Antifúngicos: o que são, para que servem e tipos (oral, cremes e mais)

Antifúngicos são remédios indicados para tratar ou prevenir infecções por fungos, como candidíase, micose de pele, meningite ou pneumonia fúngica, por exemplo.

Esses remédios, também conhecidos como antimicóticos, agem impedindo o crescimento ou causando a morte dos fungos, sendo encontrados na forma de pomada, óvulos vaginais, comprimido, injeção, shampoo ou esmalte medicamentoso.

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Existem diferentes tipos de antifúngicos e, por isso, seu uso deve ser feito com indicação do dermatologista, clínico geral ou pediatra, de acordo com o tipo de infecção a ser tratada e sua gravidade.

Imagem ilustrativa número 1

Para que servem

Os antifúngicos são indicados para:

  • Candidíase vaginal, na boca, garganta, esôfago ou intestino;
  • Balanopostite ou balanite;
  • Micose de pele ou de unha;
  • Dermatite seborreica;
  • Pé de atleta ou frieira;
  • Intertrigo ou impingem.

Além disso, os antifúngicos são indicados para o tratamento de pneumonia, rinossinusite ou meningite causada por fungos.

Outras indicações são coccidioidomicose, aspergilose, mucormicose ou candidemia, que é a infecção por fungos no sangue, por exemplo.

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Tipos de antifúngicos

Os principais tipos de antifúngicos são:

Tipo de antifúngico Como funciona
Antifúngicos azóis

Bloqueiam a síntese de ergosterol, que é importante para a integridade da parede celular do fungo e sua sobrevivência.

Exemplos: fluconazol, itraconazol, voriconazol, clotrimazol e miconazol.

Alilaminas

Agem de forma semelhante aos antifúngicos azóis, pois interferem na ação de enzimas responsáveis pela produção da parede celular dos fungos.

Exemplos: terbinafina e butenafina.

Equinocandinas

Inibem a enzima beta-(1,3)-D-glucano, responsável pela síntese de um componente da parede celular dos fungos.

Exemplos: caspofungina, micafungina e anidulafungina.

Poliênicos

Ligam-se ao ergosterol formando poros na parede celular do fungo, provocando o rompimento da membrana celular do fungo, levando a sua morte.

Exemplos: nistatina e anfotericina B.

Além disso, existem outras classes de antifúngicos que interferem na multiplicação do fungo ou na síntese de DNA, provocando a morte do fungo.

Alguns exemplos desses antifúngicos são a griseofulvina e a flucitosina, por exemplo.

O tipo de antifúngico deve ser indicado pelo infectologista, dermatologista, ginecologista, urologista, clínico geral ou pediatra, de acordo com o tipo de infecção, assim como da sua gravidade.

Quais os antifúngicos mais usados

Os antifúngicos mais usados são:

1. Antifúngicos orais

Os principais antifúngicos orais são:

Os antifúngicos orais são encontrados na forma de comprimidos ou cápsulas para serem ingeridos por via oral.

Além disso, um outro antifúngico oral é a nistatina, encontrada na forma de suspensão oral, que deve ser mantida na boca pelo maior tempo possível antes de ser engolida. Veja como usar a nistatina.

Principais indicações: candidíase vaginal, na bora, esôfago ou intestino, micose de pele, virilha ou unha, frieira, aspergilose ou candidemia, por exemplo.

Leia também: 15 melhores antifúngicos para candidíase tuasaude.com/medicamentos-para-candidiase

Efeitos colaterais: os antifúngicos orais podem causar efeitos colaterais como dor de cabeça, náusea, vômito, diarreia, alterações nas células sanguíneas, dermatite esfoliativa, icterícia ou até necrólise epidérmica tóxica.

2. Esmalte antifúngico

Os principais tipos de esmalte antifúngico são:

O esmalte antifúngico, também conhecido como esmalte medicamentoso, deve ser passado diretamente na unha com micose, podendo em alguns casos ser usado em associação com antifúngicos orais.

Principais indicações: o esmalte antifúngico é indicado pelo dermatologista para o tratamento de de micose na unha ajudando a eliminar o fungo na unha.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns do esmalte antifúngico são irritação, sensação de queimação, coceira ou vermelhidão no local da aplicação.

Leia também: Como tratar a micose de unha: remédios e outros tratamentos tuasaude.com/tratamento-para-micose-de-unha

3. Creme antifúngico

Os principais cremes ou pomadas antifúngicas são:

  • Clotrimazol;
  • Nistatina;
  • Miconazol;
  • Tioconazol + tinidazol;
  • Isoconazol;
  • Terbinafina;
  • Amorolfina;
  • Ciclopirox olamina;
  • Cetoconazol;
  • Oxiconazol;
  • Fenticonazol.

O creme ou pomada antifúngica deve ser aplicado sobre a pele como micose ou dentro do canal vaginal no caso de candidíase na mulher.

Principais indicações: candidíase vaginal, balanite, balanopostite, micose de pele, pé de atleta, intertrigo ou dermatite seborreica, por exemplo.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns do creme antifúngico são vermelhidão, inchaço, ardência, hemorragia, coceira vaginal ou peniana, ou dor abdominal.

Leia também: 6 pomadas para candidíase (e como usar) tuasaude.com/pomada-para-candidiase

4. Shampoo antifúngico

Os principais shampoos antifúngicos são:

  • Cetoconazol;
  • Ciclopirox olamina.

O shampoo antifúngico deve ser usado aplicando o shampoo no couro cabeludo e deixando agir por alguns minutos, antes de enxaguar.

Principais indicações: o shampoo antifúngico é indicado para o tratamento da micose no couso cabeludo, caspa ou dermatite seborreica.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns do shampoo antifúngico são sensação de queimação no couro cabeludo, irritação ou vermelhidão da pele, queda de cabelo, mudança na textura do cabelo, coceira, pele seca ou feridas no couro cabeludo.

5. Loção antifúngica

As principais loções, soluções ou sprays antifúngicos são:

  • Clotrimazol;
  • Terbinafina;
  • Ciclopirox olamina;
  • Miconazol;
  • Oxiconazol;
  • Fenticonazol.

Esses antifúngicos devem ser aplicados diretamente na pele com micose, pelo tempo recomendado pelo dermatologista.

Principais indicações: a loção antifúngica, assim como soluções tópicas ou sprays, é indicada para micoses superficiais na pele, como frieira, micose na virilha ou no tronco, por exemplo.

Efeitos colaterais: irritação do local, ardor ou queimação, descamação da pele, coceira ou alergia no local, bolhas na pele, dermatite de contato, desmaio, pressão baixa ou dor abdominal.

6. Antifúngico vaginal

Os principais antifúngicos vaginais são:

  • Clotrimazol;
  • Nistatina;
  • Miconazol;
  • Tioconazol + tinidazol;
  • Isoconazol;
  • Fenticonazol.

Os antifúngicos vaginais podem ser encontrados na forma de pomada para uso dentro do canal vaginal e/ou parte externa da região íntima, ou ainda na forma de comprimidos ou óvulos vaginais para introduzir no canal vaginal.

Principais indicações: a principal indicação do antifúngico vaginal é para o tratamento de candidíase vaginal causada pela proliferação excessiva do fungo Candida albicans.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns dos antifúngicos vaginais são vermelhidão, inchaço, ardência, hemorragia, coceira vaginal ou alergia.

Leia também: Candidíase vaginal: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/candidiase-vaginal

7. Antifúngicos injetáveis

Os antifúngicos injetáveis mais utilizados são:

  • Anfotericina B;
  • Caspofungina;
  • Anidulafungina;
  • Micafungina;
  • Flucitosina;
  • Voriconazol;
  • Isavuconazônio.

Os antifúngicos injetáveis são usados apenas em hospitais, aplicados na veia pelo enfermeiro, sob supervisão médica.

Principais indicações: os antifúngicos injetáveis são indicados principalmente para infecções fúngicas graves, como aspergilose invasiva, mucormicose, meningite fúngica, candidíase invasiva ou pneumonia fúngica, por exemplo.

Além disso, esses antifúngicos podem ser indicados para prevenir infecções por fungos em pessoas que fizeram transplante de células tronco.

Efeitos colaterais: dor de cabeça, inflamação na veia no local de aplicação, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, anemia, febre, calafrios, manchas ou bolhas vermelhas na pele, aumento das enzimas hepáticas ou reação anafilática, por exemplo.

Quem não deve usar

Os antifúngicos não devem ser usados por pessoas que tenham alergia ao princípio ativo do antifúngico.

Além disso, pessoas com insuficiência renal ou hepática, só devem usar antifúngicos com indicação médica, principalmente nos casos de antifúngicos orais ou injetáveis.

Em crianças, mulheres grávidas ou em amamentação, os antifúngicos só devem ser usados se indicado pelo médico.

Antes de usar o antifúngico, deve-se informar ao médico todos os remédios que utiliza pois podem interagir com os antifúngico.

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