7 principais métodos contraceptivos naturais

Atualizado em abril 2024
Evidência científica

Os métodos contraceptivos naturais, como a tabelinha, o método da temperatura basal ou coito interrompido, são formas de evitar a gravidez sem o uso de hormônios ou métodos de barreira, como camisinha ou diafragma, por exemplo.

Estes métodos geralmente baseiam-se nas observações do corpo da mulher e do ciclo menstrual para estimar o período fértil e, desta forma, deve-se evitar relações sexuais durante o período fértil da mulher. O conhecimento do ciclo menstrual que pode levar até 12 ciclos.

Embora esses métodos tenham as vantagens de serem completamente naturais e de não utilizar hormônios, também possuem várias desvantagens, especialmente por não serem totalmente eficazes e não prevenirem a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis.

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7 métodos contraceptivos naturais

Os principais métodos contraceptivos naturais são:

1. Método do calendário ou tabelinha

O método do calendário, também conhecido como tabelinha ou método Ogino Knaus, consiste em evitar relações sexuais durante o período fértil e baseia-se nas últimas 12 menstruações. Veja como usar o método da tabelinha.

Para isto, deve-se calcular o início e o fim do período fértil, baseado no calendário menstrual. Veja como calcular o período fértil.

Para calcular o período fértil deve-se subtrair 18 dias do ciclo mais curto e 11 dias do ciclo mais longo. Por exemplo, para uma mulher em que os ciclos variam de 28 dias a 30 dias, do dia 10 (28 menos 18) até o dia 19 (30 menos 11) de cada ciclo, não se deve ter relações sexuais.

Quanto maior a variação dos ciclos menstruais, maior o período de abstinência.

Mulheres com ciclo menstrual regulado têm melhores resultados com esse método, entretanto, ainda é um método pouco eficaz para evitar a gravidez. 

2. Método da temperatura basal

O método da temperatura corporal basal, baseia-se na variação de temperatura do corpo da mulher, que pode estar mais elevada durante a ovulação. Este aumento de temperatura pode chegar até 2ºC.

É um método simples, mas que requer tempo e disciplina pois a mulher tem que verificar a temperatura todos os dias pela manhã, antes de se levantar.

Para medir a temperatura, pode-se usar o termômetro analógico ou digital e as medidas devem ser anotadas para se fazer um gráfico e, assim, observar os dias mais férteis, que são os dias em que a temperatura está mais elevada. Nesses dias, a mulher deve evitar ter relações sexuais para não engravidar.

Este método não é totalmente eficaz pois fatores como estresse, insônia, doenças e até mesmo a forma como se mede a temperatura, podem levar ao aumento da temperatura corporal.

3. Método do muco cervical

O método do muco cervical, também conhecido como método de Billings, é baseado na observação do muco vaginal.

Logo após a menstruação, a vagina fica seca e durante a ovulação ocorre produção de muco cristalino, semi transparente, sem odor, e elástico, semelhante à clara de ovo, indicando que a mulher está fértil e não deve ter relação sexual desde o primeiro dia do aparecimento do muco e até três dias após parar o muco.

Para verificar a presença do muco, a mulher deve inserir dois dedos no fundo da vagina e analisar a cor e a elasticidade do muco.

O método do muco é pouco eficaz, pois muitas condições, como infecções vaginais, podem afetar a produção do muco e a sua consistência. Veja mais como fica o muco cervical na ovulação.

4. Método sintotérmico

O método sintotérmico é uma combinação dos métodos da tabelinha, da temperatura corporal basal e do muco cervical.

Além disso, leva em consideração sintomas comuns durante o período fértil como dor e sensibilidade nas mamas ou cólicas abdominais, por exemplo.

Por combinar três métodos contraceptivos naturais, pode ser um pouco mais confiável, ainda assim, não é totalmente eficaz e não previne a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. Confira as principais IST's na mulher.

5. Método do coito interrompido

O método do coito interrompido implica no homem retirar o pênis da vagina no momento da ejaculação, limitando as chances do esperma atingir o óvulo.

Entretanto, durante as preliminares e mesmo antes de ejacular, o pênis libera um muco que pode conter esperma e mesmo sem ejacular na vagina, pode ocorrer gravidez.

Além disso, é necessário que o homem tenha autocontrole e saiba o momento exato em que está prestes a ejacular. Ainda, é preciso muita confiança da mulher no parceiro para utilizar o método do coito interrompido.

Este método tem baixíssima eficácia, além de interromper o momento íntimo do casal. Saiba mais sobre o coito interrompido.

6. Teste de ovulação

O teste da ovulação é realizado com kits que medem a quantidade de hormônio luteinizante na urina, que é responsável pela maturação do óvulo e aumenta de 20 a 48 horas antes da ovulação.

Assim, o teste indica quando a mulher entra no período fértil, devendo evitar relações sexuais para reduzir as chances de engravidar.

O teste de ovulação pode ser comprado em farmácias e é de fácil utilização. Veja como fazer o teste de ovulação.

7. Método da amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional baseia-se na ideia de que a mulher não pode ficar grávida durante o período em que está amamentando. Esse período é também marcado pela ausência de menstruação, chamado de amenorreia.  

Durante essa fase, a mulher não está fértil, sendo que geralmente volta a ovular de 10 a 12 semanas após o parto. 

O método da amenorreia lactacional não é um bom método contraceptivo, pois a mulher pode ovular e não perceber, principalmente porque não há uma previsão de quando a menstruação voltará ao normal. 

Além disso, não é recomendado para mulheres que não amamentam. 

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