Antiperoxidase tireoidiana: o que é e porque pode estar alta

Antiperoxidase tireoidiana (anti-TPO) é um anticorpo produzido pelo sistema imune e que ataca a glândula tireoide, resultando em alteração nos níveis de hormônios produzidos pela tireoide.

Os valores de anti-TPO variam de laboratório para laboratório, sendo de forma geral considerado aumentado quando está acima de 35,0 UI/mL, o que pode ser indicativo de alterações na tireoide, como tireoidite de Hashimoto e doença de Graves.

No entanto, a quantidade desse autoanticorpo tireoidiano pode aumentar em várias situações, por isso, o endocrinologista deve avaliar junto com o resultado de outros exames da tireoide, como dosagem de TSH, T3 e T4, por exemplo. Veja todos os exames que avaliam a tireoide.

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Valor de referência

O valor de referência considerado normal para o anti-TPO é menor que 35,0 UI/mL.

No entanto o valor de referência pode variar de acordo com o laboratório, já que podem ser realizadas diferentes dosagens, de forma que pode alterar o valor considerado normal.

Por isso, ao analisar o resultado do exame, é importante ter atenção ao valor de referência indicado no laudo do exame.

Assim, resultados de antiperoxidase tireoidiana acima de 35,0 UI/mL são possivelmente indicativos de alterações da tireoide, sendo importante que o resultado seja avaliado pelo médico juntamente com o resultado de outros exames solicitados.

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O que pode ser anti-TPO alto

De forma geral, o anti-TPO é considerado alto quando é verificada concentração acima de 35,0 UI/mL no sangue, podendo ser indicativo de:

1. Tireoidite de Hashimoto

A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide, desregulando a produção de hormônios tireoidianos e resultando em sintomas de hipotireoidismo, como cansaço excessivo, aumento de peso, dores musculares e enfraquecimento de cabelos e unhas.

A tireoidite de Hashimoto é uma das principais causas de aumento da antiperoxidase tireoidiana, no entanto é necessária a realização de mais exames para que seja concluído o diagnóstico. Conheça mais sobre a tireoidite de Hashimoto.

O que fazer: o tratamento é feito pelo endocrinologista e, normalmente, envolve o uso de levotiroxina, para tratar o hipotireoidismo causado pela tireoidite de Hashimoto. Veja como é feito o tratamento da tireoidite de Hashimoto.

2. Doença de Graves

A doença de Graves é uma das principais situações em que a antiperoxidase tireoidiana está alta.

Isso acontece porque esse autoanticorpo atua diretamente na tireoide e estimula a produção de hormônios, resultando em hipertireoidismo, como dor de cabeça, olhos arregalados, perda de peso, suor, fraqueza muscular e inchaço na garganta, por exemplo.

O que fazer: o tratamento indicado pelo endocrinologista varia conforme a gravidade da doença, podendo ser recomendado o uso de remédios, terapia com iodo ou cirurgia da tireoide. Saiba mais sobre a doença de Graves e como é o tratamento.

3. Gravidez

Devido à alterações hormonais comuns na gravidez, é possível que também existam alterações relacionadas com a glândula tireoide, podendo ser identificada, inclusive, o aumento dos níveis de antiperoxidase tireoidiana no sangue.

Apesar disso, a gestante não necessariamente possui alterações na tireoide.

O que fazer: deve-se fazer a dosagem de anti-TPO no início da gestação para que o médico possa acompanhar os níveis durante a gravidez e verificar o risco de desenvolvimento de tireoidite após o parto, por exemplo.

4. Hipotireoidismo subclínico

O hipotireoidismo subclínico é caracterizado pela diminuição da atividade da glândula tireoide que não gera sintoma e que só é percebida por meio de exames de sangue, em que é verificado níveis normais de T4 e TSH alto. Veja outras causas de TSH alto.

Apesar da dosagem de anti-TPO não ser normalmente indicada para diagnóstico de hipotireoidismo subclínico, o médico pode solicitar esse exame para avaliar a progressão do hipotireoidismo e verificar se a pessoa está respondendo bem ao tratamento.

Isso é possível pelo fato desse anticorpo atuar diretamente na enzima que regula a produção dos hormônios tireoidianos.

Dessa forma, ao realizar a dosagem da antiperoxidase tireoidiana no hipotireoidismo subclínico, é possível verificar se a diminuição da quantidade de anti-TPO acompanha a regularização dos níveis de TSH no sangue.

O que fazer: o tratamento deve ser indicado pelo endocrinologista e normalmente é feito com o uso da levotiroxina, mesmo quando não existem sintomas de hipotireoidismo, de forma a diminuir o risco de problemas cardiovasculares. Saiba como reconhecer e tratar o hipotireoidismo.

5. Histórico familiar

Pessoas que possuem parentes com doenças autoimunes da tireoide podem apresentar valores alterados de anticorpo antiperoxidase tireoidiana, não sendo indicativo de que também possuem doença.

Por isso, é importante que o valor do anti-TPO seja avaliado juntamente com os outros exames solicitados pelo médico.

O que fazer: deve-se fazer o acompanhamento com o endocrinologista e exames para a tireoide regularmente, para verificar alterações na tireoide e, assim, iniciar o tratamento mais adequado, de acordo com a doença detectada.

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