A bipolaridade tipo 1 é um tipo de transtorno bipolar caracterizado principalmente por episódios de mania, em que a pessoa apresenta sintomas como euforia exagerada, aumento da energia ou desorganização dos pensamentos.
Não se conhece a causa exata dos transtornos bipolares, mas a bipolaridade tipo 1 parece ser mais frequente em pessoas divorciadas e após eventos estressantes, como a perda do emprego ou morte de um familiar. Entenda melhor o que é o transtorno bipolar e suas causas.
Em caso de suspeita de bipolaridade tipo 1, é recomendado consultar um psiquiatra. O tratamento pode variar de acordo com os sintomas presentes e, normalmente, é feito com psicoterapia e o uso de medicamentos para estabilizar o humor.
Principais sintomas
Os principais sintomas de bipolaridade tipo 1 são:
- Autoestima e euforia exageradas, aumentando o desejo de interagir e se comunicar;
- Necessidade reduzida de sono, devido ao aumento da energia;
- Pensamentos e ideais desorganizados, ou incompatíveis com a realidade da pessoa;
- Agir sem pensar nas consequências, podendo fazer dívidas ou vender objetos pessoais facilmente;
- Fala excessiva e falta de inibição, podendo envolver-se rapidamente com pessoas desconhecidas;
- Dificuldade em manter a atenção, podendo mudar de assunto repentinamente ou esquecer-se de tarefas importantes.
Esses sintomas são os mais característicos da bipolaridade tipo 1 e correspondem aos episódios de mania, que são períodos de aumento da energia e euforia anormal. Quando surgem, geralmente prejudicam a pessoa em suas tarefas diárias e/ou relacionamentos.
Além disso, pessoas com bipolaridade tipo 1 também podem apresentar períodos com sintomas de depressão como tristeza e perda do prazer por tarefas habituais ou episódios de mania mais leves, conhecidos como hipomania, em alguns casos.
Leia também: 10 sintomas de bipolaridade (e o que fazer) tuasaude.com/bipolaridade-sintomasDiferenças entre a bipolaridade tipo 1 e 2
Enquanto na bipolaridade tipo 1 os episódios de mania estão sempre presentes, esses episódios não acontecem na bipolaridade tipo 2, que é caracterizada especialmente pelos períodos de depressão e hipomania.
Leia também: Bipolaridade tipo 2: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/bipolaridade-tipo-2Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico de bipolaridade tipo 1 é feito pelo psiquiatra levando em consideração os sintomas apresentados e suas consequências para a vida pessoal e/ou profissional da pessoa, especialmente quando existem episódios característicos de mania.
Caso deseje marcar uma consulta, encontre um psiquiatra mais próximo de você utilizado a ferramenta abaixo:
O médico normalmente faz uma avaliação detalhada para descartar problemas, como depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos mais frequentes, antes de confirmar o diagnóstico.
Leia também: 7 transtornos mentais mais comuns: como identificar e tratar tuasaude.com/transtornos-mentaisPossíveis causas
Não se sabe a causa exata da bipolaridade tipo 1. Suas causas parecem estar relacionadas principalmente com a predisposição genética da pessoa e suas experiências pessoais, especialmente eventos estressantes ou ruins.
Além disso, a bipolaridade tipo 1 é mais comum em pessoas divorciadas, viúvas ou separadas com histórico familiar de bipolaridade ou após eventos como a perda do emprego, nascimento de um filho ou morte de um familiar.
Como é feito o tratamento
O tratamento da bipolaridade tipo 1 varia de acordo com os sintomas apresentados quando o diagnóstico é feito e, normalmente, envolve o uso de medicamentos estabilizadores do humor, como ácido valproico ou lítio, e sessões de psicoterapia.
Leia também: Lítio: para que serve, como tomar e efeitos colaterais tuasaude.com/litio-carbolitiumEspecialmente caso a pessoa esteja passando por um episódio de mania, o seu tratamento pode necessitar ser feito no hospital com o uso de medicamentos para ajudar a controlar o seu comportamento ou impulsos e evitar com que se coloque em risco.
Além disso, especialmente caso existam outros transtornos psiquiátricos, é importante fazer o seu tratamento seja feito de acordo com a orientação do médico.