Alergia a ovo: o que é, sintomas e o que fazer

Atualizado em novembro 2023

A alergia a ovo é uma reação do sistema imunológico às proteínas presentes nesse alimento, já que o corpo identifica as proteínas da clara do ovo como um corpo estranho, provocando uma reação alérgica, sendo uma das alergias alimentares mais comuns na criança.

De forma geral, esse tipo de alergia é diagnosticada nos primeiros meses de vida, entre 6 e 12 meses de idade, e tende a melhorar durante a adolescência, podendo causar sintomas como vermelhidão e coceira na pele, dificuldade para respirar e tosse seca. 

O tratamento da alergia ao ovo deve ser orientado por um pediatra, que pode indicar evitar o ovo na alimentação da criança, além da realização imunoterapia e uso de alguns medicamentos.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de alergia ao ovo são:

  • Vermelhidão e coceira na pele;
  • Dor no estômago;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia;
  • Coriza;
  • Dificuldade para respirar;
  • Tosse seca e chiado ao respirar.

Os sintomas da alergia a ovo que podem surgir alguns minutos após consumir o ovo, porém em alguns casos podem demorar horas para que os primeiros sintomas apareçam, podendo ser mais difícil de identificar a alergia nesse caso.

A intensidade dos sintomas pode variar ao longo do tempo, de forma que é importante evitar o consumo de qualquer alimento com vestígios de ovo, já que pode levar à uma reação alérgica grave, chamada de anafilaxia, em que a pessoa pode deixar de respirar. Entenda o que é a anafilaxia e o que fazer.

Teste online de sintomas

Para saber a possibilidade de ter uma alergia, como a alergia a ovo, por favor, indique abaixo os sintomas que apresenta:

  1. 1. Vermelhidão na pele
  2. 2. Coceira no corpo
  3. 3. Nariz escorrendo e/ou entupido
  4. 4. Tosse seca ou espirros
  5. 5. Refluxo ou sensação de queimação na garganta
  6. 6. Dor no abdome
  7. 7. Diarreia
  8. 8. Náusea e/ou vômitos
  9. 9. Chiado no peito e/ou falta de ar
  10. 10. Inchaço em partes do corpo, como boca, rosto ou pescoço
  11. 11. Ingeriu alimentos que não costuma comer nas últimas horas?
  12. 12. Teve contato com produtos de limpeza, cosméticos, mofo, poeira ou pelos de animais nas últimas horas?
  13. 13. Existem períodos de melhora ou piora dos sintomas?

Este teste é uma ferramenta que serve apenas como meio de orientação. Portanto, não tem a finalidade de dar um diagnóstico e nem substituir a consulta com o alergista, imunologista ou clínico geral.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da alergia a ovo é feito por um médico, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, o estado de saúde atual e o histórico familiar de alergias.

Além disso, o médico também poderá solicitar alguns exames complementares, como teste cutâneo e o teste de provocação oral, onde se deve ingerir uma pequena quantidade de ovo, no hospital, para que o médico observe os sintomas. Conheça todos os testes recomendados para identificar alergias.

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Causas da alergia

A alergia a ovo é causada por uma reação exagerada do sistema imunológico às proteínas presentes nesse alimento, em que o organismo as identifica como sendo estranhos e leva à uma resposta excessiva e aparecimento de sintomas na pele, gastrointestinais e pulmonares. Essa alergia pode ser causada por fatores genéticos e histórico na família de alergia a ovo e a outros alimentos.

A alergia ao ovo pode ser desenvolvida ao longo do tempo, de forma que à medida que a criança come ovo, há aumento da resposta imune, chegando ao ponto de aparecerem os sintomas, sendo indicado que o médico seja consultado.

Como é feito o tratamento

O tratamento da alergia ao ovo consiste em evitar o consumo desse alimento e de outros produtos alimentares que contenham o ovo como ingrediente, independentemente da quantidade. Assim, é importante ter atenção ao preparo dos alimentos e ao rótulo dos alimentos.

O médico pode também indicar a realização de imunoterapia oral com ovo, que consiste na ingestão progressiva de alimentos com a proteína do ovo, de forma a chegar a uma quantidade que não provoque sintomas.

Além disso, pode ser recomendado pelo pediatra o uso de Omalizumabe, que é um anticorpo monoclonal que impede a reação alérgica ao ovo, já que se liga ao IgE, um anticorpo que estimula a resposta das outras células responsáveis pelos sintomas alérgicos.

Como evitar a alergia ao ovo

A principal forma de evitar a alergia leve é excluir o ovo da alimentação, sendo importante evitar  consumir não somente o ovo puro, mas também qualquer alimento que possa conter vestígios desse alimento, como bolos, pães, biscoitos, empanados, pudins, massas, maioneses e cereais.

Assim, é recomendado observar atentamente os rótulos dos alimentos, porque muitos indicam que podem conter alguns compostos do ovo, como albumina, globulina, lecitina, ovoalbumina e ovoglobulina.

Quem tem alergia a ovo pode tomar vacina?

Algumas vacinas, como a vacina contra H1N1, influenza, a vacina contra febre amarela, Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) e Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) são produzidas com proteínas do ovo. No entanto, somente quem possui alergia grave à proteína do ovo não deve receber vacinas com esse componente.

Por isso, pessoas que tenham alergia a ovo devem sempre consultar um médico antes de tomar vacinas, para avaliar o grau de alergia e verificar se há contraindicações ou não.

Quando incluir o ovo na alimentação da criança

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a introdução de novos alimentos, incluindo os ovos, na dieta da criança a partir dos 6 meses de idade. No entanto, é importante ressaltar que a alimentação da criança deve ser sempre orientada por um médico, ou nutricionista.

Comer ovos a partir dos 6 meses pode ajudar a diminuir o risco da criança desenvolver alergia a esse alimento. Assim, a Sociedade Brasileira de Pediatria conclui que não existe evidência científica para excluir o ovo da alimentação da criança.

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