Piromania: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em setembro 2021

A piromania é um transtorno psicológico no qual a pessoa tem tendência para provocar fogos, por sentir prazer e satisfação no processo de preparação do incêndio ou ao observar os resultados e estragos provocados pelo fogo. Além disso, existem ainda pessoas que gostam de atear fogo para observar toda a confusão dos bombeiros e habitantes tentando combater as chamas.

Embora este transtorno seja mais frequente em crianças e adolescentes, para chamar à atenção dos pais ou se revoltarem, também pode acontecer na idade adulta. Porém, enquanto os jovens geralmente fazem fogos pequenos em casa, os adultos necessitam de emoções mais fortes, podendo pegar fogo em casa ou nas matas e resultar em um desastre.

Para ser considerado piromania, o piromaníaco não deve ter qualquer intenção como ganho financeiro ou necessidade de esconder uma atividade criminosa, por exemplo. Nesses casos casos, o processo de atear fogo é apenas considerado uma ação criminosa, sem qualquer transtorno psicológico.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Na maioria dos casos é bastante difícil identificar um piromaníaco, porém o sinal mais frequente é quando a pessoa está constantemente relacionada a incêndios sem causa específica, mesmo que negue qualquer envolvimento ou pareça estar presente apenas para ajudar. Além disso, alguém com piromania também tem tendência para:

  • Andar constantemente deprimido;
  • Criar conflitos com pessoas próximas;
  • Mostrar irritabilidade fácil.

Os incêndios normalmente surgem durante períodos de grande estresse, como perda de emprego, durante uma separação ou morte de algum familiar, por exemplo.

O que causa a piromania

A piromania é um transtorno bastante complexo e, por isso, suas causas ainda não são conhecidas. No entanto, existem alguns fatores que parecem contribuir para o desenvolvimento de piromania, como ter falta de capacidades sociais, ter necessidade de atenção frequente ou não ter tido supervisão dos pais durante a infância.

Como confirmar o diagnóstico

Uma vez que é difícil identificar os sintomas em um piromaníaco, o médico também pode ter dificuldade em identificar o transtorno, especialmente se não for a própria pessoa a pedir ajuda.

No entanto, para ser considerado piromania devem existir alguns critérios, que incluem:

  • Atear fogos de forma consciente em mais de uma ocasião;
  • Sentir estresse ou tensão emocional antes de provocar o incêndio;
  • Mostrar fascínio ou sentir-se curioso com tudo o que envolve fogo, como o equipamento do bombeiros e a destruição causada;
  • Sentir alívio ou prazer após atear o fogo ou depois de observar os resultados;
  • Não ter outros motivos para provocar o fogo, como ganhar o dinheiro do seguro da casa ou esconder um crime.

Durante a tentativa de diagnóstico, o médico pode ainda sugerir outros transtornos com sintomas semelhantes como personalidade Borderline, esquizofrenia ou personalidade anti-social.

Como é feito o tratamento

O tratamento para piromania deve ser adequado a cada pessoa, de acordo com os fatores que podem estar no desenvolvimento do transtorno. Assim, para iniciar o tratamento é aconselhado consultar um psicólogo ou um psiquiatra para fazer uma entrevista à própria pessoa e à família, de forma a entender o que pode estar na base do problema.

Depois, o tratamento é feito com sessões de psicoterapia que ajudam a pessoa a combater o problema que está na base da piromania, permitindo identificar outras formas mais seguras e saudáveis de liberar o estresse acumulado.

Normalmente, o tratamento é mais fácil nas crianças do que nos adultos e, por isso, além da psicoterapia, os adultos também podem precisar tomar antidepressivos, como Citalopram ou Fluoxetina, para diminuir os sintomas e impedir o impulso incontrolável de provocar fogo.