Carne no olho (pterígio): o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em junho 2023

A carne no olho é o crescimento do tecido da conjuntiva, que é a membrana transparente que cobre a parte branca do olho, em direção à córnea, causando sintomas, como  visão turva, ardor no olho, aumento da sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar, principalmente quando o tecido cresce muito e acaba recobrindo a pupila.

Essa alteração no olho, conhecida cientificamente como pterígio, acontece com mais frequência em homens a partir dos 20 anos e pode surgir devido a fatores genéticos ou à exposição frequente aos raios UV do sol, poeira e vento, por exemplo.

O tratamento da carne no olho é feito pelo oftalmologista, que pode indicar o uso de lágrima artificial, colírios descongestionantes ou anti-inflamatórios, para aliviar os sintomas, ou, em alguns casos, cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de carne no olho

Os principais sintomas de carne no olho, ou pterígio, são:

  • Presença de tecido que recobre a pupila;
  • Irritação no olho e lacrimejamento excessivo;
  • Sensação de areia ou corpo estranho no olho;
  • Dificuldade para enxergar;
  • Coceira, secura, ardor e vermelhidão no olho;
  • Desconforto ao abrir e fechar os olhos;
  • Maior sensibilidade à luz;
  • Visão turva ou dupla, em casos mais avançados.

Apesar de na maioria das vezes haver o aparecimento do tecido de cor mais rosada nos olhos, algumas pessoas podem ter o tecido em crescimento mais amarelado, que cresce gradualmente, podendo também provocar desconforto estético e dificuldade em usar lentes de contato.

A carne no olho é mais comum de surgir do lado nasal na região interpalpebral, ou seja, do canto do olho em direção à córnea, que recobre a pupila, que é a parte colorida do olho.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da carne no olho é feito pelo oftalmologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame ocular avaliando as características do tecido, como tamanho, localização, presença de vasos sanguíneos, além da área afetada da córnea.

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Além disso, o médico deve realizar outros exames, como acuidade visual, movimentos oculares e exames de refração, além do exame de lâmpada de fenda ou oftalmoscópio, e o teste de Schirmer, para avaliar a produção e a qualidade da lágrima. Veja os principais exames que avaliam a visão.

Possíveis causas

A causa exata da carne no olho não é totalmente conhecida, no entanto, alguns fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, como:

  • Idade, sendo mais comum entre os 20 e 40 anos; 
  • Histórico familiar de pterígio;
  • Exposição frequente à poeira e ao vento;
  • Irritação ocular crônica;
  • Exposição a climas quentes e secos.

Além disso, outra causa muito comum da carne no olho é a exposição frequente e prolongada dos olhos à radiação ultravioleta (UV), sendo uma condição frequente em surfistas, e por isso, também é conhecida como "olho de surfista".

Como é feito o tratamento

O tratamento da carne no olho (pterígio) deve ser feito com orientação odo oftalmologista, e varia de acordo com os sintomas e sua gravidade.

Os principais tratamentos que podem ser indicados pelo médico são:

1. Óculos de sol com proteção UV

Os óculos de sol com proteção UV, além de chapéus ou bonés, são indicados em todos os casos de pterígio, especialmente quando a carne no olho ainda é pequena e não causa sintomas, pois a proteção dos olhos contra os raios UV do sol, ajuda a evitar que a carne no olho cresça mais.

2. Lágrimas artificiais

O uso de lágrimas artificiais sem conservantes, pode ser indicado pelo oftalmologista para ajudar a aliviar a secura dos olhos e a diminuir o desconforto causada pelo pterígio.

3. Colírios

Os colírios contendo descongestionantes, antialérgicos, corticoides ou anti-inflamatórios, podem ser indicados pelo médico para aliviar os sintomas de irritação, ardor, coceira ou vermelhidão. Conheça os principais tipos de colírios.

4. Cirurgia de pterígio

A cirurgia para pterígio é indicada quando o tecido cresce de forma excessiva e, além do desconforto estético, a capacidade visual da pessoa é prejudicada.

Essa cirurgia é feita sob anestesia local, dura cerca de 30 minutos e consiste na remoção do tecido que encontra-se em excesso seguida de um transplante de conjuntiva para recobrir o local da lesão.

Apesar de promover a remoção do tecido em excesso, é importante que sejam adotados cuidados com os olhos, como uso de bonés e óculos de sol, pois o pterígio pode voltar.