8 causas de boca amarga na gravidez (e o que fazer)

A boca amarga na gravidez é causada principalmente pelas alterações dos níveis hormonais, principalmente do estrogênio, que está relacionado com a sensação de paladar. Porém, em alguns casos, este sintoma pode estar relacionado com os efeitos colaterais da suplementação em ácido fólico.

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Além disso, outros fatores podem provocar boca amarga na gravidez, como gengivite, refluxo gastroesofágico, diabetes descompensada, uso de remédios, doenças do fígado ou até infecções, como sinusite ou amigdalite, por exemplo.

O gosto amargo na boca durante a gravidez, pode ser aliviado com algumas medidas como mascar um chiclete sem açúcar ou chupar um picolé de limão, por exemplo. No entanto, deve-se sempre consultar o obstetra para avaliar a causa do gosto amargo ou metálico na boca, e assim, se necessário ser indicado o melhor tratamento.

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Principais causas

As principais causas de boca amarga na gravidez são:

1. Alterações hormonais

A causa mais comum da boca amarga ou com gosto metálico na gravidez, é a alteração dos níveis hormonais, principalmente do estrogênio, que está relacionado com a sensação de paladar, podendo afetar também o olfato, uma vez que esses sentidos estão interligados.

Este sintoma é muito comum durante o 1º trimestre de gestação e vai desaparecendo ao longo da gravidez.

O que fazer: as alterações hormonais são normais durante a gestação, não sendo motivo de preocupação. Para aliviar o gosto amargo ou metálico na boca, pode-se tomar um picolé de limão, comer bolachas de água e sal, ao longo do dia, beber sucos de frutas cítricas e escovar os dentes com frequência, por exemplo.

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2. Gengivite

A gengivite é uma inflamação nas gengivas que ocorre devido alterações hormonais normais e aumento do volume de sangue no corpo, podendo causar gosto amargo na boca, aumento da sensibilidade das gengivas, que podem até sangrar ao escovar os dentes ou passar o fio dental.

O que fazer: deve-se usar uma escova de dentes macia e continuar escovando os dentes e passando o fio dental regularmente.

Além disso, é recomendado consultar o dentista para avaliar a saúde da boca e dos dentes, uma vez que a gengivite não tratada, pode evoluir para uma periodontite, resultando em inflamação, infecção ou na destruição do tecido que sustenta o dente, e causar complicações, como parto prematuro, por exemplo. Veja como é feito o tratamento da gengivite na gravidez.   

3. Suplemento de ácido fólico

O suplemento de ácido fólico é indicado para prevenir defeitos do fechamento do tubo neural do feto, e diminuir o risco de malformações congênitas, como espinha bífida, mielomeningocele, anencefalia ou fenda palatina, por exemplo.

Porém, em alguns casos, a suplementação em ácido fólico pode causar gosto amargo na boca como efeitos colateral.

O que fazer: pode-se mascar chicletes ou chupar uma bala, de preferência sem açúcar ou tomar suco de frutas cítricas, por exemplo.

É importante não interromper o uso do ácido fólico e continuar tomando durante toda a gestação, conforme orientado pelo obstetra, além de realizar as consultas pré-natais regularmente. Entenda a importância do ácido fólico na gravidez.  

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é mais comum de surgir após a 24ª semana da gestação, pois o crescimento útero pode pressionar o estômago para cima, fazendo com que o ácido do estômago suba para o esôfago, o que pode causar boca amarga ou sabor desagradável na boca.

Além disso, outros sintomas do refluxo gastroesofágico são dor no estômago, azia, sensação de queimação no estômago, excesso de gases, e, em alguns casos, coceira na garganta e sensação de garganta arranhando.

O que fazer: comer em pequenas quantidades em intervalos menores de 2 a 3 horas, evitar comer frituras, comidas apimentadas ou muito condimentadas e fazer refeições grandes, podem ajudar a aliviar esse desconforto.

Além disso, em alguns casos, o obstetra pode recomendar remédios antiácidos, como o leite de magnésia, por exemplo, sendo importante que a mulher utilize medicamentos somente se recomendado pelo médico. Veja como é feito o tratamento do refluxo na gravidez.

5. Uso de remédios

Alguns remédios, como antibióticos, remédios para gota ou para doenças cardíacas, podem causar boca amarga na gravidez, pois quando são ingeridos, são absorvidos pelo organismo e liberados na saliva, levando a uma alteração do paladar, deixando a boca amarga. 

O que fazer: é importante não interromper o tratamento com remédios indicados pelo obstetra, e fazer o acompanhamento médico regularmente. Normalmente, o gosto amargo desaparece após alguns minutos de ingerir os medicamentos. No entanto, o obstetra pode reavaliar o tratamento se o gosto amargo é constante, e se necessário, indicar outro remédio que não cause esse efeito colateral.

6. Diabetes descompensada

A diabetes não controlada, ou descompensada, também pode causar gosto amargo na boca ou mau hálito com cheiro semelhante à maçã podre.

Isso acontece devido à cetoacidose diabética, podendo ser acompanhada de outros sintomas, como sensação de sede intensa e boca seca, cansaço e fraqueza intensos ou confusão mental. 

A diabetes descompensada na gravidez pode afetar o desenvolvimento do bebê e aumentar o risco de aborto, pré-eclâmpsia, eclâmpsia ou parto prematuro, por exemplo. Veja os principais riscos da diabetes na gravidez.  

O que fazer: deve-se fazer o tratamento de acordo com a orientação do obstetra, pois assim é possível controlar os níveis de açúcar no sangue e evitar que haja a cetoacidose diabética. Além disso, caso sejam verificados sintomas de cetoacidose, é importante que a grávida vá imediatamente para o hospital ou pronto-socorro para evitar complicações. Saiba identificar a cetoacidose diabética.

7. Doenças do fígado

Algumas doenças do fígado, como hepatite, cirrose ou fígado gordo, podem deixar um gosto amargo ou desagradável na boca, semelhante a peixe ou cebola, devido às quantidades elevadas de amônia no sangue, que normalmente é transformada em ureia pelo fígado e eliminada na urina. 

O que fazer: normalmente os problemas no fígado são acompanhados de outros sintomas como enjoo ou cansaço excessivo. Por isso, se existir suspeita de doenças hepáticas deve-se consultar um hepatologista para fazer exames de sangue e confirmar o diagnóstico, iniciando o tratamento se necessário. Entenda quais os sinais que podem indicar problemas no fígado.

8. Infecções

Algumas infecções bacterianas, como amigdalite ou sinusite, podem deixar a boca com gosto amargo, devido às substâncias produzidas pelas bactérias desse tipo de infecções ou presença de pus na garganta ou seios nasais.

Além disso, infecções por vírus, como gripes ou resfriados, também podem deixar a boca com gosto amargo ou desagradável.

O que fazer: gargarejos com água morna e sal são excelentes para ajudar a remover o pus da garganta, nos casos de infecções bacterianas. Além disso, a lavagem nasal com soro fisiológico ajuda a fluidificar as secreções nasais, favorecendo sua retirada, sendo uma ótima opção contra sinusite, gripes e resfriados.

Em todos os casos, é importante consultar o obstetra, que pode indicar uso de remédios antibióticos para combater a infecção bacteriana, de acordo com o tipo de infecção. Veja outras causas de boca amarga

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