Bicho geográfico: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Bicho geográfico é o nome popular da infecção causada pela larva migrans, um parasita capaz de entrar no organismo penetrando através da pele, que pode provocar sintomas como linhas vermelhas e tortuosas semelhantes a um mapa e coceira na sua superfície.

Normalmente, o bicho geográfico é transmitido pelo contato com larvas que se desenvolvem no solo a partir de ovos liberados junto com as fezes de cães e gatos contaminados.

Em caso de suspeita de bicho geográfico, é recomendado consultar um dermatologista. Na maioria dos casos, a larva é eliminada naturalmente do organismo entre 5 e 6 semanas, mas é importante fazer o tratamento para aliviar os sintomas mais rapidamente e evitar complicações.

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Lesão na pele causada pelo bicho geográfico

Sintomas de bicho geográfico

Os principais sintomas de bicho geográfico são:

  • Pequeno ponto ou bolinha vermelha na pele;
  • Coceira intensa na pele, que piora à noite;
  • Linhas vermelhas e tortuosas na pele;
  • Inchaço na pele.

Os sintomas podem demorar de horas a poucos dias para surgir e, na medida em que o parasita migra pela pele, é comum observar que a lesão vai formando um tipo de caminho em forma de linha que aumenta em torno de 1 a 2 cm por dia.

Os locais mais frequentes do aparecimento dos sintomas são os pés, mãos, joelhos e nádegas, já que entram mais facilmente em contato com o chão contaminado e, consequentemente, com a larva infectante.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do bicho geográfico é feito pelo clínico geral ou dermatologista, no caso de adultos, ou pediatra, se em crianças, levando em consideração as características das lesões na pele e o histórico de viagens recentes ou contato com o solo em locais em que passam animais como cães ou gatos.

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Normalmente, não são necessários exames para confirmar o diagnóstico de bicho geográfico. No entanto, o médico pode indicar o hemograma ou a biópsia de pele em alguns casos, por exemplo, para verificar se existem alterações características dessa infecção. 

Como acontece a transmissão

O bicho geográfico é transmitido pelo contato com o solo infectado com larvas do parasita que, normalmente, surgem de ovos liberados no ambiente junto com as fezes de cães e gatos contaminados.

Assim, a transmissão acontece quando a pessoa anda descalça ou mexe no solo sem luvas, por exemplo, permitindo que a larva penetre na sua pele.

Ciclo de vida do bicho geográfico

Os gatos e cachorros são considerados hospedeiros definitivos do bicho geográfico e são infectados quando entram em contato com larvas presentes no ambiente de Ancylostoma braziliensis ou Ancylostoma caninum. Essas larvas, no intestino, desenvolvem-se até a fase adulta e liberam ovos, que são eliminados nas fezes dos animais.

No ambiente, o ovo eclode e libera larvas jovens que podem penetrar a pele do ser humano pelo contato direto com este órgão. A presença da larva na pele pode levar então ao aparecimento dos sintomas.

Como é feito o tratamento

O tratamento do bicho geográfico pode envolver:

  • Aplicação de compressa de gelo sobre a pele, para ajudar a aliviar a coceira e o inchaço;
  • Tiabendazol, na forma de solução tópica ou pomada, de 2 a 3 vezes por dia, durante 5 a 10 dias;
  • Albendazol, mebendazol ou ivermectina, na forma de comprimidos, nos casos de infecção grave ou múltiplas lesões na pele.

Embora a infecção normalmente desapareça após 5 a 6 semanas na medida em que as larvas morrem, o tratamento é feito para aliviar os sintomas mais rapidamente e evitar complicações como infecções de pele ou a invasão de órgãos internos pelo parasita.

Geralmente os sintomas do bicho geográfico reduzem cerca de 2 a 3 dias após o início do tratamento, sendo importante seguir o tratamento até o fim para garantir que a larva é completamente eliminada do corpo. Entenda como é feito o tratamento para bicho geográfico.

Prevenção do bicho geográfico

Uma das formas de evitar o bicho geográfico é não andar descalço, em nenhum tipo de terreno, seja no asfalto, na grama ou na areia. No entanto, esta recomendação é mais difícil de seguir na praia e em parques e, por isso, é importante evitar as praias onde tenham animais domésticos como cachorros, por exemplo.

Em casa, os cães e gatos devem tomar remédios antiparasitários todos os anos, para que não apresentem esses parasitas e não liberem ovos nas fezes, evitando, assim, a contaminação das pessoas.