O ômega 6 é uma gordura saudável encontrada em alimentos, como nozes, óleo de soja ou sementes, e que possui ação anti-inflamatória, diminuindo os níveis de colesterol “ruim”, LDL, e ajudando, assim, a evitar doenças cardiovasculares.
Além disso, o ômega 6 é uma gordura com propriedades antioxidantes que também melhora a sensibilidade da insulina, o hormônio responsável pelo controle dos níveis de açúcar no sangue, prevenindo, assim, a diabetes.
O ômega 6 também pode ser encontrado na forma de suplementos em cápsulas, sendo geralmente associado a outros tipos de gordura, como o ômega 3 e o ômega 9.
Leia também: Para que serve o Ômega 3, 6 e 9 e como tomar tuasaude.com/omega-3-6-9Para que serve
O ômega 6 pode ser indicado para:
1. Prevenir doenças cardiovasculares
O ômega 6 é uma gordura saudável com ação antioxidante, que impede a oxidação das células de gordura, diminuindo os níveis de colesterol total e colesterol “ruim”, LDL, no sangue, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.
Além disso, o ômega 6 também possui propriedades anti-inflamatórias, que melhoram a circulação e evitam a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, prevenindo a aterosclerose.
2. Evitar a diabetes
A ingestão adequada de ômega 6 na dieta ajuda a melhorar a função do hormônio insulina, contribuindo, assim, para equilibrar os níveis de açúcar no sangue e evitar a resistência à insulina e a diabetes.
3. Ajudar a tratar doenças de pele
O ácido linoleico, um dos tipos de ômega 6, em ação anti-inflamatória, além de ajudar a hidratar a pele, podendo ser usado para ajudar a tratar doenças na pele, como psoríase, eczema e dermatite.
4. Melhorar os sintomas de autismo
O ômega 6 ajuda a diminuir inflamações no sistema nervoso central, podendo ser usado para ajudar a melhorar os sintomas do autismo, como ansiedade ou agitação. Conheça os principais sintomas e veja como tratar o autismo.
Diferença entre ômega 3 e 6
O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada formada por ácido eicosapentaenoico (EPA, ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido alfa-linolênico (ALA). Este tipo de ácido graxo poli-insaturado tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Leia também: Ômega 3: benefícios, alimentos (e quantidade recomendada) tuasaude.com/omega-3O ômega 6 também é uma gordura poli-insaturada, no entanto, é formada por ácido linoleico e ácido araquidônico, que é obtido a partir do metabolismo do ácido linoleico. O ômega 6 também possui ação anti-inflamatória e antioxidante.
Alimentos ricos em ômega 6
A seguinte tabela indica a quantidade de ômega 6 presente em 100g de alguns alimentos:
É importante lembrar que para se obter os benefícios do ômega 6, esses alimentos devem ser consumidos juntamente com uma dieta equilibrada e com a prática regular de atividade física.
Quantidade recomendada
A Associação Americana do Coração recomenda que a ingestão diária de ômega 6 seja entre 5% e 10% do valor calórico total da dieta. Uma pessoa que consome 2000 calorias, precisa consumir entre 11g e 22 g de ômega 6 por dia, por exemplo.
Já a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar propôs uma ingestão de ômega 6, na forma de ácido linoleico, em 4% das calorias totais diárias da dieta.
Ômega 6 é inflamatório?
Acredita-se que o ômega 6 seja inflamatório, onde a sua ingestão poderia aumentar a conversão de ácido araquidônico no organismo, um ácido graxo que está relacionado com a produção de compostos pró-inflamatórios, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
No entanto, nem todos os produtos do ácido araquidônico causam respostas inflamatórias. Além disso, os estudos mais atuais [1], [2], [3] mostram que não existem evidências conclusivas sobre os malefícios da ingestão de ômega-6 na inflamação, em doenças cardíacas ou outros problemas de saúde.
Quando tomar suplementos
Muitos alimentos contém ômega 6 e, por isso, a suplementação geralmente só é indicada para auxiliar no tratamento de problemas específicos, como psoríase, eczema, diabetes ou autismo.
Os suplementos de ômega 6 são comercializados em cápsulas que contém óleos vegetais, como óleo de prímula, óleo de cártamo, óleo de semente de uva ou óleo de borragem.
A forma de utilização e a dosagem de suplementos de ômega 6 variam de acordo com a condição a ser tratada e, por isso, deve ser feita somente com a orientação de um médico ou nutricionista.
Possíveis efeitos colaterais
Os principais efeitos colaterais com a suplementação de ômega 6 incluem dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e diarreia.
Quem não pode usar
Por não haver estudos que comprovem a segurança durante a infância, a gravidez e a amamentação, os suplementos de ômega 6 não são recomendados nestas fases.
O suplemento de ômega 6 também não é indicado para pessoas que têm convulsões ou doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC.
Além disso, pessoas que usam medicamentos como anticoagulantes, quimioterápicos, ceftazidima, ciclosporina e fenotiazina, devem usar o suplemento de ômega 6 somente com a indicação de um médico.