas pessoas podem ter intolerância a algum tipo de alimento, o que resulta na dificuldade do organismo em digerir aquele alimento e levando ao surgimento de sintomas como excesso de gases, dor abdominal, náuseas e sensação de peso no estômago, por exemplo. Veja quais são os sintomas de intolerância alimentar.

O que fazer: Caso seja percebido que após o consumo de determinados alimentos os sintomas aparecem, é importante ir ao gastroenterologista para que seja feita a confirmação da intolerância, além de ser recomendado evitar o consumo dos alimentos que desencadeiam os sintomas.

3. Infecções

Algumas infecções podem levar a sintomas gastrointestinais, como por exemplo infecções por parasitas. Alguns parasitas podem causar sintomas gastrointestinais, resultando em diarreia, vômito, náuseas e estômago inchado, por exemplo. Veja quais são os sintomas de vermes.

Além da infecção por vermes, infecções por fungos e bactérias também podem resultar na sensação de estômago inchado. Um exemplo é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que pode estar presente no estômago e levar à formação de úlceras, azia constante, perda de apetite, dor abdominal e gases intestinais em excesso. Conheça os sintomas de H. pylori no estômago.

O que fazer: É importante ir ao gastroenterologista para que sejam feitos exames para verificar a causa da infecção e, assim, estabelecer a melhor forma de tratamento. No caso de infecção por parasitas, pode ser recomendado o uso de Albendazol ou Mebendazol, devendo ser usado de acordo com a orientação do médico.

No caso da infecção por H. pylori, o médico pode recomendar o uso de antibióticos associados a medicamentos protetores gástricos, além de indicar a ida a um nutricionista para que a pessoa possa seguir uma dieta adequada. Saiba como é feito o tratamento para H. pylori.

4. Dispepsia

A dispepsia corresponde à digestão lenta e difícil dos alimentos que pode estar relacionada ao consumo de alimentos irritantes, como o café, refrigerantes, comidas muito temperadas ou picantes, situações emocionais, como estresse, ansiedade ou depressão, e ao uso de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides, ibuprofeno, corticoides ou antibióticos. A dispepsia também pode ser relacionada com a presença da bactéria Helicobacter pylori.

O que fazer: O tratamento para a dispepsia é feito com objetivo de aliviar os sintomas, sendo recomendada a mudança dos hábitos alimentares, devendo a pessoa ingerir alimentos mais leves e nutritivos, como frutas, legumes e carnes magras, por exemplo.

No caso de ser causada pela Helicobacter pylori, o gastroenterologista estabelecerá o tratamento mais indicado para eliminação da bactéria.

5. Comer rápido demais

Comer rápido demais e mastigar pouco impede que o estômago envie os sinais para o cérebro de que está cheio, o que faz com que a pessoa coma mais, resultando não só no aumento de peso, mas também na sensação de estômago cheio e inchado, má digestão e azia.

Além disso, a falta de mastigação impede que o alimento seja digerido corretamente no estômago, fazendo com que o trânsito intestinal fique mais lento, causando prisão de ventre, arrotos e gases, por exemplo.

O que fazer: Caso o estômago inchado esteja relacionado ao fato de comer rápido demais, é importante que a pessoa preste atenção no que está comendo, fazer a refeição em um ambiente calmo e sem barulho, mastigar de 20 a 30 vezes o alimento e parar entre cada garfada, de preferência deixando o talher no prato, para que perceba se está satisfeito ou não.

6. Câncer de estômago

O câncer de estômago é um tipo de câncer que pode atingir qualquer parte do estômago e causa sintomas como azia constante, náuseas, vômito, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, diminuição do apetite e sensação de estômago cheio e inchado, principalmente após as refeições, e inchaço do gânglio supraclavicular esquerdo, também chamado de gânglio de Virchow, que é muito sugestivo de câncer gástrico. Conheça os sintomas do câncer de estômago.

O que fazer: O tratamento para o câncer de estômago é feito com quimioterapia ou radioterapia e, dependendo da gravidade, tamanho e localização do tumor no estômago, pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica de parte ou de todo o órgão. Além disso, é importante adotar hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de exercícios para evitar a progressão da doença.

7. Bezoar

O bezoar é um acúmulo de material não digerido que fica acumulado no estômago e pode causar inflamação, inchaço, formação de úlceras e hemorragia digestiva. Apesar do bezoar não ser muito comum, pode acontecer com maior facilidade em pessoas com transtornos alimentares, com esvaziamento gástrico anormal e em situação pós-cirúrgica. Os compostos acumulados no estômago podem ser pelos, fibras de alimentos não digeridas, sementes, alguns medicamentos ou compostos da proteína do leite, por exemplo.

O que fazer: É indicado que o gastroenterologista seja consultado para que seja feito o diagnóstico e seja determinado o melhor tratamento, que pode envolver a eliminação do bezoar através de dissolução química, extração endoscópica ou cirurgia.

Quando ir ao médico

Apesar de não ser grave na maioria das vezes, é importante ir ao gastroenterologista para que seja verificada a causa do inchaço do estômago e, assim, possa ser definido o melhor tratamento. Além disso, é indispensável a ida ao médico caso:

  • O inchaço seja persistente;
  • Ocorra outros sintomas, como diarreia, vômito ou sangramento;
  • Haja perda de peso sem causa aparente;
  • Os sintomas não diminuam após o tratamento prescrito pelo médico.

No caso da sensação de estômago inchado estar relacionada com problemas relacionados à alimentação, o gastroenterologista pode recomendar a ida a um nutricionista para que a pessoa tenha uma orientação sobre os seus hábitos alimentares.

No caso de ser relacionada a infecções, o médico pode recomendar o uso de medicamentos antiparasitários ou antibióticos de acordo com o agente infeccioso identificado, além do uso de medicamentos protetores gástricos, como Omeprazol ou Pantoprazol, por exemplo.

Vídeos relacionados