A barriga baixa na gravidez é mais comum durante o terceiro trimestre, como consequência do aumento do tamanho do bebê, mas também pode estar relacionada com fatores como enfraquecimento dos músculos e ligamentos pélvicos, gravidezes anteriores, peso da grávida ou aproximação do momento do parto, por exemplo.
Existem ainda mitos de que o formato da barriga pode ser sinal de que o bebê é um menino ou uma menina, porém, é importante que a grávida saiba que não há qualquer relação entre a altura da barriga e o sexo do bebê.
Durante toda a gravidez é importante fazer as consultas pré-natais para avaliar a saúde da mulher e o desenvolvimento saudável do bebê. No entanto, se a mulher se sentir preocupada com a forma da sua barriga ou apresentar sintomas, como dor na barriga, barriga muito dura, perda de sangue ou diminuição dos movimentos do bebê, deve ir ao obstetra imediatamente, para avaliar se está tudo bem com a mulher e com o bebê. Saiba o que pode ser a barriga dura durante a gravidez.
Causas da barriga baixa
Algumas das causas mais comuns da barriga baixa podem ser:
1. Força dos músculos e ligamentos
A barriga baixa na gravidez pode estar relacionada com a força dos músculos e ligamentos que sustentam o útero em crescimento. Algumas mulheres podem ter os músculos da barriga enfraquecidos ou pouco tonificados, fazendo com que, à medida que a barriga vai crescendo, fique mais baixa devido à falta de sustentação.
O que fazer: fazer alongamentos leves e movimentos suaves, praticar ioga ou pilates, desde que liberados pelo médico, podem ajudar a fortalecer a musculatura pélvica que dá suporte para o útero, bexiga e reto, o que ajuda a suportar as mudanças no corpo durante a gravidez.
Além disso, também pode-se fazer exercícios de Kegel que ajudam a fortalecer as musculatura pélvica, além de aumentar a circulação sanguínea local, evitar perda involuntária de urina e preparar os músculos para o futuro parto. Saiba como fazer os exercícios de Kegel.
2. Gravidezes anteriores
Se a mulher já esteve grávida antes, é muito provável que tenha uma barriga baixa numa segunda ou terceira gravidez. Isto acontece porque, durante a gravidez, os músculos e ligamentos ficam mais enfraquecidos, perdendo a força para gravidezes posteriores para segurar o bebê na mesma altura.
O que fazer: deve-se fazer exercícios físicos para fortalecimentos dos músculos pélvicos para preparar o corpo para a gravidez e durante a gestação, desde que liberados pelo obstetra, como pilates, ioga, caminhada ou hidroginástica, por exemplo, além dos exercícios de Kegel.
3. Aproximação da data do parto
A barriga baixa também pode estar relacionada com a posição do bebê, que normalmente vira de cabeça para baixo, na posição cefálica, por volta de 36 semanas de gestação, podendo a barriga parecer mais baixa.
Outros sinais que podem indicar que o bebê virou de cabeça para baixo são sentir as pernas do bebê no tórax ou ter mais vontade para urinar, por exemplo, devido a uma maior compressão da bexiga. Veja outros sinais que indicam que o bebê virou de cabeça para baixo.
Além disso, à medida que a gravidez avança, principalmente nos dias que antecedem o parto, o bebê pode-se mover para baixo, para se encaixar na região pélvica, fazendo com que a barriga fique mais baixa.
O que fazer: é normal que a barriga fique um pouco mais baixa com o encaixe do bebê na pelve não sendo motivo de preocupação. No entanto, a mulher deve estar atenta aos sinais do trabalho de parto, como rompimento da bolsa amniótica, contrações regulares que aumentam de intensidade e não melhoram com o movimento do corpo, e a presença do corrimento vaginal, chamado tampão mucoso. Confira outros sinais do trabalho de parto.
4. Posição do bebê
A barriga baixa pode estar relacionada com a posição do bebê, que se pode encontrar na posição lateral ou transversal, especialmente no segundo trimestre da gestação, pois ainda tem espaço dentro do útero para se mover e se esticar.
Além disso, em alguns casos, a barriga baixa pode estar relacionada com o bebê. Uma altura do fundo do útero inferior à normal, pode significar que o bebê não está crescendo normalmente ou que não há líquido aminótico suficiente na bolsa de água.
O que fazer: é importante fazer o acompanhamento pré-natal com o obstetra, que deve medir a barriga e a altura do útero, solicitar exames de ultrassom para verificar a quantidade de líquido amniótico e peso do bebê, para garantir uma gestação e desenvolvimento saudável do bebê. Veja como é feito o pré-natal.
5. Aumento de peso
Algumas grávidas que aumentam muito o peso durante a gravidez, podem notar uma barriga mais baixa que o normal. Além disso, quanto maior for o peso do bebê, maior será a probabilidade da barriga ficar mais baixa.
O que fazer: durante toda a gestação, é importante seguir as recomendações médicas, fazer atividades físicas recomendados pelo obstetra, beber pelo menos 8 copos de água por dia e fazer uma alimentação nutritiva e balanceada, incluindo frutas, verduras e legumes frescos, para garantir o fornecimento de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê e ajudar a controlar o aumento do peso durante a gravidez. Saiba o que comer para evitar o ganho de peso durante a gravidez.
Como identificar a barriga baixa
A barriga baixa na gravidez é identificada pelo obstetra através dos exames pré-natal em que é feita a medição da região abdominal, com o objetivo de avaliar o tamanho do útero e o crescimento do bebê.
Além disso, o ultrassom obstétrico é capaz de estimar o tamanho, peso e as medidas da cabeça, abdômen e fêmur do feto, posição do bebê, assim como avaliar a quantidade de líquido amniótico no útero e perceber se existe algum problema com a placenta.
É importante ressaltar que a barriga baixa nem sempre indica problema na gravidez ou trabalho de parto, pois cada gravidez é única e varia de mulher para mulher. Por isso, deve-se fazer acompanhamento pré-natal com o obstetra, que é o médico capaz de orientar as mudanças do corpo durante a gravidez e avaliar a saúde da mulher e o desenvolvimento saudável do bebê.
Quando ir ao médico
É aconselhado ir ao obstetra quando a mulher apresentar sintomas como:
- Dor na barriga;
- Início do trabalho de parto;
- Febre;
- Perda de sangue pela vagina;
- Diminuição dos movimentos do bebê.
Em todo caso, sempre que a mulher desconfiar que algo está errado, deverá entrar em contato com seu obstetra para esclarecer suas dúvidas e, se não for possível falar com ele, deve ir ao pronto socorro ou à maternidade.