Hormônios femininos: quais são, para que servem e exames

Atualizado em setembro 2021

Os principais hormônios femininos são o estrogênio e a progesterona, que são fabricados nos ovários, entram em atividade na adolescência e sofrem variações constantes durante o dia a dia da mulher.

Alguns fatores que alteram a quantidade de hormônios femininos são a hora do dia, o ciclo menstrual, o estado de saúde, menopausa, uso de alguns medicamentos, estresse, fatores emocionais e gravidez.

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Os hormônios femininos têm diferentes funções:

1. Progesterona

A progesterona é um hormônio que é responsável por regular o ciclo menstrual da mulher e prepara o útero para receber o óvulo fertilizado, evitando que seja expulso pelo corpo, sendo por isso, muito importante no processo de gravidez. Normalmente, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação, e caso exista uma gravidez, mantêm-se altos para que as paredes do útero continuem se desenvolvendo. No entanto, caso não exista gravidez, os ovários deixam de produzir progesterona, levando à destruição do revestimento do útero, eliminado através da menstruação. Entenda como funciona o ciclo menstrual.

2. Estrogênio

Assim como a progesterona, os estrogênios também são responsáveis pela regulação do ciclo hormonal, durante a idade fértil. Durante a puberdade, os estrogênios estimulam o desenvolvimento dos seios e maturação do aparelho reprodutor, assim como o crescimento, e alteram a distribuição na gordura do corpo na mulher, geralmente depositado em torno do quadril, nádegas e coxas.

3. Testosterona

A testosterona é um hormônio que, embora seja mais alto nos homens, também é encontrada na mulher em menores quantidades. Este hormônio é produzido nos ovários, ajudando a promover o crescimento muscular e ósseo. A mulher pode desconfiar que tem muita testosterona na corrente sanguínea quando apresenta sintomas tipicamente masculinos como presença de pêlos no rosto e voz mais grave. Saiba mais sobre como identificar e baixar a testosterona na mulher.

Quais os exames para medir os hormônios

As alterações hormonais podem pôr em risco a saúde, podendo mesmo impedir o desenvolvimento do óvulo e a ovulação e impedir uma gravidez, por isso, é importante consultar o ginecologista regularmente e, se necessário, realizar alguns exames:

Exames de sangue: consiste na avaliação de vários hormônios como o estrogênio, progesterona, testosterona, TSH, que é um hormônio produzido na tireoide e que influencia o ciclo menstrual, LH e FSH, que são hormônios relacionados com o funcionamento dos ovários. Veja os valores e como entender o FSH alto ou baixo.

Ultrassom pélvico: consiste na observação de alguma anormalidade nos órgãos reprodutivos, especialmente no útero e nos ovários;

Para cada exame, pode ser necessário um preparo específico, por isso deve-se falar com o médico na altura da marcação, para saber se é necessário fazer o exame numa altura específica do ciclo menstrual ou em jejum, por exemplo.

Hormônios na gravidez

Durante a gravidez, a diminuição dos hormônios, que costuma acontecer no fim do ciclo menstrual, não acontece e por isso não ocorre o período menstrual. É então produzido um novo hormônio, o HCG, que estimula os ovários a produzir níveis mais altos de estrogênio e progesterona, que são necessários para manter a gravidez. Por essa razão, a maior parte dos testes de gravidez consiste na detecção deste hormônio na urina. Saiba mais sobre como funciona este tipo de teste.

Após o quarto mês de gravidez, a placenta passa a ser responsável pela produção da maior parte de estrogênio e progesterona. Esses hormônios fazem com que o revestimento do útero engrosse, aumente o volume de sangue circulante, e relaxe os músculos do útero o suficiente para abrir espaço para o bebê se desenvolver.

Perto da hora do parto, são produzidos outros hormônios que ajudam o útero a se contrair durante e depois do trabalho de parto, além de estimular a produção e liberação de leite materno.

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Hormônios na menopausa

A menopausa acontece quando deixam de existir ciclos menstruais, por volta dos 50 anos de idade. É um processo natural que ocorre devido à diminuição da produção de hormônios, podendo provocar sintomas como alterações do sono, fadiga, secura vaginal, alterações de humor, alteração do peso, entre outros.

Depois da menopausa, o risco de desenvolver certas doenças aumenta, como por exemplo doença cardiovascular, osteoporose ou incontinência urinária, sendo importante perceber os benefícios e riscos de uma terapia de substituição hormonal, que pode melhorar os sintomas e prevenir doenças.

A menopausa não requer tratamento, porém caso os sintomas provoquem muito desconforto, o médico pode recomendar:

  • Terapia hormonal de substituição: tratamento mais eficaz para aliviar os sintomas na menopausa, como por exemplo o Femoston. Saiba mais sobre este tratamento.
  • Estrogênio vaginal: ajuda a reduzir a secura vaginal, podendo ser administrado localmente na vagina com um creme, comprimido ou anel. Com este tratamento, é liberada uma pequena quantidade de estrogênio, que é absorvido pelo tecido vaginal, podendo aliviar a secura vaginal e alguns sintomas urinários.
  • Antidepressivos de dose baixa, como os inibidores da recaptação da serotonina: reduzir as ondas de calor na menopausa e alterações bruscas de humor;
  • Gabapentina: reduzir as ondas de calor. Este remédio é útil em mulheres que não podem usar a terapia com estrogênio e naqueles que também têm ondas de calor noturnas;
  • Medicamentos para prevenir ou tratar a osteoporose, como vitamina D ou suplementos que ajudem a fortalecer os ossos.

Também se pode optar pela reposição hormonal natural, como por exemplo através de suplementos alimentares como a lectina de soja ou a isoflavona de soja, ou mesmo com chás de plantas como erva-de-são-joão ou árvore-da-castidade. Veja algumas dicas da nossa nutricionista, para aliviar estes sintomas:

youtube image - MENOPAUSA | Dieta para Aliviar Sintomas

Efeito de hormônios femininos em homens

Os homens normalmente produzem estrógeno e progesterona, mas em quantidade muito baixa, sendo o hormônio prevalente a testosterona, que é o que garante as características masculinas.

Caso o homem passe a usar um anticoncepcional feminino, por exemplo, que contém grandes concentrações de estrógeno e progesterona, é normal que aconteça:

  • Diminuição da produção de testosterona;
  • Diminuição da produção de espermatozoides;
  • Aumento gradual das mamas;
  • Redução do tamanho dos testículos e do pênis;
  • Impotência sexual;
  • Acúmulo de gordura no quadril, coxas e nádegas;
  • Diminuição da massa muscular, ganho de peso e dificuldade para emagrecer;
  • Crescimento mais lento dos pelos.

Além disso, o uso continuado dos hormônios femininos por homens pode aumentar as chances de osteoporose e do aumento do colesterol, favorecendo a aterosclerose, por exemplo, sendo portanto importante o acompanhamento pelo endocrinologista.

Apesar de promover o aparecimento de várias características femininas, algumas características masculinas ainda podem persistir, como por exemplo o pomo-de-adão, o timbre vocal e estrutura óssea.

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