O que é:
O ácido tranexâmico é uma substância que inibe a ação de uma enzima conhecida como plasminogênio, que normalmente se liga aos coágulos para destruí-los e impedir que formem uma trombose, já que pertence a uma classe de medicamentos chamada antifibrinolíticos.
Além disso, esta substância também parece impedir a produção normal de melanina e, por isso, pode ser usada para clarear algumas manchas da pele, especialmente no caso de melasma.
Devido à sua dupla ação, esta substância pode ser encontrada sob a forma de comprimidos, para impedir hemorragias, ou na forma de creme, para ajudar a clarear manchas. Pode ainda ser usado sob a forma de injetável no hospital, para corrigir emergências relacionadas com sangramentos excessivos.
Para que serve
O ácido tranexâmico pode ser indicado para:
- Reduzir o sangramento excessivo durante a menstruação, conhecida como menorragia;
- Clarear manchas escuras na pele, como o melasma;
- Diminuir o risco de hemorragia no pós-operatório, como no caso de cirurgia na bexiga, prostatectomia ou conização do colo uterino, por exemplo;
- Combater o sangramento nasal intenso;
- Evitar sangramento excessivo em caso de extração dentária em pessoas que possuem hemofilia;
- Tratar hemorragias associadas a fibrinólise excessiva;
- Evitar sangramento de repetição no interior o olho.
O uso desta substância na forma de comprimidos para tratar ou evitar o surgimento de hemorragias só deve ser feito após indicação de um médico.
Como usar
A dose e horário de uso deste medicamento deve ser sempre orientado pelo médico, no entanto as indicações gerais são:
- Tratar ou evitar hemorragias em crianças: tomar 10 mg/kg por dose, de 2 a 3 vezes por dia;
- Tratar ou evitar hemorragias em adultos: 15 a 25 mg/kg a cada 8 a 12 horas;
- Combater sangramento menstrual excessivo: 2 a 3 comprimidos de 250 mg, de 3 a 4 vezes por dia, por um período de 3 a 4 dias, não devendo exceder os 4 gramas por dia;
- Clarear manchas na pele: usar um creme com concentração entre 0,4% a 5%, conforme orientado pelo dermatologista, e passar no local a clarear, 1 vez por dia, à noite. Aplicar protetor solar durante o dia.
A dose dos comprimidos pode ser adequada, pelo médico, de acordo com o histórico de saúde da pessoa, uso de outros medicamento e dos efeitos apresentados.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais frequentes incluem náuseas, vômitos, diarreia, mal-estar geral, diminuição da pressão arterial e coceira, vermelhidão e inchaço na pele.
Em alguns casos, pode também causar uma reação alérgica mais grave, em que pode ser notado inchaço dos lábios ou da língua, ruídos ao respirar e/ ou dificuldade para respirar, caracterizando um choque anafilático. Saiba identificar os sintomas de choque anafilático.
No caso de inchaço, dor e vermelhidão na perna, é importante que a pessoa vá ao hospital ou centro de saúde mais próximo, já que pode ser indicativo de formação de coágulo nas pernas, que pode se deslocar até os pulmões e causar dor no peito e/ ou dificuldade para respirar.
Quem não deve usar
O ácido tranexâmico deve ser evitado por pessoas com alergia a qualquer um dos componentes do medicamento. No caso das grávidas e mulheres em fase de amamentação, é importante que o médico seja consultado.
O ácido tranexâmico não deve ser usado em pessoas com hemofilia, edema angioneurótico ou angioedema que estejam fazendo tratamento com outro medicamento, além de também não ser indicado para pessoas com coagulação intravascular, menstruação irregular, histórico de convulsões, presença de sangue na urina, antecedente familiar de trombose ou em caso de doença renal.
As mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais devem conversar com o ginecologista, já que esse medicamento pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos.