O que não dar para o bebê comer até os 2 anos

Atualizado em julho 2022

Até os 6 meses de idade não é recomendado adicionar alimentos ou líquidos na alimentação do bebê além do leite materno. No entanto, mesmo após os 6 meses, quando outros alimentos podem começar a ser introduzidos na dieta, é importante evitar alimentos industrializados como, biscoitos, salgados e refrigerantes, pois têm baixo valor nutricional.

Além disso, como o bebê ainda está aprendendo a mastigar e frequentemente engole pedaços inteiros de comida, é importante evitar alimentos muito pequenos e duros. Outros alimentos como mel e leite de vaca, também não são indicados em crianças com menos de 12 meses, pois podem causar problemas de saúde.  

Para garantir uma alimentação saudável e que não ofereça riscos à saúde do bebê, é importante consultar um pediatra, que pode orientar quais alimentos são mais indicados de acordo com a fase de desenvolvimento da criança.

Imagem ilustrativa número 13

Alimentos a evitar até 1 ano de idade

Os principais alimentos que devem ser evitados no primeiro ano de vida incluem:

1. Mel

O mel está contraindicado para bebês de até 1 ano de idade, pois pode conter a bactéria Clostridium botulinum, que libera toxinas no intestino causando o botulismo, que traz complicações como dificuldade para engolir, respirar e se mexer, podendo levar à morte. 

Isso acontece porque a flora intestinal do bebê ainda não está completamente formada e fortalecida para combater os micro-organismos estranhos que contaminam esse alimento, sendo importante evitar o uso de qualquer tipo de mel.

2. Sal e outros temperos processados

É recomendado evitar a adição de sal nas refeições do bebê até aos 12 meses e, após essa idade, embora já possa ser consumido pela criança, o sal deve ser adicionado com moderação. Além disso, outros temperos considerados processados, como aqueles já prontos, embora contenham ingredientes naturais, também devem ser evitados porque podem conter outros ingredientes como sal e conservantes.

Essa recomendação é importante porque uma alimentação com sal ou temperos processados pode sobrecarregar os rins em desenvolvimento e causar dificuldade de digestão e absorção dos nutrientes.

3. Leite de vaca

O leite de vaca deve ser evitado em crianças durante o primeiro ano de vida porque está relacionado a maior risco de sangramento digestivo, se existir alergia, ou anemia, por diminuir a absorção de ferro. Além disso, o leite de vaca apresenta proteínas e minerais em quantidades muito elevadas, que podem sobrecarregar os rins nessa idade, sendo inadequado para bebês. 

4. Sucos de fruta

Sucos de fruta devem ser evitados antes dos 12 meses porque podem diminuir o apetite, fazendo com que o bebê consuma menos comidas de maior valor nutricional, como leite materno, fórmulas infantis e papinhas, que são mais importantes para o um crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Mesmo após os 12 meses, é importante limitar o consumo de sucos e preferir opções 100% naturais e pasteurizadas, para evitar microorganismos que podem causar doenças como diarreia e parasitoses.

Alimentos a evitar até os 2 anos de idade

Os alimentos que devem ser evitados pelos bebês menores de 2 anos incluem:

1. Doces

Os doces são alimentos ricos em calorias, pobres em nutrientes e que contêm grandes quantidades de açúcar, gordura e conservantes na sua composição, aumentando o risco de obesidade, além de prejudicar a saúde dos dentes do bebê. Assim, é importante  evitar dar doces, como balas, chocolates, sorvetes, leite condensado e bolos.

Além disso, muitas balas são pequenas e duras, aumentando o risco de risco de engasgo e sufocamento. Mesmo que as crianças já sejam capazes de mastigar e engolir outros alimentos, o risco disso acontecer continua sendo alto. 

2. Achocolatados

Os achocolatados são ricos em açúcar e aumentam o risco de excesso de peso e obesidade. Embora possam ser enriquecidos com vitaminas e minerais, os achocolatados são impróprios para o consumo até os 2 anos, porque podem deixar o bebê com menos vontade de comer alimentos mais nutritivos como frutas e legumes.                                            

3. Refrigerantes

Os refrigerantes apresentam grandes quantidades de açúcar, sódio e também podem conter cafeína e outros ingredientes como conservantes e corantes, podendo prejudicar a saúde do bebê, favorecer o aparecimento de cáries e aumentar o risco de sobrepeso e obesidade infantil.

Além disso, a cafeína presente em refrigerantes, pode causar agitação, dificuldade de concentração e prejudicar o sono do bebê.

4. Sucos não naturais ou em pó

Os sucos que não sejam 100% naturais e sucos em pó são ricos em sal, açúcar, e produtos como corantes, aromatizantes e conservantes, que além de não possuírem valor nutricional, podem prejudicar os rins, os dentes e aumentar o risco de obesidade na infância.

5. Biscoitos recheados

Os biscoitos recheados são alimentos nutricionalmente pobres e ricos em açúcar e gordura, ingredientes que podem aumentar o risco de problemas como obesidade e diabetes. Além disso, os biscoitos recheados também podem conter colesterol e gorduras trans. Apenas um biscoito já é o suficiente para ultrapassar as recomendações diárias de gordura para o bebê.

6. Carnes processadas

Carnes processadas e embutidos como salsicha, linguiça, bacon, presunto, salame e mortadela são ricos em ingredientes como gordura, sal, corantes e conservantes químicos. 

Esse tipo de alimentos possui baixo valor nutricional e pode sobrecarregar os rins. Além disso, são mais difíceis de digerir e podem causar dor abdominal ou desconforto.

7. Salgadinhos de pacote

Os salgadinhos de pacote são ricos em sal, gorduras, corantes e conservantes, que aumentam o risco de problemas cardiovasculares, como pressão alta ou colesterol alto.

Como opção, uma dica é fazer  chips em casa, utilizando frutas ou legumes que podem ser desidratados no forno ou no micro-ondas, como batata, batata doce e maçã. Veja como fazer o chips saudável de batata doce.

8. Gelatina industrializada

Embora contenham grande quantidade de água, as gelatinas industrializadas também são ricas em corantes, conservantes e açúcar, tendo pouco valor nutritivo para a criança. 

Por isso, uma alternativa é fazer uma gelatina natural em casa, juntando suco de fruta com um pouco de gelatina simples, que é vendida na forma de folhas de gelatina e não contém corantes, aromas ou açúcar. No entanto, mesmo a gelatina feita de suco também só deve ser oferecida após o primeiro ano de vida.

9. Adoçantes

Os adoçantes só devem ser dados para crianças se forem recomendados pelo médico ou em casos de doenças como a diabetes. Além disso, substituir o açúcar por adoçante não ajuda a diminuir o consumo de alimentos doces.

Sempre que possível, devem-se utilizar frutas frescas para adoçar vitaminas, leites e iogurtes, por exemplo.

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