Bronquiolite obliterante é uma doença pulmonar crônica causada pela destruição e estreitamento total ou parcial dos bronquíolos pulmonares, resultando em sintomas, como falta de ar, tosse que não melhora ou chiado no peito ao respirar.
Essa doença, também conhecida como pulmão de pipoca, pode ser causada por exposição a toxinas ou gases, hábito de fumar vape, infecções respiratórias ou doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus, por exemplo.
É importante que a bronquiolite obliterante seja identificada e tratada de acordo com a recomendação do pneumologista, pois assim é possível evitar complicações e promover a qualidade de vida.
Sintomas de bronquite obliterante
Os principais sintomas de bronquiolite obliterante são:
- Falta de ar progressiva;
- Tosse seca que não melhora;
- Chiado no peito ao respirar;
- Períodos de febre baixa até 38ºC;
- Cansaço excessivo;
- Suor noturno.
Os sintomas da bronquiolite obliterante se desenvolvem durante semanas ou meses, e podem piorar durante a prática de atividades físicas.
Em bebês, a bronquiolite obliterante também pode causar respiração rápida, afundamento ao redor das costelas ao respirar, pele azulada nos lábios ou unhas, dificuldade para se alimentar, perda de peso ou atraso no desenvolvimento.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da bronquiolite obliterante é feito pelo pneumologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, de infecções respiratórias, exposição a substâncias tóxicas ou transplantes recentes de pulmão ou medula óssea, além do exame físico.
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Além disso, o médico pode recomendar a realização de raio X do tórax, tomografia computadorizada, cintilografia pulmonar ou espirometria, para descartar condições de saúde com sintomas semelhantes, como asma, fibrose cística ou edema pulmonar, por exemplo.
Em alguns casso, o médico pode solicitar uma broncoscopia ou biópsia pulmonar. Saiba como é feita a broncoscopia.
Possíveis causas
As principais causas da bronquiolite obliterante são:
- Infecções respiratórias por adenovírus ou vírus sincicial respiratório;
- Inalação de substâncias tóxicas, como gás mostarda ou óxidos de nitrogênio;
- Hábito de fumar vape;
- Exposição ao diacetil, usado como aromatizante de pipoca;
- Doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico;
- Infecções por micoplasma, bactérias ou fungos.
Esses fatores podem causar inflamação das células pulmonares, que morrem e formam uma cicatriz, que dificulta a passagem de ar.
Assim, caso surjam várias inflamações no pulmão ao longo do tempo, o número de cicatrizes aumenta e os pequenos canais do pulmão, conhecidos como bronquíolos, são destruídos, dificultando a respiração.
Síndrome da bronquiolite obliterante
A síndrome da bronquiolite obliterante é uma complicação pulmonar que pode ocorrer após o transplante de pulmão, sendo a forma mais comum de rejeição crônica ao pulmão transplantado, se desenvolvendo cerca de 5 anos após o transplante.
Além disso, essa síndrome também pode surgir após o transplante de medula óssea, sendo mais comum nos casos de doença crônica de enxerto versus hospedeiro.
Como é feito o tratamento
O tratamento para bronquiolite obliterante deve ser feito com orientação do pneumologista, e tem como objetivo melhorar a capacidade respiratória e evitar a evolução da doença.
Os principais tratamentos para bronquiolite obliterante são:
1. Uso de remédios
O uso de remédios para bronquiolite obliterante pode ser indicado pelo pneumologista para diminuir a a inflamação nos pulmões e reduzem a quantidade de muco, diminuindo as chances de surgimento de novas cicatrizes e facilitando a passagem de ar.
Os principais remédios para bronquiolite obliterante são os corticoides, como a prednisona, ou bombinhas inalatórias, como o salbutamol. Saiba como usar as bombinhas inalatórias.
Além disso, no caso da síndrome da bronquiolite obliterante em pessoas transplantadas, o médico pode aumentar a dose ou indicar a associação de imunossupressores, como ciclosporina, tacrolimo ou micofenolato de mofetila, por exemplo.
Leia também: Imunossupressores: o que são e quando são indicados tuasaude.com/imunossupressoresNo caso dos pacientes com bronquiolite obliterante apresentarem infecções no curso da doença, o médico pode recomendar o uso de antibióticos de acordo com o agente infeccioso responsável pelas crises e exacerbações.
2. Oxigenoterapia
A oxigenoterapia pode ser indicada para a bronquiolite obliterante para aumentar os níveis de oxigênio no corpo.
Esse tipo de tratamento pode ser feito com o uso de oxigênio através do cateter nasal ou máscara e, nos casos mais graves, pode ser necessária a ventilação mecânica.
Leia também: Oxigenoterapia: o que é, tipos, para que serve e cuidados tuasaude.com/oxigenoterapia3. Fisioterapia respiratória
A realização de fisioterapia respiratória também pode ser indicada para ajudar a mobilizar e facilitar a eliminação de secreções, prevenindo a ocorrência de outras infecções respiratórias. Entenda como é feita a fisioterapia respiratória.
4. Transplante de pulmão
Apesar de ser raro, o transplante de pulmão pode ser indicado pelo médico nos casos mais complicados e graves de bronquiolite obliterante, quando existe risco de morte e a pessoa não responde bem aos outros tratamentos.
Leia também: Transplante de pulmão: quando é indicado, como é feito e recuperação tuasaude.com/transplante-de-pulmaoBronquiolite obliterante tem cura?
A bronquiolite obliterante não tem cura, uma vez que quando se formam cicatrizes nos bronquíolos não se consegue reverter, fazendo com que funcionem novamente.
No entanto, a evolução da doença e os sintomas podem ser controlados com o tratamento indicado pelo médico.