Mioma submucoso: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em setembro 2022

O mioma submucoso é um tumor benigno que se desenvolve dentro da parede muscular do útero (miométrio), e próximo ao endométrio, devido à proliferação proliferação de células do miométrio, levando à formação de nódulos no interior do útero e que podem causar dor pélvica e sangramentos excessivos.

A causa exata do mioma submucoso não é completamente conhecida, no entanto, é mais comum em mulheres negras ou que têm histórico familiar de mioma, além de que alguns fatores podem aumentar o risco do seu desenvolvimento, como primeira menstruação muito cedo, obesidade ou deficiência de vitamina D. Entenda o que é mioma e suas causas.

O tratamento do mioma submucoso deve ser feito com orientação do ginecologista, que pode indicar uso de remédios para aliviar os sintomas, ou cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas do mioma submucoso

Os principais sintomas relacionados ao mioma submucoso são:

  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Fluxo sanguíneo abundante durante a menstruação, podendo ser observado também a presença de coágulos;
  • Períodos menstruais que duram mais de uma semana;
  • Dor, desconforto ou sensação de pressão na pelve;
  • Cólicas uterinas;
  • Anemia ferropriva, devido ao sangramento excessivo;
  • Dor no fundo das costas;
  • Prisão de ventre.

Além disso, o mioma submucoso, principalmente quando é grande, pode provocar aumento da frequência urinária ou dificuldade de esvaziar a bexiga completamente, devido a compressão da bexiga, por exemplo.

Mioma submucoso e gravidez

Na presença de mioma submucoso, a fertilidade da mulher fica comprometida. Isso porque há o comprometimento do endométrio, que é a parede do útero em que há a implantação do embrião. Assim, as mulheres que apresentam esse tipo de mioma têm mais dificuldade para engravidar e mais chance de sofrerem abortos espontâneos.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do mioma submucoso é feito pelo ginecologista através da avaliação dos sintomas e por meio de exames de imagem, principalmente ultrassonografia e a histeroscopia diagnóstica, que é considerada o principal exame para detecção do mioma submucoso, isso porque permite a visualização interna do útero e classificação do mioma em relação ao endométrio. Entenda como é feita a histeroscopia diagnóstica.

Classificação do mioma submucoso

Esse tipo de mioma está localizado dentro da cavidade uterina e pode ser classificado em:

  • Nível 0, quando o mioma encontra-se totalmente na cavidade uterina, sem que haja projeção para o miométrio, comprometendo apenas o endométrio;
  • Nível 1, quando mais de 50% do mioma encontra-se na cavidade uterina;
  • Nível 2, quando mais de 50% do nódulo está no miométrio.

A classificação do mioma submucoso é feita pelo médico através dos exames de diagnóstico. Conheça também o mioma intramural.

Possíveis causas

O mioma submucoso não tem uma causa muito bem estabelecida, no entanto, parece estar relacionados a alterações hormonais, como estrogênio e progesterona, e a fatores de crescimento, como EGF e IGF, fazendo com que as células do tecido muscular liso que formam o útero se multiplicam de forma desordenada, levando ao aparecimento do tumor.

Alguns fatores podem contribuir para aumentar o risco de desenvolvimento do mioma submucoso, como:

  • Histórico familiar de mioma;
  • Etnia, sendo mais comum em mulheres negras;
  • Radioterapia;
  • Menarca precoce;
  • Obesidade;
  • Deficiência de vitamina D;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Além disso, mulheres que nunca tiveram filhos, também parecem ter um risco aumentado de desenvolvimento do mioma submucoso.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o mioma submucoso é estabelecido pelo ginecologista e é feito através da histeroscopia, que corresponde a um procedimento cirúrgico, feito sob anestesia ou sedação, e que tem como objetivo remover o mioma. Saiba mais sobre a histeroscopia cirúrgica.

Além disso, o ginecologista pode indicar o uso de alguns medicamentos para aliviar os sintomas a partir da redução do tamanho do mioma ou do sangramento, além de melhorar as condições gerais da mulher para que a cirurgia seja menos invasiva.