Trombofilia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em junho 2023

A trombofilia é uma condição em que há aumento do risco de formação de coágulos no sangue, devido a alterações nos fatores de coagulação. Essa situação pode provocar o aparecimento de sintomas como inchaço e mudança na cor da pele do local em que há o coágulo, dor no membro afetado e aumento da temperatura local.

Os coágulos formados pela trombofilia, que também é conhecida como hipercoagulabilidade, surgem porque as enzimas do sangue, que fazem a coagulação, deixam de funcionar corretamente, fazendo com que a coagulação do sangue aconteça mais rápido que o normal.

O tratamento da trombofilia é feito pelo hematologista ou clínico geral que pode indicar o uso de remédios anticoagulantes para evitar a formação dos coágulos, ou nos casos mais graves, remédios trombolíticos, que quebram os coágulos, geralmente usados em hospitais em situações de emergência.

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Sintomas de trombofilia

Os principais sintomas da trombofilia são:

  • Inchaço na região em que há o coágulo;
  • Aumento da temperatura na região;
  • Dor no membro afetado;
  • Sensação de falta de ar;
  • Dor no peito, que pode piorar ao respirar fundo, tossir ou comer;
  • Veias mais visíveis na pele devido à maior dilatação;
  • Cor mais azulada na pele no local em que houve a formação do coágulo.

Os sintomas da trombofilia surgem à medida que os coágulos são formados e há interferência do fluxo de sangue pelas artérias. Assim, é importante que a pessoa consulte o médico assim que surgirem sintomas de trombofilia para que seja investigada a causa e iniciado o tratamento, evitando complicações.

Trombofilia na gravidez

A trombofilia na gravidez, pode levar ao surgimento de trombose na placenta ou no cordão umbilical e causar abortos de repetição, parto prematuro e complicações na gravidez, como eclâmpsia, por exemplo. Saiba identificar todos os sintomas de trombose na gravidez.

Principais consequências

As consequências da trombofilia surgem quando a doença não é identificada e tratada corretamente, de forma que a coagulação do sangue acontece mais rapidamente e há maior formação de coágulos. Esses coágulos podem bloquear a passagem de sangue ou se deslocar para outras partes do corpo, o que pode ter como consequência a trombose venosa profunda, AVC ou embolia pulmonar.

As consequências da trombofilia são graves, podendo colocar a vida em risco, e, por isso, é importante consultar o hematologista ou clínico geral para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, prevenindo complicações.

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Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da trombofilia é feito pelo hematologista, clínico geral ou obstetra, no caso das gestantes, através da avaliação dos sintomas, exame físico, histórico de saúde, histórico familiar de trombofilia. Além disso, o médico indica a realização de exames laboratoriais, como hemograma, dosagem de d-dímero e coagulograma.

O coagulograma é útil para avaliar o tempo que o corpo leva para formar um coágulo de sangue, já que verifica a presença e ausência dos fatores de coagulação. Conheça mais sobre o coagulograma.

Além disso, o médico pode pedir testes genéticos, para avaliar mutações no fator V Leiden ou protrombina G20210A, ou para avaliar deficiência de antitrombina III, proteína C ou S, que participam da coagulação do sangue.

Possíveis causas

A trombofilia é causada por alterações ou deficiências na função de enzimas responsáveis pela coagulação do sangue, aumentando o risco de formação de coágulos no sangue. Alguns fatores que podem aumentar o risco de trombofilia são:

  • Mutação nos fatores de coagulação;
  • Aumento da concentração de homocisteína;
  • Câncer mais avançado;
  • Alteração no fígado que leva ao aumento da quantidade de fatores de coagulação.

Além disso, algumas situações aumentam o risco de formação de trombos, como ficar sentado por muito tempo, obesidade, gravidez, doenças cardíacas e uso de remédios, como anticoncepcionais orais ou terapia de reposição hormonal, contendo estrogênio, também podem aumentar o risco de trombofilia.

Como é feito o tratamento

O tratamento da trombofilia deve ser feito com orientação do clínico geral, hematologista ou obstetra, que pode indicar o uso de remédios para evitar a formação dos coágulos ou para desfazer os coágulos existentes. Os principais remédios que podem ser indicados pelo médico são:

  • Anticoagulantes, como varfarina, heparina, ​​rivaroxabana, dabigatrana ou apixabana;
  • Antiagregantes plaquetários, como ácido acetilsalicílico;
  • Estatinas, como a rosuvastatina, para reduzir o colesterol e prevenir a recorrência de trombose venosa profunda;
  • Trombolíticos, como estreptoquinase, alteplase ou tenecteplase, nos casos graves, feito em hospitais para o tratamento de emergências.

É importante seguir o tratamento conforme orientação do médico, para reduzir o risco de complicações da trombofilia.

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados são importantes durante o tratamento da trombofilia, como:

  • Tomar os remédios corretamente, nos horários estabelecidos pelo médico;
  • Fazer acompanhamento médico regularmente e os exames solicitados pelo médico;
  • Praticar atividades físicas regularmente, conforme orientação médica;
  • Evitar o cigarro ou parar de fumar;
  • Manter o peso saudável;
  • Controlar a pressão alta, a diabetes e o colesterol;
  • Não ficar muito tempo deitado ou parado em situações de viagem, durante a gravidez, puerpério ou internamento hospitalar;
  • Evitar ficar muito tempo sentado sem movimentar as pernas, como trabalhar muitas horas sentado;
  • Evitar o uso de anticoncepcionais orais, em mulheres que têm um risco aumentado de trombofilia, como as que têm pressão alta, diabetes ou história familiar de alterações no sangue.

Além disso, ao tomar anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários indicados pelo médico, pode-se aumentar o risco de sangramentos, sendo importante comunicar ao médico se ocorrer sangramento nasal ou apresentar sangue na urina ou nas fezes, aumento de hematomas no corpo, pois pode ser necessário ajuste da dose do remédio.