Morfina: o que é, para que serve e efeitos colaterais

Atualizado em fevereiro 2024

Morfina é um remédio analgésico da classe dos opioides, que tem um potente efeito no tratamento da dor crônica ou aguda muito intensa. Esse medicamento pode ser indicado pelo médico para aliviar a dor após cirurgias e para tratar dor crônica.

A morfina possui ação analgésica porque atua principalmente nos receptores opiáceos responsáveis por mediar e dor e a sedação. Por isso, pode ser indicado em caso de dor associada a infarto do miocárdio, ansiedade relacionada com procedimentos cirúrgicos e dor óssea, por exemplo.

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Esse medicamento pode ser encontrado em farmácias, sendo necessária receita médica especial, já que seu uso indevido por causar problemas de saúde, incluindo dependência, podendo colocar a vida da pessoa em risco.

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Para que serve

A morfina está indicada para o alívio da dor intensa, seja aguda ou crônica, como:

  • Dor no pós-operatório imediato;
  • Dor associada a infarto do miocárdio;
  • Dificuldade respiratória causada por edema pulmonar;
  • Dor crônica maligna;
  • Dor nos ossos, moderado a grave, agudo ou crônico;
  • Dificuldade respiratória devido à insuficiência ventricular.

Esse medicamento também pode ser usado em caso de ansiedade devido a procedimentos cirúrgicos.

Como tomar

O modo de uso da morfina varia de acordo com o tipo de dor da pessoa, idade, via de administração e medicamentos que serão administrados em conjunto. Por isso, a dose e forma de uso da morfina deve ser individualizada e indicada pelo médico que prescreveu o medicamento.

1. Morfina comprimido

A morfina na forma de comprimido pode ser encontrada nas doses de 10 mg e 30 mg, sendo normalmente indicado os comprimidos de liberação prolongada, tomados por via oral, com um pouco de líquido, e sem mastigar o comprimido.

As doses do comprimido de morfina devem ser indicados pelo médico, de acordo com a gravidade da dor, idade e peso da pessoa. No caso das pessoas mais velhas, as doses normalmente são menores do que as indicadas por adultos.

2. Morfina injetável

A morfina injetável é usada somente em hospitais podendo ser aplicada diretamente na veia ou no músculo, pelo enfermeiro, ou ainda através de injeção epidural ou intratecal feita pelo médico.

No caso da administração intravenosa, a morfina deve ser administrada lentamente, por um período de 4 a 5 minutos ou de acordo com a orientação do médico. 

As doses da morfina injetável devem ser calculadas pelo médico, de acordo com o peso, idade da pessoa e via de administração, devendo a pessoa ficar em observação no hospital para atendimento imediato no caso de surgimento de efeitos colaterais e aplicação de antídoto, se necessário.

Possíveis efeitos colaterais 

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com a morfina incluem tontura, vertigem, sedação, náusea, vômito e aumento da transpiração. Além disso, como a morfina tem efeito nos nervos da parede intestinal, pode também provocar prisão de ventre. Em tratamentos prolongados, a morfina pode também causar dependência.

Os maiores riscos com a morfina são depressão respiratória, depressão circulatória, parada respiratória, choque e parada cardíaca.

Além disso, o uso de uma dose elevada deste medicamento pode causar sonolência e dificuldade respiratória, o que deve ser tratado na emergência com cuidados médicos intensivos e o antídoto específico, chamado naloxona. Confira os principais perigos do uso de remédios sem indicação médica.

Quem não deve usar

A morfina está contraindicada para pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, que apresentem insuficiência ou depressão respiratória, depressão do sistema nervoso central, crise de asma brônquica, insuficiência cardíaca secundária, arritmia cardíaca, doença pulmonar crônica, lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo crônico, tremores, obstrução gastrintestinal e íleo-paralítico ou doenças que causam convulsões.

Além disso, a morfina também está contra-indicada em crianças menores de 18 anos e não deve ser usada por grávidas sem orientação médica.