Baricitinibe é um remédio indicado para o tratamento da artrite reumatoide, dermatite atópica, alopécia areata ou COVID-19, pois age reduzindo a resposta do sistema imunológico, diminuindo a inflamação do corpo.
Esse remédio pode ser oferecido gratuitamente pelo SUS, desde que tenha indicação médica, sendo encontrado na forma de comprimidos de 2 ou 4 mg, com o nome comercial Olumiant.
O baricitinibe deve ser usado somente com indicação médica, pelo tempo de tratamento orientado pelo médico e com acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento e o surgimento de efeito colaterais.
Para que serve
O baricitinibe é indicado para o tratamento de:
- Artrite reumatoide ativa moderada a grave, podendo ser usado sozinho ou em combinação com metotrexato;
- Dermatite atópica moderada a grave;
- COVID-19 em adultos internados que estão precisando receber oxigênio por máscara, cateter nasal ou que precisam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não-invasiva;
- Alopecia areata grave.
O baricitinibe age inibindo enzimas janus quinases, conhecidas como JAKs, o que resulta em uma menor ativação do sistema imunológico e uma diminuição de substâncias inflamatórias no corpo.
O uso do baricitinibe só deve ser feito com indicação do reumatologista, dermatologista ou infectologista, com acompanhamento médico regular de forma a avaliar a eficácia do tratamento e o surgimento de efeitos colaterais.
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Como tomar
O comprimido de baricitinibe deve ser tomado por via oral, com um copo de água, antes ou após alimentação.
As doses normalmente recomendadas para adultos são:
- Artrite reumatoide: 1 comprimido de 4 mg de baricitinibe, 1 vez por dia. Em alguns casos, o médico pode indicar a dose para 1 comprimido de 2 mg, 1 vez por dia;
- Dermatite atópica: 1 comprimido de 4 mg de baricitinibe, 1 vez por dia. Para idosos com mais de 75 anos ou pessoas com infecções crônicas ou recorrentes, o médico pode indicar a dose de 1 comprimido de 2 mg, 1 vez por dia;
- COVID-19: 1 comprimido de 4 mg de baricitinibe, 1 vez por dia, por 14 dias ou até a alta hospitalar;
- Alopecia areata: 1 comprimido de 4 mg de baricitinibe, 1 vez por dia. Em alguns casos, o médico pode indicar a dose para 1 comprimido de 2 mg, 1 vez por dia.
O comprimido deve ser tomado sempre no mesmo horário, mas no caso de esquecimento deve-se tomar a dose assim que lembrar e depois reajustar os horários de acordo com esta última dose, continuando o tratamento de acordo com os novos horários programados. Não dobrar a dose para compensar a dose esquecida.
Antes de iniciar o tratamento com baricitinibe, o médico deve indicar a realização de exames para se certificar de que não tem tuberculose ou outras infecções.
No caso do tratamento da COVID-19, em pessoas que não conseguem engolir o comprimido inteiro, o médico pode recomendar deixar o comprimido dissolver na boca, ou que o enfermeiro aplique por sonda de gastrostomia, sonda nasoentérica ou sonda orogástrica.
Possíveis efeitos colaterais
Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com baricitinibe são reação alérgica aos componentes do comprimido, náusea ou aumento do risco de infecções que incluem tuberculose, infecções fúngicas, bacterianas ou virais como herpes simplex ou herpes zoster.
Além disso, o baricitinibe pode aumentar o risco de desenvolvimento de linfoma, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
É recomendado interromper o uso e procurar pronto-socorro imediatamente caso surjam sintomas de alergia grave, como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária. Saiba identificar os sintomas de reação alérgica grave.
Deve-se ir ao pronto-socorro também, caso se tome o baricitinibe em doses maiores do que as recomendadas para que seja feito acompanhamento dos efeitos colaterais.
Quem não deve usar
O baricitinibe não deve ser usado por mulheres grávidas ou em amamentação, em casos de tuberculose ou infecções fúngicas como candidíase ou pneumocistose.
Este medicamento deve ser usado com precaução em pessoas que têm problemas de coagulação sanguínea, incluindo idosos, obesos, pessoas com histórico de trombose ou embolia ou pessoas que vão fazer algum tipo de cirurgia e necessitem ficar imobilizadas.
Além disso, deve-se ter cautela também no caso de pessoas com insuficiência hepática ou renal, anemia ou em pessoas com o sistema imunológico debilitado, que podem necessitar de ajuste de dose pelo médico.