Bridas amnióticas: o que são, causas e tratamento

Atualizado em novembro 2021

A síndrome da banda amniótica, também conhecida como síndrome das bridas amnióticas, é uma condição muito rara na qual pedaços de um tecido semelhante à bolsa amniótica se enrolam nos braços, pernas ou outros locais do corpo do feto, durante a gestação, formando uma banda.

Quando isso acontece, o sangue não consegue chegar corretamente nesses locais e, por isso, o bebê pode nascer com malformações ou com falta de dedos e, até sem membros completos, dependendo do local onde a banda amniótica se formou. Quando acontece no rosto, é muito comum nascer com fenda palatina ou lábio leporino, por exemplo.

Na maioria dos casos, o tratamento é feito após o nascimento com cirurgias para corrigir as malformações através de cirurgias ou uso de próteses, por exemplo, mas existem alguns casos em que o médico pode sugerir fazer uma cirurgia no útero para remover a banda e permitir que o feto se desenvolva normalmente. No entanto, este tipo de cirurgia tem mais riscos, especialmente aborto ou infecção grave.

Imagem ilustrativa número 1

Principais alterações no bebê

Não existem dois casos iguais desta síndrome, no entanto, as alterações mais comuns no bebê incluem:

  • Dedos grudados;
  • Braços ou pernas mais curtas;
  • Malformações das unhas;
  • Amputação da mão em um dos braços;
  • Braço ou perna amputada;
  • Fenda palatina ou lábio leporino;
  • Pé torto congênito.

Além disso, também existem muitos casos em que pode acontecer um aborto, especialmente quando a banda, ou brida amniótica, se forma em volta do cordão umbilical, impedindo a passagem de sangue para todo o feto.

O que causa a síndrome

Ainda não são conhecidas as causas específicas que levam ao surgimento da síndrome da banda amniótica, no entanto, é possível que surja quando a membrana interior da bolsa amniótica estoura sem destruir a membrana exterior. Dessa forma, o feto tem condições para continuar se desenvolvendo, mas fica rodeado de pequenos pedaços da membrana interior, que podem enrolar em volta de seus membros.

Esta situação não pode ser prevista, nem existem fatores que contribuam para o seu surgimento e, por isso, nada pode ser feito para diminuir o risco da síndrome. Porém, é uma síndrome muito rara e, mesmo que aconteça, não significa que a mulher irá voltar a ter uma gravidez do mesmo tipo.

Como confirmar o diagnóstico

A síndrome da banda amniótica geralmente é diagnosticada durante o primeiro trimestre de gravidez, através de um dos exames de ultrassom, feitos durante as consultas de pré-natal.

Como é feito o tratamento

Em quase todos os casos, o tratamento é feito após o nascimento do bebê e serve para corrigir as alterações provocadas pelas bridas amnióticas, podendo, por isso, ser utilizadas várias técnicas, de acordo com o problema a tratar e os riscos associados:

  • Cirurgia para corrigir dedos grudados e outras malformações;
  • Uso de próteses para corrigir a falta de dedos ou partes do braço e perna;
  • Cirurgia plástica para corrigir alterações no rosto, como lábio leporino;

Uma vez que é muito comum que o bebê nasça com pé torto congênito, o pediatra também pode aconselhar fazer a técnica de Ponseti, que consiste em colocar gesso no pé do bebê a cada semana durante 5 meses e, depois, usar botos ortopédicas até aos 4 anos de idade, corrigindo a alteração dos pés, sem precisar de cirurgia. Saiba mais sobre como é tratado este problema.