O que é:
O câncer de endométrio é um tumor maligno que se origina no tecido que reveste a parte interna do útero, sendo mais frequente entre mulheres acima dos 60 anos, após a menopausa, mas também pode surgir em mulheres na pré-menopausa, ou antes dos 40 anos.
O sintoma mais comum do câncer do endométrio é o sangramento anormal, que pode ocorrer entre as menstruações ou após a menopausa, mas também podem surgir dor pélvica e perda de peso.
É importante consultar o ginecologista sempre que surgirem os sintomas do câncer de endométrio, pois esse tipo de câncer tem cura quando identificado e tratado em fases iniciais, sendo que o tratamento normalmente é feito com cirurgia para remoção do útero.
Principais sintomas
Os principais sintomas do câncer de endométrio são:
- Sangramento vaginal após a menopausa;
- Sangramento entre as menstruações;
- Menstruação abundante e frequente;
- Dor pélvica ou cólica;
- Corrimento vaginal aquoso, branco ou amarelado após a menopausa;
- Dor durante o contato íntimo;
- Dificuldade ou dor para urinar;
- Perda de peso.
Além disso, caso haja metástase, ou seja, aparecimento de células tumorais em outras partes do corpo, podem surgir outros sintomas relacionados com o órgão acometido, como obstrução do intestino ou bexiga, tosse, dificuldade para respirar, icterícia e aumento dos gânglios linfáticos, por exemplo.
Leia também: 6 sintomas de câncer no útero (e o que fazer) tuasaude.com/sintomas-de-cancer-no-uteroComo confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do câncer de endométrio é feito pelo ginecologista através da análise dos sintomas, do histórico de saúde e do exame físico, para verificar e avaliar anormalidades do útero e da região externa da região genital.
Durante o exame físico, o médico também realiza o exame de papanicolau, que é feito através de uma raspagem do colo do útero, para coletar células para uma análise em laboratório, o que permite identificar alterações na vagina e no útero que podem ser indicativos de câncer. Entenda como é feito o papanicolau.
No caso de anormalidades no exame físico e/ou papanicolau, o médico pode solicitar exames como ultrassom transvaginal ou abdominal, ressonância magnética, uma histeroscopia, para examinar a parte interna do útero e fazer uma biópsia, ou ainda uma curetagem, quando a biópsia não for conclusiva ou não foi possível coletar amostra suficiente durante a histeroscopia para análise em laboratório. Saiba como é feita a histeroscopia.
Além disso, quando os exames identificam o câncer de endométrio, o médico pode ainda solicitar outros tipos de exame para determinar o estágio em que o câncer está e a presença de metástases, como raio X de tórax, tomografia computadorizada, PET-CT e exames de sangue.
Possíveis causas
As causas exatas do câncer de endométrio ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que o câncer ocorre por mutação nas células que passam a se multiplicar de forma descontrolada.
Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de endométrio, como:
- História familiar de câncer de endométrio ou ovário;
- Síndrome de Lynch ou câncer colorretal hereditário não poliposo;
- Histórico pessoal de câncer de mama ou ovário;
- Hiperplasia endometrial;
- Primeira menstruação antes dos 12 anos;
- Menopausa tardia;
- Infertilidade;
- Ausência de ovulação;
- Nunca ter engravidado;
- Terapia de reposição hormonal com estrógenos na menopausa;
- Tratamento do câncer de mama com tamoxifeno;
- Radioterapia anterior na região pélvica;
- Dieta rica em gordura animal.
Além disso, outro fator que aumenta o risco de câncer de endométrio são variações hormonais, como aumento de estrogênio no corpo, por exemplo, e que geralmente está associado com outras condições de saúde, como obesidade, diabetes ou síndrome dos ovários policísticos.
Como é feito o tratamento
O tratamento do câncer de endométrio deve ser orientado pelo ginecologista ou oncologista, sendo normalmente recomendada a realização de cirurgia para remover o útero, as trompas, o ovário e os linfonodos da pelve, se necessário.
Em alguns casos, o médico pode também indicar tratamentos adicionais como, radioterapia, braquiterapia, quimioterapia, terapia hormonal, quimioterapia ou imunoterapia, por exemplo. Esses tratamentos devem ser indicados pelo médico de acordo com o estágio do câncer de endométrio.
Além disso, a consulta para exames periódicos com ginecologista e o controle dos fatores de risco como diabetes e obesidade é fundamental para que esta doença seja tratada de forma adequada.
Câncer do endométrio tem cura?
O câncer de endométrio tem cura quando é diagnosticado na fase inicial da doença e é tratado adequadamente de acordo com a fase do estadiamento, que leva em consideração o espalhamento do câncer (metástase) e órgãos acometidos.
De forma geral, o câncer de endométrio é classificado em grau 1, 2 e 3, sendo o grau 1 o menos agressivo e o grau 3, o mais agressivo, em que pode ser observada metástase na parede interna do intestino, bexiga ou outros órgãos.