Bolha na gengiva: 7 causas e o que fazer

Atualizado em dezembro 2023

A bolha na gengiva normalmente surge devido a alguma inflamação ou infecção na gengiva ou no dente, como no caso da gengivite, periodontite, ou cárie não tratada ou profunda, mas também pode surgir devido a aftas ou mucocele.

Geralmente, a presença de bolha na gengiva não causa qualquer outro sintoma, no entanto pode aparecer sangramento na gengiva, inchaço, febre, dificuldade para abrir a boca e dor, ou mau hálito persistente, por exemplo.

É importante consultar o dentista para que seja identificada a causa bolha na gengiva e iniciado o tratamento mais adequado, podendo ser recomendado a melhora dos hábitos de higienização da boca, além do uso de antibióticos, em alguns casos.

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Imagem ilustrativa número 2
Foto de bolha na gengiva

7 causas de bolha na gengiva

As principais causas de bolhas na gengiva são:

1. Mucocele

A mucocele é um cisto de muco benigno que ocorre devido a obstrução das glândulas salivares ou traumas na boca levando a formação de um bolha que contém saliva em seu interior, sendo mais frequente nos lábios, mas também pode afetar a gengiva, céu da boca, língua ou bochecha.

A mucocele não é grave e geralmente não causa dor, a não ser quando há algum outro ferimento associado.

O que fazer: o caroço normalmente desaparece em poucos dias, não sendo necessário tratamento. No entanto, quando cresce demais ou não desaparece em até 2 semanas, é importante ir ao dentista para que possa ser removido por meio de um pequeno procedimento cirúrgico para tirar a glândula salivar e diminuir o inchaço. Saiba como é feita a remoção da mucocele.

2. Infecção

A infecção na boca, como abscessos ou fístulas, também pode levar ao aparecimento de bolhas na gengiva, sendo normalmente uma tentativa do corpo em eliminar a causa da infecção.

Essa infecção é normalmente resultado do acúmulo de resto de alimentos entre os dentes e falta de higienização adequada da boca, o que faz com que as bactérias presentes na boca se proliferem, podendo resultar na cárie ou na formação de placas bacterianas, chamadas de tártaro.

O que fazer: a forma mais eficaz de evitar o aparecimento de bolhas devido a infecções que são resultados do acúmulo de resto de alimentos na boca, por exemplo, é a escovação correta dos dentes. É recomendado que os dentes e a língua sejam escovados pelo menos 3 vezes ao dia e seja utilizado fio dental, para remover o resto de comida que poderia estar entre os dentes, e o uso de enxaguante bucal. Veja como escovar os dentes corretamente.

3. Aftas

As aftas podem aparecer em qualquer parte da boca, incluindo na gengiva, causando dor e desconforto para falar e mastigar, por exemplo, e podem surgir devido à imunidade baixa, uso de aparelhos dentários ou alimentos muito ácidos, por exemplo. Conheça outras causas de aftas.

O que fazer: para aliviar a dor e o desconforto causado pela presença de afta na gengiva, pode-se fazer bochecho de água e sal, por exemplo, pois ajuda na cicatrização e diminui o risco de infecção. No entanto, caso as aftas não desapareçam depois de algumas semanas ou surjam outros sintomas é importante ir ao dentista, pois pode ser indicativo de outras situações, como doença de Crohn e Síndrome de Sjögren, por exemplo.

4. Fístula dental

A fístula dental corresponde à tentativa do organismo de eliminar uma infeção, o que resulta na formação de bolhas com pus no interior da boca ou na gengiva e que não devem ser estouradas. Saiba como identificar a fístula dental.

O que fazer: o melhor a se fazer no caso de fístula dental, é ir ao dentista para que seja avaliada e seja indicado o melhor tratamento para prevenir infecções, sendo normalmente realizada a limpeza bucal para eliminar a possível causa da fístula e, em alguns casos, pode ser indicado o uso de antibióticos. Além disso, é importante que a higienização da boca seja feita corretamente, com uso de fio dental e enxaguante bucal.

5. Gengivite e periodontite

A gengivite é uma inflamação na gengiva normalmente causada pelo acúmulo de placa bacteriana ou tártaro no sulco gengival, devido à má higiene oral, sendo que os primeiros sintomas são vermelhidão na gengiva, sangramento na gengiva ao escovar os dentes ou mau hálito persistente.

Quando a gengivite não é tratada, a infecção pode atingir os tecidos que sustentam o dente, como o ligamento periodontal ou o osso alveolar, por exemplo, provocando sua destruição e perda óssea, e formação de um abscesso periodontal, que é uma bolha cheia de pus.

O que fazer: deve-se consultar o dentista para que seja feita uma avaliação e diagnosticada a gengivite ou a periodontite. O dentista deve remover completamente todo tártaro acumulado, sendo importante manter uma escovação dos dentes de forma correta, com uma escova macia ou elétrica e utilizar o fio dental diariamente. Além disso, no caso da periodontite, o dentista pode indicar o uso de antibióticos ou até cirurgia. Veja como é feito o tratamento da periodontite.

6. Cárie não tratada ou profunda

A cárie não tratada ou profunda pode afetar a polpa do dente e formar um abscesso apical, que é uma bolha cheia de pus na ponta da raiz do dente, o que logo pode virar uma fístula que sai na parte do fundo da gengiva.

O que fazer: o tratamento da cárie deve ser feito pelo dentista através através do canal, sendo que pode ser indicado o uso de antibióticos antes de fazer o tratamento do canal. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção do dente afetado. Veja como é feito o tratamento do canal.

7. Pênfigo vulgar

O pênfigo vulgar é uma doença autoimune rara em que o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e destroem as células da mucosa da boca, formando bolhas ou feridas na gengiva, bochecha, céu da boca, língua ou garganta, que causam dor, ardor e sensação de queimação, e, ao desaparecer, deixam manchas escuras que permanecem por vários meses.

Geralmente, as bolhas começam na boca ou na garganta e muitas vezes são confundidas com aftas, mas que em seguida podem surgir na pele e nas mucosas como nariz, olhos, órgãos genitais, ânus ou esôfago. Essas bolhas podem se romper e levar ao surgimento de úlceras.

O que fazer: o pênfigo é uma doença grave e que precisa ser tratado, por isso, ao surgirem os primeiros sinais da doença é importante consultar o clínico geral ou dermatologista para que possa ser iniciado o tratamento, que normalmente é feito com o uso de corticoides, imunossupressores ou antibióticos. Veja todas as opções de tratamento para o pênfigo vulgar.