A colina é um nutriente diretamente relacionado com a função cerebral, já que é precursor da acetilcolina, ajudando a melhorar a memória e facilitando a aprendizagem. Além disso, também ajuda na desintoxicação do organismo e melhora o funcionamento do fígado.
A colina é produzida em pequenas quantidades pelo organismo, no entanto é importante obter esse nutriente através da alimentação, sendo principalmente encontrado na gema de ovo.
A colina também pode ser consumida na forma de suplemento que pode ser comprado em farmácias, lojas de produtos naturais ou em lojas online, devendo sempre ser utilizado sob orientação do médico ou nutricionista.
Para que serve a colina
A colina ajuda em várias funções complexas do corpo, como:
1. Produzir neurotransmissores
A colina serve para produzir neurotransmissores, como a acetilcolina, por exemplo, uma substância química que intervém na transmissão de impulsos nervosos, acelerando a sua produção e liberação pelos neurônios.
2. Desenvolver as funções cognitivas
A colina é uma substância indispensável para o processamento e armazenamento da memória,o que é fundamental para a aprendizagem e retenção do conhecimento. Assim, esse nutriente é especialmente importante para o desenvolvimento das crianças e para atrasar o desgaste cognitivo que acontece com o envelhecimento.
3. Sintetizar componentes essenciais para a membrana celular
A colina é uma substância responsável pela síntese de diferentes componentes da membrana celular, como os fosfolipídeos, fosfatidilcolina e esfingomielina, que formam parte da estrutura da célula e influenciam nas suas ações, como sinalização intracelular e exportação hepática de lipoproteínas de baixa densidade.
4. Diminuir a concentração de homocisteína
A colina ajuda a diminuir os níveis de homocisteína no corpo, uma substância que está relacionada ao dano cerebral e outras doenças crônicas. Estudos têm demonstrado que este composto (homocisteína) se encontra elevado em doenças degenerativas como o Alzheimer, demência, doença de Parkinson, epilepsia, doenças cardiovasculares e câncer.
Leia também: Homocisteína: o que é, quando fazer o exame e o que significa alta e baixa tuasaude.com/homocisteina5. Diminuir a inflamação do organismo
A colina ajuda a diminuir os níveis de vários marcadores de inflamação como proteína C reativa, interleucinas e fator de necrose tumoral, combatendo os sinais e sintomas de inflamação no corpo.
6. Desintoxicar o organismo
A colina ajuda a desintoxicar e a metabolizar as gorduras do fígado, influenciando o seu funcionando e evitando, assim, o desenvolvimento de doenças, como o fígado gordo, por exemplo.
7. Prevenir defeitos congênitos
A colina também pode desempenhar funções importantes no desenvolvimento neurológico do bebê, evitando defeitos no tubo neural, sendo esse nutriente fundamental para uma gestação saudável.
8. Melhorar o rendimento esportivo
A colina é importante para o bom funcionamento dos músculos, pois através da acetilcolina é possível ter uma boa resposta muscular à contração e maio potência durante o exercício de resistência e força.
Lista de alimentos ricos em colina
A tabela a seguir estão indicados os alimentos ricos em colina por cada 100 gramas de alimento:
A lecitina de soja também contém colina e, por isso, pode ser utilizada como aditivo alimentar ou como suplemento alimentar.
Leia também: Lecitina de soja: para que serve e como tomar tuasaude.com/lecitina-de-sojaSuplemento de colina
Os suplementos de colina são indicados pelo médico ou profissional de saúde quando não se consegue obter quantidades suficientes através da alimentação. Também pode ser indicado em algumas situações específicas, como gravidez, pessoas vegetarianas ou veganas em pessoas com algumas alterações genéticas e em pessoas que se alimentam por via intravenosa.
A colina pode estar presente em multivitamínicos, na forma de suplemento isolado ou combinada com uma vitamina do complexo B.
Como usar: de forma geral, é indicada uma dose entre 250 a 500 mg. No entanto, a dose pode ser adaptada de pessoa para pessoa. Normalmente, é indicado que o médico indique inicialmente 50 e 100 mg diários para que depois possa ser ajustada de acordo com a tolerância da pessoa.
Possíveis efeitos secundários
O uso da colina em excesso, ou seja, acima da dose recomendada e por períodos prolongados, pode causar alterações adversas como sudorese e/ ou salivação excessiva, odor corporal mais forte, vômitos, diminuição da pressão arterial, alterações hepáticas e infarto.
Quantidade diária recomendada
A dose recomendada de colina varia de acordo com o sexo e a idade:
As doses recomendadas de colina utilizadas nesta tabela são para pessoas saudáveis e, dessa forma, as recomendações poderão variar de acordo com cada pessoa e seus antecedentes médicos. Assim, é aconselhado consultar um nutricionista ou um médico.
A deficiência de colina pode causar dano nos músculos e no fígado, assim como esteatose hepática não alcoólica.