Streptococcus agalactiae: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em abril 2023

O Streptococcus agalactiae, também chamado de S. agalactiae ou Streptococcus do grupo B, é uma bactéria que pode ser encontrada naturalmente no organismo sem causar qualquer sintoma. Essa bactéria pode ser encontrada principalmente no sistema gastrointestinal, urinário e, no caso das mulheres, na vagina.

Devido à sua capacidade de colonizar a vagina sem provocar sintomas, a infecção por S. agalactiae é mais frequente em gestantes, podendo essa bactéria ser transmitida para o bebê no momento do parto, sendo também essa infecção considerada uma das mais frequentes em recém-nascidos.

Além da infecção acontecer em grávidas e recém-nascidos, a bactéria também pode proliferar em pessoas acima dos 60 anos, obesas ou que possuem doenças crônicas, como diabetes, problemas cardíacos ou câncer, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de Streptococcus agalactiae

Os principais sintomas de S. agalactiae são:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Náuseas;
  • Alterações no sistema nervoso;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dor no peito;
  • Inchaço na articulação;
  • Vermelhidão:
  • Aumento da temperatura no local da articulação afetada;
  • Dor na articulação.

De forma geral, a infecção por S. agalactiae é assintomática, pois essa bactéria permanece no organismo sem causar qualquer alteração. No entanto devido ao enfraquecimento do sistema imune ou presença de doenças crônicas, por exemplo, esse microrganismo pode proliferar e causar sintomas.

Quem tem mais risco

A infecção por Streptococcus do grupo B pode acontecer em qualquer pessoa, no entanto é mais frequente em gestantes, recém-nascidos, pessoas acima dos 60 anos e pessoas que possuam doenças crônicas, como insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, obesidade ou câncer, por exemplo.

O Streptococcus agalactiae pode ser transmitido sexualmente?

O S. agalactiae faz parte da microbiota normal do sistema gastrointestinal, podendo afetar a vagina e o sistema urinário, de forma que não pode ser transmitido sexualmente. Além disso, as mulheres grávidas infectadas podem transmitir a bactéria para o bebê durante o parto, podendo causar complicações como septicemia ou pneumonia, por exemplo.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico da infecção por Streptococcus agalactiae é feito por meio de exames microbiológicos, em que são analisados fluidos corporais, como sangue, urina ou fluido espinhal.

No caso da gravidez, o diagnóstico é feito a partir da coleta de secreção vaginal com um cotonete específico, que é encaminhado para o laboratório para análise. No caso de resultado positivo, o tratamento com antibiótico é feito algumas horas antes e durante o parto para evitar que a bactéria volte a crescer rapidamente após o tratamento. Saiba mais sobre o Estreptococos B na gravidez.

É importante que o diagnóstico e o tratamento de S. agalactiae na gravidez seja feito corretamente para evitar que o bebê seja infectado no momento do parto e surjam complicações, como pneumonia, meningite, sepse ou óbito, por exemplo. 

Tratamento para S. agalactiae

O tratamento para a infecção por S. agalactiae é feito com antibióticos, sendo normalmente o uso de Penicilina, Vancomicina, Cloranfenicol, Clindamicina ou Eritromicina, por exemplo, que devem ser usados conforme a orientação do médico.

Quando a bactéria atinge osso, articulações ou tecidos moles, por exemplo, pode ser recomendado pelo médico, além do uso de antibiótico, a realização de cirurgia para remover e esterilizar o sítio de infecção.

No caso da infecção por S. agalactiae durante a gravidez, a primeira opção de tratamento indicado pelo médico é com Penicilina. Caso esse tratamento não seja eficaz, o médico pode recomendar o uso de Ampicilina pela gestante.