Pólipo séssil: o que é, quando pode ser câncer e tratamento

Atualizado em março 2024

O pólipo séssil é um tipo de pólipo que apresenta uma base mais larga que o normal. Os pólipos são produzidos pelo crescimento anormal de tecido na parede de um órgão, como os intestinos, estômago ou útero, mas também podem surgir no ouvido ou na garganta, por exemplo.

O pólipo séssil raramente causa sintomas, no entanto, nos casos em que o pólipo é muito grande ou existem vários pólipos em uma mesma região, algumas pessoas podem relatar sangramento retal, cólica ou dor abdominal, dependendo da localização.

É importante que o pólipo séssil seja identificado e removido, uma vez que em alguns casos pode ser um sinal precoce de câncer. Dessa forma, é comum que durante a realização dos procedimentos diagnósticos, como a endoscopia e a colonoscopia, por exemplo, seja feita a remoção do pólipo imediatamente.

Imagem ilustrativa número 1

Quando o pólipo pode ser câncer

Os pólipos são quase sempre considerados um sinal precoce de câncer, no entanto, isso nem sempre é verdade, pois existem vários tipos de pólipo, várias localizações e características específicas, e só depois de observar todos esses tópicos é que é possível avaliar o risco de poder virar câncer.

Dependendo da localização e do tipo de célula que forma o tecido do pólipo, pode ser classificado em:

  • Serreado séssil: apresenta uma aparência tipo serra, é considerado um tipo pré-cancerígeno e, por isso, deve ser removido;
  • Viloso: tem um alto risco de ser câncer e normalmente surge em casos de câncer do cólon;
  • Tubular: é o tipo mais comum de pólipo e geralmente têm um risco muito baixo de ser câncer;
  • Túbulo-viloso: têm um padrão de crescimento semelhante ao adenoma tubular e viloso e, por isso seu grau de malignidade pode variar.

Uma vez que a maioria dos pólipos apresenta algum risco de virar câncer, mesmo que baixo, devem ser completamente removidos após serem diagnosticados, para evitar que continuem crescendo e possam desenvolver algum tipo de câncer.

Diagnóstico do pólipo séssil

O diagnóstico do pólipo séssil é feito pelo médico através da realização de uma endoscopia, para avaliar o esôfago, o estômago e o duodeno, ou colonoscopia, com o objetivo de observar toda a parede do intestino, sendo, assim, possível identificar qualquer alteração, que costuma ser resolvido durante o próprio procedimento diagnóstico. Entenda como é feita a colonoscopia.

Possíveis causas

As causas do pólipo séssil ainda não são totalmente conhecidas, no entanto, o seu aparecimento pode ser favorecido por alguns fatores, sendo os principais:

  • Obesidade;
  • Dieta com muita gordura e pouca fibra;
  • Aumento do consumo de carne vermelha em muita quantidade;
  • Idade superior a 50 anos;
  • Histórico familiar de pólipos;
  • Uso de cigarro ou álcool;
  • Refluxo gastroesofágico ou gastrite.

Além disso, pessoas que têm dietas hipercalóricas e que não praticam exercício físico frequentemente, também parecem ter um maior risco de desenvolver um pólipo.

Como é feito o tratamento

O tratamento dos pólipos é quase sempre feito durante o diagnóstico, ou seja, durante a realização da endoscopia ou colonoscopia, sendo feita a remoção do pólipo da parede do órgão.

No entanto, caso o pólipo seja muito grande, pode ser necessário marcar uma cirurgia para remover completamente, que costuma ser realizada sob sedação ou anestesia geral, uma vez que para a sua remoção é realizado um corte na parede do órgão. 

É importante que após a remoção do pólipo, principalmente no caso em que foi necessária remoção cirúrgica, o médico continue sendo consultado para que sejam realizados exames de rotina para acompanhar a recuperação e avaliar a formação de novos pólipos.