A alopecia é uma condição caracterizada pela perda de grande quantidade de cabelo do couro cabeludo ou de pelos de qualquer outra região do corpo, expondo o couro cabeludo ou a pele que antes estava coberta por cabelos ou pelos.

A queda de cabelo ou pelos pode ter várias causas, como estresse, doenças autoimunes ou alterações na tireoide. De acordo com a causa dessa condição, a alopecia pode ser classificada em vários tipos, sendo que os mais comuns são a alopecia areata, a alopecia androgênica e o eflúvio telógeno.

O tratamento para a alopecia é feito de acordo com a causa, no entanto, na maior parte dos casos a queda é tratada com o uso de medicamentos que são aplicados diretamente no local afetado e que devem ser recomendados pelo dermatologista.

Principais sintomas

Os principais sinais e sintomas de alopecia são:

Perda de mais de 100 fios de cabelos por dia, percebido ao encontrar muitos fios no travesseiro ao acordar, ao lavar, pentear ou passar as mãos no cabelo;
Fios de cabelo mais finos;
Presença de áreas, no couro cabeludo ou barba, com pouco ou nenhum cabelo ou pelo.

Apesar de acontecer principalmente na cabeça, os sinais de alopecia podem ser notados em qualquer região do corpo com pelo, como barba, cílios, sobrancelhas, pelos do nariz e pelos pubianos.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da alopecia deve ser feito pelo dermatologista a partir da avaliação do couro cabeludo ou da pele.

Se deseja avaliar o risco de alopecia, marque uma consulta com o dermatologista mais próximo de você:

Para confirmar o diagnóstico, o médico também pode fazer a coleta de fios da região ou de uma pequena amostra do couro cabeludo para que seja feita uma avaliação mais detalhada e, assim, seja possível identificar a causa da alopecia.

Possíveis causas

A alopecia pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:

Micose no couro cabeludo;
Uso de medicamentos;
Estresse;
Reação hormonal pós parto;
Uso de produtos químicos inadequados;
Lúpus eritematoso sistêmico;
Doenças como hipotireoidismo, hipertireoidismo, sífilis secundária ou líquen plano;
Deficiência de proteínas, ferro, biotina e zinco.

Além disso, alguns tipos de câncer também podem favorecer a queda de cabelo, como o câncer de pele, por exemplo.

Tipos de alopecia

Alguns tipos de alopécia, de acordo com a causa da queda de cabelo, são:

1. Alopecia areata

A alopecia areata é causada por doenças autoimunes, fatores genéticos, alterações na tireoide ou emocionais, caracterizada pela perda de cabelo e pelos em outras regiões do corpo, resultando no aparecimento de placas redondas no couro cabeludo com ausência de pelo.

2. Alopecia androgenética

A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é causada por uma resposta anormal dos folículos pilosos no couro cabeludo a hormônios andrógenos como a di-hidrotestosterona devido a uma predisposição genética. Saiba como identificar a calvície.

A alopecia androgenética pode acontecer em homens, conhecida por alopecia androgenética masculina, sendo notada pelo aumento das entradas dos cabelos na testa e topo da cabeça.

Já em mulheres, a alopecia, que é conhecida como alopecia androgenética feminina, é comum afetar a parte da frente do couro cabeludo, onde podem ser observados cabelos mais ralos e finos, mas sem alterar a linha de crescimento dos cabelos na testa. Veja os sinais da alopecia androgenética feminina, ou calvície, na mulher.

3. Alopecia por tração

A alopecia por tração é causada pelo hábito de fazer penteados muito apertados no cabelo, como tranças e rabos de cavalo, sendo mais comum de acontecer em mulheres que fazem procedimentos químicos, como alisamentos e coloração, por exemplo.

A alopecia por tração causa inflamação e o surgimento de sinais como vermelhidão e descamação da região, aparecimento de pequenos carocinhos e queda de cabelo.

4. Alopecia frontal fibrosante

A alopecia frontal fibrosante é uma condição que causa a queda de cabelo na parte frontal e nas laterais do couro cabeludo, podendo também afetar os pelos de outras partes do corpo, como as sobrancelhas.

Esse tipo de alopecia é causado por predisposição genética e alterações hormonais. Além disso, a alergia de contato ou alergia a cosméticos, cremes hidratantes, tintura de cabelo e protetor solar são outras possíveis causas desse tipo da alopecia frontal fibrosante.

5. Eflúvio telógeno

O eflúvio telógeno é um tipo de alopécia caracterizado pelo aumento da queda de cabelo, onde a pessoa pode perder mais de 300 fios por dia, podendo ser notado o aparecimento de regiões do couro cabeludo com pouco ou nenhum cabelo. Conheça mais sobre o eflúvio telógeno.

Essa condição pode ser causada por situações como estresse, ansiedade, alterações hormonais ou infecções. Além disso, algumas pessoas que tiveram COVID-19, também podem ter eflúvio telógeno após a infecção pelo SARS-CoV-2. Alguns estudos indicam que essa queda de cabelo está relacionada com o aumento de citocinas pró-inflamatórias no organismo, além do estresse, ansiedade e/ou febre alta que são comuns nesse período.

6. Alopecia seborreica

A alopecia seborreica é causada por uma dermatite, estando associada a outros sintomas como vermelhidão, coceira e descamação do couro cabeludo.

7. Alopecia cicatricial

A alopecia cicatricial é um tipo de alopecia causada por uma inflamação no folículo piloso e formação de cicatriz no local, resultando em perda permanente do cabelo, sendo mais comum no couro cabeludo.

Esse tipo de alopecia pode ser causado por inflamações, queimaduras ou distúrbios autoimunes, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento da alopecia varia conforme as causas dessa condição, incluindo medicamentos orais e tópicos, transplante capilar, suplementos e tratamentos estéticos.

1. Medicamentos orais

Medicamentos orais, como finasterida e espironolactona, podem ser indicados pelo médico em casos de alopecia por tração, androgenética e eflúvio telógeno, para estimular o crescimento saudável dos fios e retardar a queda.

Já em casos graves de alopecia areata, o médico pode indicar o uso de remédios corticoides e imunossupressores. Confira outros medicamentos indicados para a queda de cabelos.

2. Medicamentos tópicos

Medicamentos tópicos, como minoxidil, finasterida e alfaestradiol, podem ser recomendados pelo médico para promover o crescimento dos pelos e prevenir a queda, em casos de alopecia areata, androgenética e cicatricial.

3. Suplementos

O uso de suplementos alimentares, contendo vitaminas do complexo B, ferro, zinco e vitamina A, por exemplo, podem ser indicados pelo médico para complementar o tratamento, porque ajudam no tratamento da queda de cabelo causada pela deficiência de nutrientes.

4. Tratamentos estéticos

A carboxiterapia é um tratamento estético feito com a aplicação de gás carbônico sob a pele para ajudar no crescimento de novos fios de cabelo, pois estimula o aumento do fluxo de sangue no couro cabeludo.

Já a mesoterapia capilar é uma técnica que onde são aplicadas injeções com vitaminas, aminoácidos, corticoides e/ou minoxidil, por exemplo, para promover o crescimento dos cabelos, podendo ser recomendado em casos de alopecia areata e cicatricial, por exemplo.

5. Transplante capilar

O transplante capilar é uma cirurgia onde se retira os fios de cabelo da própria pessoa, para ser transplantado em regiões que não têm cabelo, podendo ser indicado em casos de alopecia androgenética, frontal fibrosante ou traumática, por exemplo. Entenda melhor como é e como é feito o transplante capilar.

A alopecia tem cura?

Alguns tipos de alopecia, como seborreica e eflúvio telógeno, têm cura quando são diagnosticadas e tratadas adequadamente pelo dermatologista. No entanto, a alopecia areata, androgenética e frontal fibrosante, não têm cura.

Como prevenir a alopecia

Algumas dicas que podem ajudar a prevenir alguns tipos de alopecia são:

Manter uma alimentação saudável, priorizando frutas, legumes, cereais integrais, leguminosas e proteínas;
Reduzir o estresse, fazendo atividades que promovam o relaxamento, como ioga, meditação, corrida e dança;
Evitar penteados que prendem o cabelo com força, como coque, rabo de cavalo ou tranças;
Escovar e pentear o cabelo suavemente;
Evitar o uso de produtos químicos nos cabelos;
Parar de fumar, pois o fumo causa inflamação em todo o corpo, incluindo o couro cabeludo.

No entanto, é importante lembrar que não existe prevenção para a alopecia causada por predisposição genética, como a alopecia androgenética, a frontal fibrosante e a areata.

Alopecia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento