Amniocentese: o que é, para que serve, quando fazer e riscos

A amniocentese é um exame que pode ser realizado na gravidez, normalmente a partir do segundo trimestre de gestação, e que tem como principal objetivo identificar possíveis alterações genéticas no bebê ou complicações que possam acontecer devido ao surgimento de infecções na gravidez, como a toxoplasmose, por exemplo.

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Nesse exame, é recolhida uma pequena quantidade de líquido amniótico, que é o líquido que envolve e protege o bebê durante a gravidez, e que contém células e substâncias liberadas ao longo do desenvolvimento.

Apesar de ser um exame importante para identificar alterações genéticas e congênitas, a amniocentese não é um exame obrigatório na gravidez, sendo apenas indicado quando a gestação é considerada de risco ou quando há suspeita de alterações do bebê.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

Embora o principal objetivo deste exame seja identificar alterações genéticas no bebê, existem outras situações em que a amniocentese pode ser indicada. Estas incluem:

  • Avaliar a maturidade e desenvolvimento dos pulmões do bebê;
  • Identificar uma possível infecção no bebê;
  • Remover o excesso de líquido amniótico em caso de polidrâmnio;
  • Fazer testes de paternidade.

Além disso, caso tenha existido uma situação de sensibilização do Rh, em que a gestante apresenta sangue Rh negativo e o bebê apresenta sangue positivo, a amniocentese também pode ser usada para avaliar as complicações no bebê. Entenda mais sobre a relação entre o fator Rh da mãe e do bebê.

Quando fazer amniocentese

A amniocentese é recomendada a partir do segundo trimestre de gravidez, que corresponde ao período entre a 13ª e a 27ª semana de gestação e, por isso, é normalmente realizado entre a 15ª e a 18ª semana de gravidez. Isso porque, antes do segundo trimestre há maiores riscos para o bebê e aumento da chance de abortamento.

Os principais momentos em que pode ser indicada são:

  • Gravidez acima dos 35 anos, já que a partir dessa idade há maior probabilidade da gestação ser considerada de risco;
  • Mãe ou pai com problemas genéticos, como Síndrome de Down, ou histórico na família de alterações genéticas;
  • Gravidez prévia de filho com alguma doença genética;
  • Infecção durante a gravidez, principalmente rubéola, citomegalovírus ou toxoplasmose, que pode ser transmitida para o bebê ainda durante a gravidez.

Os resultados da amniocentese podem demorar até 2 semanas para sair, no entanto o tempo entre a realização do exame e a liberação do laudo pode variar de acordo com o objetivo do exame.

Como é feita a amniocentese

Antes da amniocentese ser feita, o obstetra realiza uma ultrassonografia para verificar a posição do bebê e a bolsa de líquido amniótico, diminuindo o risco de lesões para o bebê. Após identificação, é colocada uma pomada anestésica no lugar em que será feita a coleta de líquido amniótico.

Em seguida, o médico introduz uma agulha através da pele da barriga e retira uma pequena quantidade de líquido amniótico, que contém células do bebê, anticorpos, substâncias e microrganismos que ajudam a fazer os testes necessários para determinar a saúde do bebê.

O exame dura apenas alguns minutos e, durante o procedimento, o médico escuta o coração do bebê e realiza a ecografia para observar o útero da mulher e garantir que não existe nenhum dano para o bebê.

Possíveis riscos

Os riscos e complicações da amniocentese são raros, no entanto podem acontecer quando o exame é realizado no primeiro trimestre de gravidez, existindo maior risco de abortamento. No entanto, quando a amniocentese é feita em clínicas de confiança e por profissionais treinados, o risco do exame é muito baixo. Alguns dos riscos e complicações que podem ser relacionadas com a amniocentese são:

  • Cólicas;
  • Sangramento vaginal;
  • Infecção uterina, que pode ser transmitida para o bebê;
  • Traumas no bebê;
  • Indução do trabalho de parto precoce.

Devido a estes riscos, a realização do exame deve ser sempre discutida com o obstetra. Embora existam outros exames para avaliar o mesmo tipo de problemas, normalmente apresentam maior risco de abortamento do que a amniocentese. Veja quais são os exames indicados na gravidez.