Atropina: para que serve, como usar e efeitos colaterais

O que é:

A atropina é um remédio de uso injetável indicado como antídoto nos casos de intoxicação por inseticidas organofosforados ou para o tratamento de arritmias cardíacas ou úlcera péptica, pois tem ação antiarrítmica e antiespasmódica. Além disso, pode ser usada antes da anestesia em cirurgias para reduzir a produção de saliva e de muco do trato respiratório.

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Esse remédio é usado exclusivamente em hospitais sob supervisão médica e aplicado sob a pele, no músculo ou diretamente na veia pelo enfermeiro, podendo ser encontrado na forma de ampolas para injeção, com os nomes comerciais Atropion, Pasmodex ou Santropina, por exemplo, ou na forma de genérico como sulfato de atropina.

A atropina também pode ser encontrada na forma de colírios para uso oftalmológico para dilatar a pupila em exames de fundo de olho, aplicados pelo oftalmologista.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A atropina na forma de injeção é indicada para o tratamento de algumas condições de saúde como:

  • Intoxicação por inseticidas organofosforados, carbamatos ou cogumelos muscarínicos;
  • Arritmia cardíaca, especialmente a bradicardia sinusal;
  • Úlcera péptica;
  • Cólica renal ou biliar,
  • Incontinência urinária;
  • Diminuição da produção de saliva e muco do trato respiratório durante a anestesia e intubação;
  • Doença de Parkinson;
  • Preparo para radiografias gastrointestinais.

Já a atropina na forma de colírio pode ser usada antes de exames de fundo de olho ou de refração, pois causa relaxamento dos músculos dos olhos, mantendo a pupila dilatada.

Além disso, o colírio de atropina pode ser indicado pelo oftalmologista para dilatar as pupilas nos casos de inflamações na íris, na camada vascular profunda do fundo do olho ou na córnea, ou em situações pós-cirúrgicas em que a dilatação da pupila pode ser necessária.

Como usar

A forma de uso da atropina varia de acordo com a apresentação utilizada, podendo ser:

1. Atropina injetável

A atropina injetável é usada somente em hospitais aplicada diretamente na veia, no músculo ou sob a pele por um enfermeiro, sendo que as doses devem ser indicadas pelo médico pois dependem da idade e da condição a ser tratada.

2. Atropina colírio

A atropina colírio deve ser usada diretamente no olho nas doses indicadas pelo oftalmologista, que geralmente são de 1 a 2 gotas, aplicadas no saco conjuntival.

Para aplicar deve-se inclinar ligeiramente a cabeça para trás e puxar a pálpebra inferior para baixo, criando uma pequena bolsa, que é o saco conjuntival. Em seguida, deve-se posicionar o colírio acima do olho, tendo o cuidado para não encostar o frasco no olho. Olhar para cima e apertar o frasco do colírio para sair a quantidade de gotas indicadas pelo oftalmologista. Fechar os olhos por 2 a 3 minutos, sem piscar.

Após a aplicação é importante pressionar suavemente com o dedo o canto interno do olho por cerca de 1 minuto para evitar que o colírio vá para o canal lacrimal e seja absorvido pelo corpo.

No caso de usar mais de 1 gota, deve-se esperar cerca de 5 minutos entre as gotas e, se o médico tiver indicado o uso de mais algum outro tipo de colírio, deve-se esperar pelo menos 10 minutos entre a aplicação da atropina e do outro colírio.

O colírio de atropina deve ser usado pelo tempo de tratamento e horários estabelecidos pelo oftalmologista.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com a atropina na forma de injeção são aumento dos batimentos cardíacos, vermelhidão, boca seca, prisão de ventre, inchaço na barriga, dor de estômago, náuseas e vômitos, olhos secos, visão turva, sensibilidade à luz, dor de cabeça, sonolência, retenção de urina, impotência, tontura ou confusão mental.

No caso do colírio de atropina, os efeitos colaterais mais comuns são dor leve nos olhos, boca, nariz ou garganta secos, inchaço nos olhos, lacrimejamento, visão embaçada ou aumento da sensibilidade à luz.

Quem não deve usar

A atropina não deve ser usada por mulheres grávidas ou em amamentação, ou por pessoas que tenham asma, glaucoma ou tendência ao glaucoma, adesão entre íris e o cristalino, taquicardia, estado cardiovascular instável em hemorragia aguda, isquemia do miocárdio, obstrução gastrointestinal ou genitourinária, íleo paralítico, paralisia intestinal, colite ulcerativa severa, megacólon tóxico associado à colite ulcerativa, doenças hepáticas e renais severas, ou miastenia grave.

Além disso, esse remédio não deve ser usado por pessoas que tenham alergia à atropina ou outros remédios antimuscarínicos.

O colírio de atropina também não deve ser usado por pessoas com glaucoma ou hipertensão ocular.

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