AVC isquêmico: o que é, sintomas, causas e tratamento

O AVC isquêmico acontece quando um dos vasos do cérebro fica obstruído por um coágulo, impedindo a passagem do de oxigênio para as células do cérebro, provocando sintomas como dificuldade para falar, boca torta, perda de força em um dos lados do corpo e alterações da visão.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Neurologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Normalmente, o AVC isquêmico é mais comum em idosos ou pessoas que têm algum tipo de alteração cardiovascular, como pressão alta, colesterol elevado ou diabetes, mas pode acontecer em qualquer pessoa e idade.

Uma vez que as células cerebrais começam a morrer poucos minutos depois que a circulação sanguínea é interrompida, o AVC é sempre considerado uma emergência médica, que deve ser tratado o mais rápido possível no hospital, de forma a evitar sequelas graves, como paralisia, alterações cerebrais e, até, morte.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os sintomas mais característicos do AVC isquêmico, incluem:

  • Dificuldade para falar ou sorrir;
  • Boca torta e rosto assimétrico;
  • Perda de força em um dos lados do corpo;
  • Dificuldade para levantar os braços;
  • Dificuldade para caminhar.

Além disso, podem ainda surgir outros sintomas, como formigamento, alterações da visão, desmaio, dor de cabeça e até vômitos, dependendo da região afetada do cérebro.

Veja como identificar um AVC e os primeiros socorros que devem ser feitos.

O que é um acidente isquêmico transitório?

O acidente isquêmico transitório, ou AIT, acontece quando o AVC é causado por um coágulo muito pequeno que, entretanto, foi empurrado pela circulação sanguínea e deixou de obstruir o vaso. Nestes episódios, além dos sintomas melhorarem em poucos minutos é comum que os exames feitos no hospital não apresentem qualquer tipo de alteração no cérebro.

Entenda melhor o que é um acidente isquêmico transitório.

Teste online de sintomas

Para saber as chances de ter AVC, por favor, selecione os sintomas que apresenta:

  1. 1. Rosto assimétrico, com a boca torta e/ou sobrancelha caída, por exemplo
  2. 2. Dificuldade repentina para movimentar um dos braços e/ou pernas
  3. 3. Fala embolada e/ou dificuldade para falar
  4. 4. Perda do equilíbrio ou tontura
  5. 5. Dor de cabeça intensa
  6. 6. Idade acima de 55 anos e/ou histórico de AVC, arritmia, infarto, diabetes, colesterol alto ou hipertensão não controlada

Este teste é apenas uma ferramenta de orientação. Portanto, não tem a finalidade de dar um diagnóstico e nem substitui a consulta com um neurologista ou clínico geral.

Como confirmar o diagnóstico

Sempre que existe suspeita de AVC é muito importante ir ao hospital para confirmar o diagnóstico. Geralmente, o médico utiliza exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética, para identificar o bloqueio que está causando o AVC e assim iniciar o tratamento mais adequado.

O que causa o AVC isquêmico

O AVC isquêmico surge quando um dos vasos do cérebro fica obstruído e, por isso, o sangue não consegue passar e alimentar as células cerebrais com oxigênio e nutrientes. Essa obstrução pode acontecer de duas formas diferentes:

  • Bloqueio por um coágulo: é mais comum em idosos ou pessoas com problemas cardíacos, especialmente fibrilação atrial;
  • Estreitamento do vaso: geralmente acontece em pessoas com pressão alta descontrolada ou aterosclerose, pois os vasos vão se tornando menos flexíveis e mais estreitos, diminuindo ou impedindo a passagem do sangue.

Além disso, existem muitas outras situações que aumentam o risco de desenvolver um coágulo e sofrer um AVC isquêmico, como ter histórico de AVC na família, fumar, ter excesso de peso, não praticar exercício físico ou tomar pílula anticoncepcional, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento para AVC isquêmico é feito no hospital e, normalmente, é iniciado com a injeção de remédios trombolíticos diretamente na veia, que são medicamentos que tornam o sangue mais fino e ajudam a eliminar o coágulo que está causando o bloqueio no vaso.

No entanto, quando o coágulo é muito grande e não é eliminado apenas com o uso dos trombolíticos, pode ser necessário fazer uma trombectomia mecânica, que consiste em inserir um cateter, que é um tubo fino e flexível, numa das artérias da virilha ou do pescoço, e guiá-lo até ao vaso do cérebro onde se encontra o coágulo. Depois com a ajuda desse cateter, o médico retira o coágulo.

Já nos casos em que o AVC não está sendo causado por um coágulo, mas pelo estreitamento do vaso, o médico também pode usar um cateter para colocar um stent no local, que é uma pequena rede de metal que ajuda a manter o vaso aberto, permitindo a passagem do sangue.

Após o tratamento, a pessoa deve sempre ficar sob observação no hospital e, por isso, é necessário ficar internado por alguns dias. Durante o internamento, o médico irá avaliar a presença de sequelas e poderá indicar o uso de medicamentos para diminuir essas sequelas, assim como sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Veja as 6 sequelas mais comuns após um AVC e como é a recuperação.

O AVC isquêmico tem cura?

O AVC isquêmico tem cura quando a pessoa é encaminhada para o hospital assim que são notados os primeiros sintomas e é realizado o tratamento para dissolver os coágulos. Dessa forma, é possível combater os sintomas e prevenir as sequelas.

Diferença entre AVC isquêmico ou hemorrágico?

Ao contrário do AVC isquêmico, o AVC hemorrágico é mais raro e acontece quando um vaso no cérebro rompe e, por isso, o sangue não consegue passar corretamente. O AVC hemorrágico é mais comum em pessoas com pressão alta descontrolada, que estão tomando anticoagulantes ou têm algum aneurisma. Saiba mais sobre os dois tipos de AVC e como diferenciar.