Arterite temporal: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

A arterite temporal é uma doença autoimune que causa inflamação crônica das artérias temporais, que estão relacionadas com o fornecimento de sangue para a cabeça e para o cérebro. Assim, como resultado da inflamação, podem ser notados sintomas como dor de cabeça, febre, rigidez e fraqueza dos músculos da mastigação, cansaço e, nos casos mais graves, pode provocar cegueira ou AVC.

As causas da arterite temporal não são totalmente claras, no entanto, parece existir uma predisposição genética, além de estar relacionada com um desequilíbrio do sistema imunológico, provocando o envelhecimento celular.

O tratamento deve ser orientado pelo reumatologista e, apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com o uso de medicamentos, principalmente corticoesteroides, como a prednisona, para diminuir a intensidade dos sintomas.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de arterite temporal são:

  • Dor de cabeça ou no couro cabeludo, que pode ser forte e latejante;
  • Sensibilidade e dor na artéria temporal, que se localiza na parte lateral da testa;
  • Dor e fraqueza na mandíbula, que surgem após falar ou mastigar prolongadamente e melhoram com o descanso;
  • Febre recorrente e sem causa aparente;
  • Cansaço e mal-estar geral;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Perda temporária da visão;
  • Visão dupla;
  • Maior sensibilidade do couro cabeludo;
  • Dor no rosto, atrás das orelhas ou língua;
  • Dificuldade para abrir a boca.

Em alguns casos, podem surgir alterações graves, como perda da visão, cegueira repentina ou aneurismas, podem acontecer em alguns casos, mas podem ser evitadas com a identificação e realização do tratamento, o mais breve possível, pelo reumatologista.

Além destes sintomas, é comum que a arterite temporal esteja acompanhada da polimialgia reumática, que é outra doença que provoca inflamação dos músculos e articulações, causando dor no corpo, fraqueza e desconforto nas articulações, principalmente do quadril e ombros. Saiba mais sobre a polimialgia reumática.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da arterite temporal é feito através da avaliação clínica pelo clínico geral ou reumatologista, além da realização de exames de sangue, que demonstram inflamação, como a elevação dos níveis VHS, que pode atingir valores acima de 100mm. A confirmação, entretanto, é feita pela biópsia da artéria temporal, que irá demonstrar as alterações inflamatórias diretamente no vaso.

Marque uma consulta com o médico mais próximo para que seja feita uma avaliação dos sintomas e, assim, seja iniciado o tratamento mais adequado:

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Causas de arterite temporal

As causas da arterite temporal não são totalmente esclarecidas, no entanto acredita-se que a inflamação das artérias temporais acontece devido a alterações no sistema autoimune, em que as próprias células do sistema imunológico atacam a região e levam ao aparecimento dos sintomas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da arterite das células gigantes é feito para aliviar os sintomas e prevenir a perda da visão, com o uso de corticoides, como a Prednisona, em doses com redução gradual, orientados pelo reumatologista. O uso de remédios é feito por , pelo menos, 3 meses, variando de acordo com a melhora dos sintomas.

Além disto, o médico pode, ainda, recomendar analgésicos e antitérmicos, como paracetamol, para aliviar sintomas como febre, cansaço e mal estar geral, caso surjam.

A doença pode ser bem controlada com o tratamento e costuma entrar em remissão, mas pode voltar a recorrer após algum tempo, o que varia com a resposta do organismo de cada pessoa.

Complicações da arterite temporal

As complicações da arterite temporal surgem quando o tratamento não é iniciado ou quando não são seguidas as recomendações do médico, podendo haver perda permanente da visão, derrame cerebral, dano em outros vasos sanguíneos e aneurismas, por exemplo.

Por isso, é importante consultar o médico na presença de sintomas de arterite temporal e seguir as recomendações de tratamento.