Calcanhar de maracujá: o que é, sintomas, causas e tratamento

O calcanhar de maracujá é um termo popular para a miíase cavitária, que é uma infestação de larvas no calcanhar, causando sintomas como dor, vermelhidão e coceira no local. No entanto, as larvas também podem se desenvolver em qualquer parte do corpo.

Foto doutora realizando uma consulta
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O calcanhar de maracujá, também chamado de bicheira, surge quando a larva da mosca-varejeira entra no corpo através da pele quando se anda descalço ou através da picada da mosca-varejeira na pele, que deposita seus ovos que depois se transformam em larvas.

Esta doença tem cura mas para alcançá-la é preciso seguir corretamente o tratamento proposto pelo médico e manter as moscas-varejeiras afastadas. Um bom método para espantar as moscas é utilizar a aromaterapia com óleo essencial de citronela ou de limão, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas do calcanhar de maracujá

Os principais sintomas do calcanhar de maracujá são:

  • Coceira na pele do calcanhar;
  • Vermelhidão e inchaço;
  • Dor em pontada ou desconforto;
  • Sensação de queimação;
  • Abscesso com pus, semelhante a furúnculo;
  • Feridas abertas na pele;
  • Mau cheiro.

Além disso, após a entrada da larva, a pele pode apresentar uma bolinha com aspecto de espinha, com um furinho no meio, por onde a larva respira.

O calcanhar de maracujá possui esse nome devido ao aspecto da pele, que apresenta uma trilha branca e lesão com pus e larvas, com aspecto semelhante ao maracujá.

Apesar de acontecer principalmente no calcanhar, essa situação também pode surgir em qualquer parte do corpo, como ouvido, nariz ou órbita ocular, por exemplo, desde que a larva tenha conseguido entrar no corpo.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do calcanhar de maracujá é feito pelo clínico geral ou dermatologista através da avaliação dos sintomas e exame físico da pele, das lesões e da presença de larvas no calcanhar.

Apesar de não serem necessários exames para confirmar o diagnóstico, em alguns casos o médico pode solicitar um hemograma completo ou ultrassom quando ainda não existem feridas abertas na pele.

Se deseja confirmar o diagnóstico do calcanhar de maracujá, agende uma consulta próximo à sua região:

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O que causa o calcanhar de maracujá

O calcanhar de maracujá é causado pela entrada da larva da mosca-varejeira no corpo, o que pode acontecer quando a mosca pousa em uma ferida ou corte e deposita os seus ovos.

Geralmente, após cerca de 24 horas os ovos eclodem e são liberadas as larvas, que se proliferam no local.

O mais comum é o aparecimento da miíase em pessoas com lesões na pele em locais com falta de sensibilidade, como em caso de colesteatomas na orelha média, tumores ou doenças úlcero-granulomatosas nasais, como leishmaniose ou hanseníase, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento do calcanhar de maracujá deve ser feito com orientação do clínico geral ou dermatologista, podendo ser indicado o uso da ivermectina para matar as larvas e facilitar a sua saída, e antibióticos para tratar ou evitar infecções secundárias.

Além disso, também é possível a remoção das larvas do calcanhar pelo médico ou enfermeiro, realizando a limpeza da ferida para evitar o surgimento de uma infecção.

No entanto, quando existem muitas larvas ou já existe muito tecido morto, pode ser necessário fazer uma pequena cirurgia, chamada desbridamento, para retirar todas as larvas e eliminar a pele morta. Entenda como deve ser feito o tratamento da miíase.  

Como evitar pegar a doença

As melhores formas de evitar o calcanhar de maracujá são:

  • Não andar descalço em locais pouco higiênicos, que possam ter moscas frequentemente, uma vez que podem existir ovos de larvas no chão;
  • Evitar ter feridas expostas, especialmente em locais tropicais ou com presença de moscas;
  • Usar repelente de insetos no corpo;
  • Utilizar repelente de moscas em casa;
  • Limpar 1 vez por semana o chão de casa.

Além disso, também é aconselhado passar a roupa antes de usar, principalmente quando se vive em regiões tropicais e existe risco de o tecido entrar em contato com uma ferida. 

Em caso de pessoas doentes mentais ou acamados que não têm autonomia nos seus cuidados de saúde, deve-se garantir a assistência diária destes.