Macrocitose: o que é, principais causas e o que fazer

Atualizado em junho 2023

Macrocitose é o aumento do tamanho das hemácias circulantes, sendo então denominadas hemácias macrocíticas devido ao aumento do seu diâmetro.

O aumento do tamanho das hemácias pode ser causado pelo envelhecimento ou ser consequência de alterações nutricionais, como deficiência de vitamina B12 ou folato. Além disso, a macrocitose pode ser causada pelo alcoolismo ou alterações na medula óssea.

Para que a macrocitose tenha relevância clínica, é importante que o VCM seja avaliado juntamente com outros índices presentes no hemograma, como quantidade de hemácias, hemoglobina, RDW, que avalia a variação de tamanho das hemácias, Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) e Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM). Saiba como entender o hemograma.

Imagem ilustrativa número 1

Como saber se é macrocitose

A macrocitose é avaliada por meio do Volume Corpuscular Médio (VCM), que indica o tamanho médio das hemácias, sendo o valor de referência entre 80,0 e 100,0 fL, no entanto esse valor pode variar de acordo com o laboratório. Assim é considerado macrocitose quando o VCM encontra-se acima de 100,0 fL. Veja mais sobre o VCM.

Marque uma consulta como médico mais próximo para avaliar o hemograma e o tamanho das hemácias:

Cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil!

Marque uma consulta com nossos Hematologistas e receba o cuidado personalizado que você merece.

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Foto de uma doutora e um doutor de braços cruzados esperando você para atender

Principais causas

As principais causas de macrocitose são:

1. Envelhecimento

O aumento do tamanho das hemácias é mais comum de acontecer em pessoas mais velhas, isso porque é comum que exista diminuição da quantidade de oxigênio disponível, havendo necessidade de aumentar a captação desse gás para transportar para o organismo, resultando no aumento das hemácias.

O que fazer: Nesse caso, não é necessário realizar tratamento específico, já que é considerado uma alteração normal. No entanto, é importante que a pessoa seja avaliada pelo médico e que o tamanho das hemácias seja avaliado em conjunto com o o resultado de outros índices do hemograma.

2. Deficiência de vitamina B12

A diminuição da quantidade de vitamina B12 no organismo  é uma das principais causas de macrocitose e pode acontecer devido à alteração no processo de absorção dessa vitamina no intestino ou devido à diminuição da quantidade de vitamina B12 consumida ao longo do dia. 

Além da macrocitose, é comum que a pessoa com deficiência dessa vitamina tenha anemia, também chamada de anemia perniciosa, e, por isso, é comum o desenvolvimento de alguns sintomas como fraqueza, cansaço e falta de ar. Saiba identificar os sintomas de deficiência de vitamina B12.

O que fazer: É importante que além do hemograma seja feita a dosagem de vitamina B12 pois assim é possível confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado, que pode incluir alterações na alimentação ou uso de suplementos de acordo com a indicação do médico ou do nutricionista.

3. Deficiência de folato

A deficiência de folato, também conhecido por ácido fólico ou vitamina B9, é também uma das principais causas de macrocitose e pode acontecer devido à diminuição do consumo dessa vitamina ou ser devido à doenças inflamatórias intestinais ou ao aumento da demanda por essa vitamina, como acontece na gravidez, por exemplo.

Além da macrocitose, nesse caso é também possível observar no hemograma a presença de alterações dentro das hemácias, presença de neutrófilos hipersegmentados e variação no formato das hemácias, conhecido como poiquilocitose. Entenda o que é a poiquilocitose.

O que fazer: Após identificação da causa da deficiência de folato, é indicado o tratamento mais adequado, podendo ser recomendado o aumento do consumo dessa vitamina ou uso de suplementos. No caso da deficiência de folato estar relacionada com alterações intestinais, o médico pode recomendar o tratamento da doença, pois assim é também possível regular os níveis de ácido fólico no organismo.

4. Alcoolismo

O consumo frequente de bebidas alcoólicas podem levar à diminuição progressiva de ácido fólico, o que pode favorecer o desenvolvimento de hemácias maiores, além de induzir outras alterações bioquímicas.

O que fazer: É recomendado diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, pois assim é possível favorecer o bom funcionamento do organismo. No entanto, em alguns casos, o consumo crônico de bebidas alcoólicas podem levar a alterações no fígado, principalmente, e nesses casos é recomendado mudar os hábitos alimentares e de vida e realizar o tratamento de acordo com a indicação do médico.

5. Alterações na medula óssea

A medula óssea é responsável pela produção das células do sangue, podendo produzir hemácias maiores devido à alterações no seu funcionamento, como consequência de uma leucemia ou ser apenas uma resposta do corpo contra a anemia, por exemplo.

O que fazer: Nesse caso, caso sejam verificadas outras alterações no exame de sangue, pode ser recomendado pelo médico a realização de um mielograma ou biópsia da medula óssea para identificar a causa das alterações e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado.